15 de dezembro de 2011
Versão em dígitos da Exceção 2011
Enquanto a nova Exceção não chega da gráfica, segue abaixo a versão em dígitos - igualmente lindona -, via Issue
12 de dezembro de 2011
Estão encerrados os trabalhos
Com este post, dou por encerrados os trabalhos da disciplina de Jornalismo de Revista do primeiro semestre de 2011.
Agradeço a todos pela parceria e comprometimento para com a Exceção, causa final de todos nós.
No semestre final tem mais.
Agradeço a todos pela parceria e comprometimento para com a Exceção, causa final de todos nós.
No semestre final tem mais.
O último dia
Na manhã de hoje, último dia de aula da disciplina de Jornalismo de Revista, discutimos o texto de Gay Talese sobre Frank Sinastra, e suas técnicas de apuração dos fatos, de entrevista e de escrita.
Além da aula de jornalismo que Gay Talese propõe em seu texto, no nosso último dia de aula, tenho que dizer, tivemos uma das mais interessantes, diferentes e e imprescindíveis aulas de jornalismo.
Escrever para a Exceção foi uma das experiências mais importantes dentro da minha formação acadêmica, e não havia forma melhor de fechar com chave de ouro a disciplina do que os apontamentos e lições sobre o fazer jornalístico que tivemos hoje.
Para dar o tom do que foi discutido, deixo uma frase de Talese, e que revemos em aula, para reflexão:
"E as palavras, sabemos, muitas vezes enganam".
Além da aula de jornalismo que Gay Talese propõe em seu texto, no nosso último dia de aula, tenho que dizer, tivemos uma das mais interessantes, diferentes e e imprescindíveis aulas de jornalismo.
Escrever para a Exceção foi uma das experiências mais importantes dentro da minha formação acadêmica, e não havia forma melhor de fechar com chave de ouro a disciplina do que os apontamentos e lições sobre o fazer jornalístico que tivemos hoje.
Para dar o tom do que foi discutido, deixo uma frase de Talese, e que revemos em aula, para reflexão:
"E as palavras, sabemos, muitas vezes enganam".
11 de dezembro de 2011
Muito além de New York, New York
A disciplina de Jornalismo de Revista, além de produzir a Exceção, foi uma grande oportunidade para eu conhecer jornalistas, livros e escritores que até então não faziam parte do meu cotidiano. Claro, mesmo sabendo que Gay Talese fora um dos pioneiros do chamado “new journalism”, ainda não tinha lido nada do cara.
Bom, nesse fim de semana li algo muito maior que uma reportagem qualquer. Digo muito maior porque o texto “Frank Sinatra está resfriado” é uma coisa incrível. É uma reportagem de mais de 50 páginas publicada em 1965 no revista Esquire e, mais tarde, no livro Fama e Anonimato.
Ele conseguiu fazer o perfil de um dos maiores cantores da época sem ao menos trocar um “olá” com ele. Ao todo, Gay Talese entrevistou mais de 100 pessoas que tinham algum tipo de relação com Frank Sinatra e, somada às suas próprias impressões do artista, escreveu um dos maiores clássicos do jornalismo.
Mas o mais interessante é que essa matéria só foi possível porque realmente Frank Sinatra estava resfriado e esse foi um dos motivos pelo qual Talese não conseguiu a entrevista com o próprio. Quer dizer, foi a partir da negativa do artista que o jornalista conseguiu seu maior feito. Gay Talese não apenas entrevistou dezenas de pessoas, mas ele observou muito, ouviu muito e colocou tudo no papel. Para mim, o texto tem muito mais impressões e observações do próprio jornalista, do que o relato das fontes.
Na matéria, ele traz detalhes até então desconhecidos do público e revela situações do homem/artista muito além da música New York, New York, essa mundialmente conhecida.
Amanhã, 12 de dezembro, Frank Sinatra, o cerne da matéria de Gay Talese, estaria completando 96 anos. Coincidência ou não, dia da nossa última aula de Jornalismo de Revista. Que bom que foi com essa grande reportagem que encerramos um grande semestre. Daqui a pouco estaremos todos com a Exceção nas mãos. Ficarei feliz de comprovar que nela estarão grandes matérias, surgidas algumas a partir de negativas dos entrevistados e costuradas pela liberdade literária e sem igual que o jornalismo de revista possibilita.
9 de dezembro de 2011
Rubem Fonseca e a revista Senhor
Sou grande fá da obra de Rubem Fonseca. Nesta semana, lendo seu último livro, o romance José, descobri que ele já escreveu para a revista Senhor, publicando contos, os mesmos que se tornaram sucesso em todo país.
A revista Senhor foi lançada em março de 1959 no Rio de Janeiro. A publicação circulou por quase cinco anos e se destacou no campo do Jornalismo Cultural.
Foi nesta revista, em 1961, que o então “JRF” publicou seu primeiro conto: Teoria do Consumo Conspícuo.
Aqui, um trecho do conto que pode ser lido na íntegra em http://www.literal.com.br/artigos/pensamentos-imperfeitos-teoria-do-consumo-conspicuo.
Estávamos dançando abraçados, de frente, da maneira convencional. Ela não queria brincar no cordão, nem queria outra sorte de abraços, nem queria tirar a máscara. Eu gritava no meio do barulho, pedia no seu ouvido: "Tira a máscara, meu bem." Ela nada. Ou melhor, sorria, os dentes mais lindos do mundo, de bôca aberta. Eu via os molares lá no fundo. Não tinha uma cárie, tudo branco parecia dentadura de elefante.
Dançamos a noite tôda. No princípio, fiquei muito excitado. Depois, fiquei cansado somente; mas continuamos abraçados, bem apertados. Eu só via o seu queixo, que era branco e redondo e a bôca. Da bôca para cima nada. Nem os olhos a máscara deixava ver direito.
8 de dezembro de 2011
Ciência Hoje
Hoje, vale falar da revista Ciência Hoje, uma publicação muito interessante de cunho jornalístico científico.
A dica é válida para todos, leitores, professores e colegas, mas em especial, para os que são colegas também na disciplina de Jornalismo Especializado, onde trabalhamos o jornalismo científico.
Devo dizer que gosto cada vez mais dessa especialização que é muito desafiadora. Desde o começo do ano tenho me esforçado para realizar um bom trabalho nesse âmbito na Unisc Tv, onde minha função é justamente desmistificar projetos científicos e transformá-los em notícias que qualquer pessoa entenda.
A revista Ciência Hoje é uma publicação do Instituto Ciência Hoje, uma organização social de interesse público sem fins lucrativos vinculada à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O ICH é responsável pelo projeto de divulgação científica da sociedade, através de uma série de publicações. Como já mencionado, a revista Ciência Hoje, desde 1982, também a Ciência Hoje das Crianças, desde 1986 e os livros da série Ciência Hoje na Escola, desde 1996.
Desde 1997, o Instituto mantém também um site de divulgação científica na internet: o Ciência Hoje On-line, de onde essas informações foram tiradas.
Essa é a capa da última edição da Revista CH, nº 287:
A dica é válida para todos, leitores, professores e colegas, mas em especial, para os que são colegas também na disciplina de Jornalismo Especializado, onde trabalhamos o jornalismo científico.
Devo dizer que gosto cada vez mais dessa especialização que é muito desafiadora. Desde o começo do ano tenho me esforçado para realizar um bom trabalho nesse âmbito na Unisc Tv, onde minha função é justamente desmistificar projetos científicos e transformá-los em notícias que qualquer pessoa entenda.
A revista Ciência Hoje é uma publicação do Instituto Ciência Hoje, uma organização social de interesse público sem fins lucrativos vinculada à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O ICH é responsável pelo projeto de divulgação científica da sociedade, através de uma série de publicações. Como já mencionado, a revista Ciência Hoje, desde 1982, também a Ciência Hoje das Crianças, desde 1986 e os livros da série Ciência Hoje na Escola, desde 1996.
Desde 1997, o Instituto mantém também um site de divulgação científica na internet: o Ciência Hoje On-line, de onde essas informações foram tiradas.
Essa é a capa da última edição da Revista CH, nº 287:
6 de dezembro de 2011
Revista Voto
Folheei hoje, pela primeira vez, a revista Voto. Pesquisando um pouco, descobri que é uma revista bem conceituada nacionalmente, mas confesso que não conhecia... Bom, é uma publicação mensal, com tiragem de até 15 mil exemplares e circulação nacional. É uma revista limpa no que diz respeito ao uso cores e texto e a impressão é muito boa, na minha opinião.
Para quem se interessa por jornalismo político, a leitura é válida. Mais do que bastidores do Congresso e da Assembleia Legislativa, traz reportagens que envolvem economia e cultura. Gostei!
Para quem se interessa por jornalismo político, a leitura é válida. Mais do que bastidores do Congresso e da Assembleia Legislativa, traz reportagens que envolvem economia e cultura. Gostei!
Frank Sinatra está resfriado
O texto abaixo - Frank Sinatra está resfriado - é um clássico de Gay Talese publicado no livro Fama & Anonimato (Cia das Letras, 2004).
Servirá de base para a discussão de encerramento da disciplina, na próxima segunda-feira, 19.
Assim como ele, trabalharemos, também o Como não entrevistar Frank Sinatra, disponível no mesmo livro.
Os textos estão disponíveis também no espaço EAD da disciplina.
Servirá de base para a discussão de encerramento da disciplina, na próxima segunda-feira, 19.
Assim como ele, trabalharemos, também o Como não entrevistar Frank Sinatra, disponível no mesmo livro.
Os textos estão disponíveis também no espaço EAD da disciplina.
5 de dezembro de 2011
Personalidades úteis
Lendo essa semana o livro Feliz por nada, de Martha Medeiros, me deparei com uma crônica em que ela dá sua opinião sobre as revistas Caras e Quem. No texto, a autora afirma que o cerne de ambas, hoje, é sobre o mundo das celebridades, mas não pessoas notáveis, e sim qualquer pessoa que consegue carreira meteórica com revelações constrangedoras.
Na Exceção, também falaremos sobre pessoas que poderiam ser celebridades, mas que não são fúteis. Cada história tem sua singularidade e utilidade. São personagens muitas vezes anônimas, mas que merecem aparecer para o mundo porque realmente têm uma grande história.
Aqui, segue um trecho da crônica de Martha Medeiros, enquanto não podemos "revelar" a Exceção.
Eu estava hospedada na minha avó, em Torres. Era verão de 1993. Estávamos só nós em casa naquele fim de tarde. Ela, com a autoridade de seus mais de 80 anos, chamou a moça que trabalhava pra ela, a Zaimara, abriu a carteira, tirou uma nota de R$ 10 e pediu: vai lá no Bazar Praiano e me traz uma revista Caras, por favor.
– Revista o quê?
– Caras. Primeiro número.
Minha vó, muito antenada, sabia que uma nova revista estava estreando no mercado. Uma revista que trazia apenas notícias de celebridades, e quis conferir. Eu já conhecia as versões latino-americanas e não me empolguei muito. Quando a Zaimara voltou com a revista (já lida de cabo a rabo), minha vó folheou uma página, outra página, mais uma, e sentenciou: “O que eu pensei. Porcaria”.
Tarde da noite, levantei pra pegar um copo d’água e vi luz embaixo da porta do quarto da minha vó. Como não havia televisão ali dentro, e muito menos um marido, concluí que ela estaria dando uma segunda e longa espiada na porcaria. Quem resiste?
O lançamento da revista Caras foi um divisor de águas. Competente em mostrar o dia a dia (e a noite adentro) de qualquer pessoa que tenha tido seus 15 minutos de holofote, a revista sedimentou a profissão dos paparazzi e modificou a relação do público com seus ídolos.
Se antes alguém era reconhecido por seu talento em atuar, cantar ou desfilar, agora era reconhecido pelo número de separações, pelo tamanho do biquíni e pelas viagens a castelos onde se janta em traje de gala e se fazem piqueniques usando duas camadas de maquiagem. Nunca a cafonice foi tratada com tanto glamour.
Não desprezo a revista, na qual já apareci uma ou duas vezes – nunca tomando champanhe dentro da banheira e tampouco deitada sobre um tapete de zebra vestindo um longo de cetim vermelho, digo em minha defesa. Escritora aparece no máximo com uma xícara de café em frente ao computador.
O que acontece é que depois da Caras veio a Quem e tantas outras, e também alguns programas de TV especializados em fofoca, e de repente a banalização da privacidade ganhou um espaço sem precedentes. Celebridade, que podia ser uma palavra definidora de alguém notável, passou a designar qualquer um.
E qualquer um fazendo revelações constrangedoras e vulgares, desfrutando de uma fama meteórica e provocando um deslumbramento patético nos simples mortais. Aquela ali é a Ariadna? É a Geisy? Uma é a transexual que ficou uma semana na casa do Big Brother, a outra foi discriminada por usar minissaia na faculdade, é o currículo profissional delas.
Causam o mesmo alvoroço que Demi Moore e Ashton Kutcher, que por sua vez causam o mesmo frisson que o pai do Michael Jackson, que é tão famoso quanto o blogueiro que surgiu ontem no YouTube. Se Lúcifer saísse do inferno para dar uma banda por aqui, teria mesa cativa no Fasano.
Na Exceção, também falaremos sobre pessoas que poderiam ser celebridades, mas que não são fúteis. Cada história tem sua singularidade e utilidade. São personagens muitas vezes anônimas, mas que merecem aparecer para o mundo porque realmente têm uma grande história.
Aqui, segue um trecho da crônica de Martha Medeiros, enquanto não podemos "revelar" a Exceção.
Lúcifer no Fasano
Eu estava hospedada na minha avó, em Torres. Era verão de 1993. Estávamos só nós em casa naquele fim de tarde. Ela, com a autoridade de seus mais de 80 anos, chamou a moça que trabalhava pra ela, a Zaimara, abriu a carteira, tirou uma nota de R$ 10 e pediu: vai lá no Bazar Praiano e me traz uma revista Caras, por favor.
– Revista o quê?
– Caras. Primeiro número.
Minha vó, muito antenada, sabia que uma nova revista estava estreando no mercado. Uma revista que trazia apenas notícias de celebridades, e quis conferir. Eu já conhecia as versões latino-americanas e não me empolguei muito. Quando a Zaimara voltou com a revista (já lida de cabo a rabo), minha vó folheou uma página, outra página, mais uma, e sentenciou: “O que eu pensei. Porcaria”.
Tarde da noite, levantei pra pegar um copo d’água e vi luz embaixo da porta do quarto da minha vó. Como não havia televisão ali dentro, e muito menos um marido, concluí que ela estaria dando uma segunda e longa espiada na porcaria. Quem resiste?
O lançamento da revista Caras foi um divisor de águas. Competente em mostrar o dia a dia (e a noite adentro) de qualquer pessoa que tenha tido seus 15 minutos de holofote, a revista sedimentou a profissão dos paparazzi e modificou a relação do público com seus ídolos.
Se antes alguém era reconhecido por seu talento em atuar, cantar ou desfilar, agora era reconhecido pelo número de separações, pelo tamanho do biquíni e pelas viagens a castelos onde se janta em traje de gala e se fazem piqueniques usando duas camadas de maquiagem. Nunca a cafonice foi tratada com tanto glamour.
Não desprezo a revista, na qual já apareci uma ou duas vezes – nunca tomando champanhe dentro da banheira e tampouco deitada sobre um tapete de zebra vestindo um longo de cetim vermelho, digo em minha defesa. Escritora aparece no máximo com uma xícara de café em frente ao computador.
O que acontece é que depois da Caras veio a Quem e tantas outras, e também alguns programas de TV especializados em fofoca, e de repente a banalização da privacidade ganhou um espaço sem precedentes. Celebridade, que podia ser uma palavra definidora de alguém notável, passou a designar qualquer um.
E qualquer um fazendo revelações constrangedoras e vulgares, desfrutando de uma fama meteórica e provocando um deslumbramento patético nos simples mortais. Aquela ali é a Ariadna? É a Geisy? Uma é a transexual que ficou uma semana na casa do Big Brother, a outra foi discriminada por usar minissaia na faculdade, é o currículo profissional delas.
Causam o mesmo alvoroço que Demi Moore e Ashton Kutcher, que por sua vez causam o mesmo frisson que o pai do Michael Jackson, que é tão famoso quanto o blogueiro que surgiu ontem no YouTube. Se Lúcifer saísse do inferno para dar uma banda por aqui, teria mesa cativa no Fasano.
2 de dezembro de 2011
Um simpático anfitrião
Quando fui conversar com André sobre a reportagem que queria escrever na Exceção, já sabia de algumas de suas particularidades.
Uma delas é sua criação de Galinhas. André tem várias e as trata com todo carinho.
E, quando cheguei em sua casa, recebi as boas-vindas do responsável por 'botar ordem no galinheiro'.
Aqui em baixo, o vídeo da recepção:
Uma delas é sua criação de Galinhas. André tem várias e as trata com todo carinho.
E, quando cheguei em sua casa, recebi as boas-vindas do responsável por 'botar ordem no galinheiro'.
Aqui em baixo, o vídeo da recepção:
1 de dezembro de 2011
A Exceção dos encontros
Diariamente, percorro de ônibus o trajeto da Unisc até minha casa. Quem conhece Santa Cruz sabe que para ir da universidade até o bairro Bom Fim, no qual resido, é preciso atravessar toda a cidade. O mais divertido de andar de transporte público diariamente está nas conversas que ouvimos naquele estilo "sem querer, querendo". Foi assim que presenciei, hoje pela manhã, a cena a seguir.
Um homem com cerca de 55 anos embarcou; quase todas as poltronas lotadas; sentou-se na poltrona vazia ao meu lado. Na parada seguinte, cerca de 15 pessoas embarcaram - quase todas tiveram que viajar de pé -, mas uma em especial chamou a atenção do homem ao meu lado. Era um senhor, negro, aparentava ter a mesma idade que aquele que o observava. Ele passou pela roleta e dirigiu-se ao fundo do urbano quando foi atacado pelo homem ao meu lado. Atacado no bom sentido, claro.
- Não lembra de mim - questionou o senhor sorridente ao meu lado. O outro o observou, tentou reconhecê-lo, buscava sua fisionomia em cada canto da memória. Demorou um pouco até soltar um sonoro "Não acredito!!!! Rapaz, tu tá vivo!!!!". Um aperto de mão e os amigos que não se viam desde a década de 90 (soube isso escutando despretenciosamente a conversa) já conversavam como se nunca tivessem perdido o contato.
Entre lembranças de todas as aventuras que passaram juntos e trocas de informações sobre o presente de cada um, a conversa que resumiria uma vida inteira durou pouco mais de 3 minutos. Foi o suficiente para saber que aquele senhor ao meu lado hoje reside no Mato Grosso - possui 6 máquinas de sorvete e veio ao RS apenas para visitar a família, quebrou a mão durante a visita e acabou estendendo o tempo de estadia. Após o rápido encontro, cumprimentaram-se e deram Adeus - o ônibus havia chegado na parada em que desceria o amigo que estava de pé. Um encontro rápido, alguns momentos de nostalgia e a possibilidade de que, novamente, os velhos amigos fiquem por mais 12 ou 13 anos sem se ver. Em nenhum momento eles disseram seus nomes. Talvez a memória tenha falhado para ambos. Mas reencontros são assim, cheios de surpresas e sem hora marcada.
Quis contar essa história aqui no blog porque a Exceção que logo estará em suas mãos é repleta de histórias sobre encontros, reencontros e despedidas. Pode ser um encontro por engano - mas pra lá de certo -, ou então o fim de uma guerra que possibilitou outros tantos encontros por aí. Pode ser um reencontro que nunca aconteceu, deixando apenas uma mancha de violência na história de uma família; ou ainda, um encontro de historias comoventes, de luta, de desprendimento, de superação, com uma família inteira lutando por uma vida entre encontros e despedidas. Essa é a nossa Exceção, uma caixinha de surpresas com histórias nem sempre fáceis de serem digeridas, mas ainda assim, um retrato fiel de alguns encontros pela vida.
Um homem com cerca de 55 anos embarcou; quase todas as poltronas lotadas; sentou-se na poltrona vazia ao meu lado. Na parada seguinte, cerca de 15 pessoas embarcaram - quase todas tiveram que viajar de pé -, mas uma em especial chamou a atenção do homem ao meu lado. Era um senhor, negro, aparentava ter a mesma idade que aquele que o observava. Ele passou pela roleta e dirigiu-se ao fundo do urbano quando foi atacado pelo homem ao meu lado. Atacado no bom sentido, claro.
- Não lembra de mim - questionou o senhor sorridente ao meu lado. O outro o observou, tentou reconhecê-lo, buscava sua fisionomia em cada canto da memória. Demorou um pouco até soltar um sonoro "Não acredito!!!! Rapaz, tu tá vivo!!!!". Um aperto de mão e os amigos que não se viam desde a década de 90 (soube isso escutando despretenciosamente a conversa) já conversavam como se nunca tivessem perdido o contato.
Entre lembranças de todas as aventuras que passaram juntos e trocas de informações sobre o presente de cada um, a conversa que resumiria uma vida inteira durou pouco mais de 3 minutos. Foi o suficiente para saber que aquele senhor ao meu lado hoje reside no Mato Grosso - possui 6 máquinas de sorvete e veio ao RS apenas para visitar a família, quebrou a mão durante a visita e acabou estendendo o tempo de estadia. Após o rápido encontro, cumprimentaram-se e deram Adeus - o ônibus havia chegado na parada em que desceria o amigo que estava de pé. Um encontro rápido, alguns momentos de nostalgia e a possibilidade de que, novamente, os velhos amigos fiquem por mais 12 ou 13 anos sem se ver. Em nenhum momento eles disseram seus nomes. Talvez a memória tenha falhado para ambos. Mas reencontros são assim, cheios de surpresas e sem hora marcada.
Quis contar essa história aqui no blog porque a Exceção que logo estará em suas mãos é repleta de histórias sobre encontros, reencontros e despedidas. Pode ser um encontro por engano - mas pra lá de certo -, ou então o fim de uma guerra que possibilitou outros tantos encontros por aí. Pode ser um reencontro que nunca aconteceu, deixando apenas uma mancha de violência na história de uma família; ou ainda, um encontro de historias comoventes, de luta, de desprendimento, de superação, com uma família inteira lutando por uma vida entre encontros e despedidas. Essa é a nossa Exceção, uma caixinha de surpresas com histórias nem sempre fáceis de serem digeridas, mas ainda assim, um retrato fiel de alguns encontros pela vida.
30 de novembro de 2011
A hora da correção
Todos os repórteres já enviaram suas matérias, as fotos, créditos e todas as informações necessárias. Os textos já estão quase todos diagramados. Está tudo certo, não? NÃO!
Estamos no momento da correção. Eu e a Débora dividimos as reportagens entre nós (metade para cada uma) e vamos fazendo as correções. Às vezes um erro ortográfico ficou para trás, às vezes há uma vírgula sobrando (ou faltando), há ainda detalhes como a forma de escrever numerais, as horas, os metros, os quilos...
Estamos fazendo uma revisão criteriosa de todos os textos para que a Exceção chegue o mais perfeita possível para os leitores.
Então, com licença, tenho mais uns cinco textos para revisar!
28 de novembro de 2011
A nossa capa
O diretor de arte da Exceção, Fred Carlos, explica em vídeo como está o processo de produção da capa da revista. Já dá para adiantar que o resultado está ficando muito bom. Aguarde!
25 de novembro de 2011
Os doodles da Exceção
Uma das principais características visuais da Exceção é a sua constante mudança de Logo. A mudança não ocorre por não encontrarmos a identidade visual certa, mas porque cada nova edição é uma nova exceção - com o perdão da redundância. Podemos chamar os diferentes logos de "doodles" da Exceção. Para quem não conhece, doodle é o nome dado aos logotipos comemorativos do Google, aqueles muitas vezes interativos, responsáveis por homenagear datas, fatos e personalidades. Se o projeto gráfico como um todo recebe novos elementos, novas ideias e interpretações, porque não levar isso ao logotipo da revista também?
É por isso que trabalhamos e discutimos várias ideias ao longo do semestre. Foi criado um logo temporário que ficou de forma definitiva no blog. Agora as propostas finais foram apresentadas. Em conjunto, a turma que ficou responsável pela produção da revista terá que escolher uma das opções. Todos seguem o padrão mais clean que queremos dar a essa nova edição. Da mesma forma, a capa da revista também está tomando forma.
O que podemos adiantar é que, como um todo, a 6ª edição da Exceção trabalha forte a ideia de aliar o texto à imagem, de forma que eles se complementem e não que um se sobreponha ao outro. O uso de brancos e a disposição das colunas também facilita o fluxo de leitura pelas páginas. Durante toda a edição, tentamos usar o mínimo possível de efeitos de photoshop e valorizar a fotografia em sua essência. Essa é a Exceção que produzimos. Essa é a Exceção que, em alguns dias, estará em nossas mãos.
É por isso que trabalhamos e discutimos várias ideias ao longo do semestre. Foi criado um logo temporário que ficou de forma definitiva no blog. Agora as propostas finais foram apresentadas. Em conjunto, a turma que ficou responsável pela produção da revista terá que escolher uma das opções. Todos seguem o padrão mais clean que queremos dar a essa nova edição. Da mesma forma, a capa da revista também está tomando forma.
O que podemos adiantar é que, como um todo, a 6ª edição da Exceção trabalha forte a ideia de aliar o texto à imagem, de forma que eles se complementem e não que um se sobreponha ao outro. O uso de brancos e a disposição das colunas também facilita o fluxo de leitura pelas páginas. Durante toda a edição, tentamos usar o mínimo possível de efeitos de photoshop e valorizar a fotografia em sua essência. Essa é a Exceção que produzimos. Essa é a Exceção que, em alguns dias, estará em nossas mãos.
Logotipo da 1ª edição, em 2006 |
Logo da edição de 2007 |
Logotipo da edição de 2009 - toda a capa funcionava como um grande Doodle |
Logotipo da edição de 2008 |
Logo da 5ª edição, em 2010 |
Reta final
Estamos na reta final da Exceção. Hora dos ajustes finais, dos últimos acertos, e de focar nos detalhes. Um detalhe muito importante é aquele que ilustra a matéria, que complementa a informação: a imagem.
Na última terça-feira, 22/11, produzi as fotos das minhas fontes. A ideia era reproduzir o acontecimento que me chamou a atenção ao pornto de escolher como pauta para a Exceção.
A seção fotográfica foi muito divertida, as minhas fontes aproveitaram para relembrar os momentos importantes de suas vidas, divertiram a mim e ao pessoal do lab de foto que estava dando uma grande assistência, rolou, além das risadas, até declarações de amor. Óh, que lindo!
Grandes emoções, fizeram que as fotos ficassem pra lá de bonitas. Até gostaria de divulgar todas, mas, prefiro mostrar apenas uma (que não entrega tanto a pauta e as fontes) e fazer um suspense e deixá-los na expectativa, acreditem, valerá a pena!
Vem uma capa bacana ai
Depois de alguns encontros e desencontros, ontem à tarde, a capa da 6ª edição da Revista Exceção começou a tomar forma.
Eu, o colega Renan Silva (foto), a editora Ana Cláudia e o Frederico Carlos, com o auxílio da Luana Backes, do laboratório de fotografia, tiramos fotos bacanérrimas para a capa da revista. O pior desafio vem agora, escolher entre tantas fotos boa, qual será a capa!
24 de novembro de 2011
Ansiedade
Faltando apenas alguns dias para a nossa revista estar pronta, é de se esperar que sim, a nossa ansiedade comece a aumentar.
Fico imaginando o que as pessoas vão sentir, vão achar, e se vão gostar da nossa revista. Se os textos em que trabalhamos com tanto empenho vão ser entendidos, se vão tocar o coração, ou a consciência das pessoas. Se a diagramação feita com tanta dedicação vai ser apreciada como merece.
Ainda faltam algus detalhes para resolvermos da revista e algumas coisas ainda a serem feitas. Mas, mesmo assim, não consigo deixar de ansiar pelo momento em que ela vai estar impressa e linda nas minhas mãos, e com aquele cheiro de conhecimento recém saído do forno.
Fico imaginando o que as pessoas vão sentir, vão achar, e se vão gostar da nossa revista. Se os textos em que trabalhamos com tanto empenho vão ser entendidos, se vão tocar o coração, ou a consciência das pessoas. Se a diagramação feita com tanta dedicação vai ser apreciada como merece.
Ainda faltam algus detalhes para resolvermos da revista e algumas coisas ainda a serem feitas. Mas, mesmo assim, não consigo deixar de ansiar pelo momento em que ela vai estar impressa e linda nas minhas mãos, e com aquele cheiro de conhecimento recém saído do forno.
A busca por ilustradores
Durante a produção da Exceção, nós tivemos alguns problemas com a falta de ilustradores. Aqueles já conhecidos no curso e que frequentemente colaboram com a Exceção e o Unicom estavam muito ocupados e não teriam como nos ajudar.
Não encontramos ninguém dentro do curso que fizesse as ilustrações que precisávamos. E tínhamos um trabalho bem extenso de ilustração que fazíamos questão de botar em prática.
A solução? Encontramos, lá no curso de Engenharia Elétrica, um rapaz que aceitou o desafio. E o resultado vocês poderão ver em breve.
A propósito: se você tem talento para desenhar, acuse-se. Tanto a Exceção quanto o Unicom sempre precisam de ilustradores.
Não encontramos ninguém dentro do curso que fizesse as ilustrações que precisávamos. E tínhamos um trabalho bem extenso de ilustração que fazíamos questão de botar em prática.
A solução? Encontramos, lá no curso de Engenharia Elétrica, um rapaz que aceitou o desafio. E o resultado vocês poderão ver em breve.
A propósito: se você tem talento para desenhar, acuse-se. Tanto a Exceção quanto o Unicom sempre precisam de ilustradores.
23 de novembro de 2011
Fase final, por Ana Claudia Schuh
O processo produtivo da revista Exceção está chegando ao fim. Com as matérias prontas é hora de colocar o conteúdo nas páginas e acertar os últimos detalhes da diagramação: fazer legenda, linha de apoio e revisar insistentemente o material. Para contar como está sendo um pouco dessa correria, segue abaixo um vídeo da nossa editora Ana Claudia Schuh.
A arte de fazer uma revista
Não existe magia alguma na produção de uma revista-laboratório como a Exceção. O que existe - e muito - é suor, empenho, noites em claro trabalhando e horas investidas em cada página. No caso dessa sexta edição que estamos em processo de conclusão, o desafio é ainda maior considerando-se que as 92 páginas que em breve estarão em suas mãos foram trabalhadas exaustivamente por apenas 10 alunos e um professor. E digo 10 porque embora a turma tenha apenas 9 alunos, contamos com a colaboração da Viviane Herrmann na direção de arte da revista ao lado do Fred Carlos.
Lembro de quando fiz o Unicom e de todo o trabalho que tivemos na produção dos jornais. Além de repórter, tanto no Unicom quanto na Exceção, desempenho também a função de diagramador. E amigos, acreditem, diagramar duas edições do Unicom - edições estas que venceram o 24º Set Universitário - foi muito mais simples do que cuidar de uma única edição da revista. É claro que o número de páginas influencia. Mas a impressão que tenho é de que é bem mais do que isso. A dificuldade não está apenas na quantidade de trabalho. Ela está, principalmente, na pressão.
Produzir essa revista é uma arte que exige paciência, dinamismo, versatilidade. É não cansar de revisar e reescrever um texto; é produzir novas fotografias mesmo quando acredita-se que não há mais necessidade; é contar com parceiros que tornam nosso trabalho mais fácil, mais simples, mais prazeroso. É reportagem que te faz chorar, matérias que te metem medo, histórias que arrancam gargalhadas. Uma mistura de sentimentos distribuídas em 92 páginas. É visualizar cenários descritos, imaginar-se em meio a guerras, sentir o que o personagem de cada história sentiu. É gozar em frente às páginas, no sentido mais puro e singelo que a palavra possa exprimir. É discutir, discordar, debater, propor alternativas, encontrar soluções. No fim das contas, produzir uma revista não passa de uma grande suruba.
Lembro de quando fiz o Unicom e de todo o trabalho que tivemos na produção dos jornais. Além de repórter, tanto no Unicom quanto na Exceção, desempenho também a função de diagramador. E amigos, acreditem, diagramar duas edições do Unicom - edições estas que venceram o 24º Set Universitário - foi muito mais simples do que cuidar de uma única edição da revista. É claro que o número de páginas influencia. Mas a impressão que tenho é de que é bem mais do que isso. A dificuldade não está apenas na quantidade de trabalho. Ela está, principalmente, na pressão.
Produzir essa revista é uma arte que exige paciência, dinamismo, versatilidade. É não cansar de revisar e reescrever um texto; é produzir novas fotografias mesmo quando acredita-se que não há mais necessidade; é contar com parceiros que tornam nosso trabalho mais fácil, mais simples, mais prazeroso. É reportagem que te faz chorar, matérias que te metem medo, histórias que arrancam gargalhadas. Uma mistura de sentimentos distribuídas em 92 páginas. É visualizar cenários descritos, imaginar-se em meio a guerras, sentir o que o personagem de cada história sentiu. É gozar em frente às páginas, no sentido mais puro e singelo que a palavra possa exprimir. É discutir, discordar, debater, propor alternativas, encontrar soluções. No fim das contas, produzir uma revista não passa de uma grande suruba.
22 de novembro de 2011
Na expectativa pela próxima Exceção
Ainda em processo, a Exceção tem gerado muita expectativa na turma de Jornalismo de Revista. Estão todos pilhados para revisar as matérias, fotos, capa, detalhes pendentes. Superar os desafios que essa prática impõe. Mas os demais colegas do curso de comunicação também estão ansiosos. Vanessa Costa, Mauricio Beskow e Lindiara Hagemann revelam o que esperam para a próxima Exceção. Ouça!
18 de novembro de 2011
Revista Ágora
Passeando por alguns sites, e vendo como andam os trabalhos de jornalismo de revista de colegas de outras universidades, econtrei a revista Ágora, a Revista Laboratório do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Newton Paiva, de Minas Gerais.
Achei a edição produzida no 1º semestre de 2011 muito bacana, com algumas ressalvas. Algumas pautas são muito boas, e outras nem tanto. Gostei muito, em especial, da reportagem "Como nos velhos tempos". Achei o texto e a pauta bacana, e a digramação me agradou muito mesmo.
Acho que vale à pena, tanto para os meus colegas da disciplina, quanto para os leitores do blog, dar uma folheada na revista. Mas já adianto, quando a nossa edição da Exceção ficar pronta, vai superar todas as expectativas, e ninguém vai querer saber de outra revista...
;)
Achei a edição produzida no 1º semestre de 2011 muito bacana, com algumas ressalvas. Algumas pautas são muito boas, e outras nem tanto. Gostei muito, em especial, da reportagem "Como nos velhos tempos". Achei o texto e a pauta bacana, e a digramação me agradou muito mesmo.
Acho que vale à pena, tanto para os meus colegas da disciplina, quanto para os leitores do blog, dar uma folheada na revista. Mas já adianto, quando a nossa edição da Exceção ficar pronta, vai superar todas as expectativas, e ninguém vai querer saber de outra revista...
;)
14 de novembro de 2011
Hora da revisão
A segunda-feira começou movimentada na aula de Jornalismo de Revista. Com as reportagens praticamente concluídas, chegou a hora de revisar os textos que vão dar forma a revista Exceção.
Este é o momento de corrigir erros, acertar uma ou outra frase e dar os retoques finais no texto. A meta é deixar as matérias gostosas de ler, sem erros de gramática ou pontuação.
Ao todo, temos 11 reportagens aptas para a revisão. Um momento considerado chave da produção da revista que em breve estará pronta.
9 de novembro de 2011
O preço de uma verdade
Na última aula assistimos o filme O preço de uma verdade dirigido por Billy Ray. A história do filme, baseado em fatos reais, se passa na redação de uma revista tradicional de Washington, a The New Republic e conta o que um jornalista é capaz de fazer para obter o sucesso profissional, tão desejado. Uma instigante história que nos fez refletir, a partir da ação do jornalista e principal personagem do enredo, Stephen Glass (Hayden Christensen), o quão preparados estamos para assumir essa profissão que dia após dia, nos coloca em prova de fogo, entre a ética e o furo, entre a pauta e a fonte. Pudemos também debater sobre as atitudes do jovem jornalista e de seus colegas, assim como o papel do editor, bastante importante no contexto do filme. Pra nós, estudantes de jornalismo, foi muito bom assistir o filme e debater sobre ele, principalmente por estarmos no processo de construção da revista Exceção, mas certamente quem não for do ramo jornalístico também poderá gostar muito do filme, pela história envolvente e cativante e pelos bons atores.
Agora já sabe qual filme assistir no próximo feriado né?!
8 de novembro de 2011
Aniversário da Revista piauí
3 de novembro de 2011
Um fato que pode mudar o rumo da minha reportagem
Na última semana o Renan Silva me mostrou o projeto gráfico da Exceção. Algumas reportagens já estavam prontinhas, com fotos e tudo! Preciso deixar registrado aqui o quão orgulhosa fiquei de estar fazendo parte desta edição e principalmente de estar tendo a oportunidade de trabalhar com esta galera, que está animadíssima e se esforçando para que tenhamos uma revista com bom conteúdo e uma ótima aparência.
Bom, a minha reportagem estava pronta, já tinha enviado o texto para correção, já havia selecionado algumas fotos e recebi uma notícia na última semana que pode mudar o rumo das coisas e até mesmo o foco da minha matéria: minha fonte foi internada no hospital, concluiu uma bateria de exames, encontrou um doador no Brasil, e marcou a cirurgia para o dia 15 de novembro. Em meio a tudo isto, mais uma notícia relevante: a família não tem condições financeiras suficientes para cobrir tratamento e passagens áreas do doador.
E agora? É aí que eu resolvi sair da figura de repórter, e fazer alguma coisa! Se tornou impossível não abraçar a causa. Fiz um pequeno texto contando a história da garota e ha poucos minutos atrás enviei para o meu cunhado, que trabalha em uma fumageira, para que ele repassasse o e-mail para seus colegas. Ela precisa de doações, e alguém precisava fazer alguma coisa.
Amigos, colegas e professores, se alguém se interessa em ajudar, avisa! Eu posso encaminhar o e-mail para vocês também!
Enfim, o jornalismo tem destas coisas, conhecemos histórias e em certos momentos é impossível não nos comovermos com a realidade alheia.
Bom trabalho à todos galera, estamos na reta final! ;D
31 de outubro de 2011
Sobre a dificuldade de escolher a foto
Quem acha que o maior trabalho passou depois que o repórter termina de escrever a matéria está enganado. Em seguida vem outro desafio de peso (não que precise ser necessariamente nesta ordem): a hora de escolher as fotos que vão dar rosto a produção do conteúdo. Pois afinal, como bem disse na aula de hoje o colega Fred Carlos, a “fotografia pode significar tanto quanto o texto”. Se já é assim no dia a dia, imagina na hora de produzir a Exceção. Por se tratar de uma revista, julgo que a tarefa é ainda mais árdua, pois não é tão simples escolher as imagens que irão retratar cerca de 11,1 mil caracteres (meu caso) em histórias e relatos.
Pois foi essa a tarefa que eu fiz em conjunto com o Renan Silva, colega que é responsável pela diagramação da revista. Depois de alguma conversa e outros ajustes, definidos as cinco fotos que irão para as páginas da Exceção retratar a minha matéria e resolvemos também que a última delas ainda precisa ser produzida. Pois é quanto tu desconfia que está tudo pronto é que a gente descobre que ainda falta algum detalhe. Acima, uma das fotos que produzi para a minha reportagem. Esta, obviamente, é uma das que não irá para a revista. Até mais!
29 de outubro de 2011
Histórias da Guerra
28 de outubro de 2011
Sinônimos
Está todo mundo cansado de saber que quem escreve deve ter um longo e variado vocabulário. Sim, mas por mais que a gente leia nunca é fácil encontrar aquele sinônimo para que uma palavra não seja repetida frequentemente.
Na minha matéria, confesso que alternar palavras e termos foi difícil, ainda mais que o texto traz coisas específicas. Mas está sendo no exercício de ler, reler, escrever e reescrever, que as variações vão surgindo. Além de encontrar sinônimos (lembrando que o Dicionário é sempre uma ferramenta importantíssima), usar a palavra e o termo correto para que o texto mantenha sua tonalidade também é importante.
No meu caso, uma história simples, de alguém simples, exigia termos simples. A coloquialidade, mas sem abusar do chulo, para tornar o texto mais próximo do seu teor. No fim das contas, para que uma história seja interessante, a maneira como ela é contada deve ser interessante. Assim, temos o compromisso com o leitor da Exceção: contar bem uma boa história.
Na minha matéria, confesso que alternar palavras e termos foi difícil, ainda mais que o texto traz coisas específicas. Mas está sendo no exercício de ler, reler, escrever e reescrever, que as variações vão surgindo. Além de encontrar sinônimos (lembrando que o Dicionário é sempre uma ferramenta importantíssima), usar a palavra e o termo correto para que o texto mantenha sua tonalidade também é importante.
No meu caso, uma história simples, de alguém simples, exigia termos simples. A coloquialidade, mas sem abusar do chulo, para tornar o texto mais próximo do seu teor. No fim das contas, para que uma história seja interessante, a maneira como ela é contada deve ser interessante. Assim, temos o compromisso com o leitor da Exceção: contar bem uma boa história.
Um novo desafio...
Tornar humano. Deixar o sentimento perceptível aos olhos de quem ler a minha reportagem. Esse foi o conselho que recebi quando apresentei a minha primeira versão da matéria que escrevo para a Exceção. E com tantos detalhes que fazem essa história, mais do que contá-la, devo me preocupar em torná-la diferente e rica em seus detalhes. Torná-la envolvente. Torná-la exceção. O assunto exige um tratamento diferente para não cair na mesmice. Um desafio, sem dúvidas, que a cada novo páragrafo escrito, me deixa um tantinho mais aliviada. Um desafio que vai tomando forma, cor e imagem. É, colegas, a Exceção é o nosso maior desafio no momento. Aguardem, estamos fazendo tudo para que a espera de vocês, valha bem mais que a pena! Até mais!
Contar histórias
Em jornalismo a gente gosta de contar histórias. E quando contamos histórias, envolvemos pessoas.
Durante esta semana, a filha de um dos personagens que terá a história contada na Exceção viu a primeira versão do que será publicado. Vendo os olhos dela marejados, percebi quanto essas histórias que tanto gostamos de contar podem emocionar as pessoas envolvidas, e mesmo outras que não tem relação alguma com a história.
Aguardem a próxima edição. Em breve vocês poderão conhecer belas histórias.
27 de outubro de 2011
Quase lá
Como a colega Ana Luíza já disse, estamos na fase final de produção da revista. Uma primeira versão do nosso texto já foi escrita, embora no meu caso em particular, ainda não tenha conseguido direcionar a reportagem para uma conclusão, ou seja, um final, um fechamento.
Após a leitura que fizemos em aula, nosso Editor, o professor Demétrio Soster, já apontou diversas coisas para que eu pense quando for terminar, ou reescrever, a minha matéria.
Mas o mais interessante foi justamente um possível caminho para o desfecho que ele me apontou. E é exatamente sobre isso que eu reflito nesse momento enquanto tento amadurecer as ideias, para, posteriormente, pegar meu texto e reescrê-lo, e escrevê-lo, até que a minha consciencia se sinta satisfeita com o resultado.
Após a leitura que fizemos em aula, nosso Editor, o professor Demétrio Soster, já apontou diversas coisas para que eu pense quando for terminar, ou reescrever, a minha matéria.
Mas o mais interessante foi justamente um possível caminho para o desfecho que ele me apontou. E é exatamente sobre isso que eu reflito nesse momento enquanto tento amadurecer as ideias, para, posteriormente, pegar meu texto e reescrê-lo, e escrevê-lo, até que a minha consciencia se sinta satisfeita com o resultado.
26 de outubro de 2011
Acelerando os motores
Como vocês sabem, estamos no processo de finalização das reportagens da nossa revista. A última aula, na segunda-feira, foi o momento de conhecermos mais de perto as histórias de cada um, através de uma leitura dinâmica. E adianto: vem coisa (muito) boa por aí!
A primeira entrega dos textos já foi feita. Boa parte das fotografias já foram encaminhadas. Na parte opinativa, já temos uma resenha e uma crônica. Ou seja, estamos cada vez mais perto do nosso principal objetivo nesse semestre: ver a próxima Exeção pronta, impressa.
Não deixe de acompanhar nosso processo produtivo aqui pelo blog e também pelas redes sociais, no twitter e facebook!
Até mais.
A primeira entrega dos textos já foi feita. Boa parte das fotografias já foram encaminhadas. Na parte opinativa, já temos uma resenha e uma crônica. Ou seja, estamos cada vez mais perto do nosso principal objetivo nesse semestre: ver a próxima Exeção pronta, impressa.
Não deixe de acompanhar nosso processo produtivo aqui pelo blog e também pelas redes sociais, no twitter e facebook!
Até mais.
23 de outubro de 2011
Profissionais do crime
Segundo dados da Susepe, as penitenciárias gaúchas abrigam atualmente mais de 29.700 presidiários. Desses, 2 mil são mulheres. Mas o que mais espanta é uma sessão do site da Susepe no qual é possível saber as profissões de cada apenado.
Do total, 3.084 eram serventes antes de tornarem-se criminosos; 2160 eram pedreiros e 2977 eram auxiliares de serviços gerais. A lista ainda traz um alto índice de pintores (1318) e de motoristas (708). Mas o que chama mesmo a atenção para nós, alunos de comunicação, é ver que alguns profissionais da área também estão atrás das grades. Pode-se ver 1 operador de câmera na lista, 9 revisores, 12 locutores, 18 fotógrafos, 22 escritores e 5 agentes publicitários.
No fim das contas, ninguém está livre.
Do total, 3.084 eram serventes antes de tornarem-se criminosos; 2160 eram pedreiros e 2977 eram auxiliares de serviços gerais. A lista ainda traz um alto índice de pintores (1318) e de motoristas (708). Mas o que chama mesmo a atenção para nós, alunos de comunicação, é ver que alguns profissionais da área também estão atrás das grades. Pode-se ver 1 operador de câmera na lista, 9 revisores, 12 locutores, 18 fotógrafos, 22 escritores e 5 agentes publicitários.
No fim das contas, ninguém está livre.
21 de outubro de 2011
Uma boa pedida
Hoje de manhã, a turma da disciplina de jornalismo especializado, ministrada pela professora Clarice Speranza, recebeu a visita do jornalista ambiental, Roberto Villar.
Além da magnífica aula de jornalismo, e de jornalismo ambiental, Villar nos deu também uma ótima indicação de revista sobre jornalismo ambiental. Trata-se da Página 22.
Quem já conhece, sabe que a revista é ótima, não somente em termos de conteúdo, mas também, em termos de diagramação. E para quem não conhece, deixo aqui a minha dica:
http://pagina22.com.br/index.php/category/revista/57/
No site é possível também acessar a versão impressa da revista, em PDF. Confere lá!
Além da magnífica aula de jornalismo, e de jornalismo ambiental, Villar nos deu também uma ótima indicação de revista sobre jornalismo ambiental. Trata-se da Página 22.
Quem já conhece, sabe que a revista é ótima, não somente em termos de conteúdo, mas também, em termos de diagramação. E para quem não conhece, deixo aqui a minha dica:
http://pagina22.com.br/index.php/category/revista/57/
No site é possível também acessar a versão impressa da revista, em PDF. Confere lá!
20 de outubro de 2011
André não gosta de gravadores
Há alguns dias eu subi a serra e fui até Nova Petrópolis, uma pequena cidade alemã que fica um pouco antes de Gramado. É lá que mora minha fonte.
A surpresa aconteceu quando André simplesmente dispensou toda a minha parafernália. Insisti, dizendo que dessa forma seria mais fácil, pois bastava apertar um botão e tudo ficaria gravado.
Ele não arredou pé e disse que preferia a palavra escrita.
Assim, me dei por vencida e, depois de uma boa conversa com o rapaz, voltei para casa sem ter um minuto sequer gravado.
Já conhecia o gosto de André, este é o nome da fonte, por uma boa conversa. Para garantir que tudo fosse registrado, me muni com gravador, fitas e pilhas reservas.
A surpresa aconteceu quando André simplesmente dispensou toda a minha parafernália. Insisti, dizendo que dessa forma seria mais fácil, pois bastava apertar um botão e tudo ficaria gravado.
Ele não arredou pé e disse que preferia a palavra escrita.
Assim, me dei por vencida e, depois de uma boa conversa com o rapaz, voltei para casa sem ter um minuto sequer gravado.
19 de outubro de 2011
Revistas em análise
Eu, como editora de fotografia, tenho pego várias revistas para fazer uma análise das fotos. Ficava folheando as páginas e tentando ver o que me chamava atenção quanto as escolhas feitas pelos fotógrafos e como estas imagens interferiam (ou não) na reportagem. Óbvio que a imagem, na minha opinião faz uma grande diferença.
Fazer este trabalho foi bem bacana. Peguei revistas como Piauí, Veja, Super Interessante, Gloss, Rolling Stone e até (pasmem) Playboy! Sim, eu li até mesmo a Playboy, e confesso (que as fotos não me agradaram muito!) que o estilo de texto me surpreendeu.
Fui obrigada a ler a matéria feita com a cantora Sandy, aquela que causou polêmica, para justamente ver com meus próprios olhos ela dizendo que... vocês sabem! E, obviamente, como eu já imaginava, o que ela declarou não foi exatamente aquilo que falaram, mas, enfim, as fotos casaram com o texto, que aliás foi escrito de forma detalhada, e isto prende a atenção do leitor (no caso, a minha!). E ok, admito que as fotos são super bem-feitas!
Em meio a todas estas revista preciso ressaltar aqui uma, que é de longe a minha preferida, e a considero muito boa, com jornalistas diferenciados: a Rolling Stone Brasil.
A revista é uma versão brasileira da Rolling Stone norte-americana. Mensalmente traz conteúdo cultural, traz grandes reportagens, curiosidades, agenda cultural, cinema, moda, etc. Porém, mesmo que a proposta da revista seja falar sobre música, em todas as edições da Rolling Stone Brasil, contém uma grande reportagem que busca mostrar um pedacinho do mundo que normalmente não ganha muita atenção da população.
Neste mês (que inclusive é edição de aniversário), o repórter André Julião foi até a tribo Mursi no sul da Etiópia, e aborda a cultura daquele povo. Ele conta exatamente o que viu, e em detalhes, conta como se sentiu. É incrível o quanto nos aproximamos do jornalista por meio do seu texto. É como se nos sentíssemos ao lado dele naquela expedição.
Conheci, com a reportagem, uma realidade da qual jamais tinha ouvido falar. Uma cultura que faz parte do pais onde eu nasci e moro, e se não fosse pela reportagem, não saberia de sua existência.
É neste momento que eu percebo a grandeza do fazer jornalístico. É com isso, com este tipo de reportagens (ilustrada com fotos maravilhosas de Érico Hiller), que me empolgo e que dá ânimo para fazermos algo diferente, mostrar outras realidades, dar espaço para o que é deixado de lado, contar uma história pelo que vimos, tornar público.
Estas leituras me fizeram pensar em tudo que foi, até aqui, discutido em sala de aula, e percebi que o fazer de uma revista vai além de toda e qualquer regra jornalística, escrever para revista é algo que mexe com a alma do repórter.
Fazer este trabalho foi bem bacana. Peguei revistas como Piauí, Veja, Super Interessante, Gloss, Rolling Stone e até (pasmem) Playboy! Sim, eu li até mesmo a Playboy, e confesso (que as fotos não me agradaram muito!) que o estilo de texto me surpreendeu.
Fui obrigada a ler a matéria feita com a cantora Sandy, aquela que causou polêmica, para justamente ver com meus próprios olhos ela dizendo que... vocês sabem! E, obviamente, como eu já imaginava, o que ela declarou não foi exatamente aquilo que falaram, mas, enfim, as fotos casaram com o texto, que aliás foi escrito de forma detalhada, e isto prende a atenção do leitor (no caso, a minha!). E ok, admito que as fotos são super bem-feitas!
Em meio a todas estas revista preciso ressaltar aqui uma, que é de longe a minha preferida, e a considero muito boa, com jornalistas diferenciados: a Rolling Stone Brasil.
A revista é uma versão brasileira da Rolling Stone norte-americana. Mensalmente traz conteúdo cultural, traz grandes reportagens, curiosidades, agenda cultural, cinema, moda, etc. Porém, mesmo que a proposta da revista seja falar sobre música, em todas as edições da Rolling Stone Brasil, contém uma grande reportagem que busca mostrar um pedacinho do mundo que normalmente não ganha muita atenção da população.
Neste mês (que inclusive é edição de aniversário), o repórter André Julião foi até a tribo Mursi no sul da Etiópia, e aborda a cultura daquele povo. Ele conta exatamente o que viu, e em detalhes, conta como se sentiu. É incrível o quanto nos aproximamos do jornalista por meio do seu texto. É como se nos sentíssemos ao lado dele naquela expedição.
Conheci, com a reportagem, uma realidade da qual jamais tinha ouvido falar. Uma cultura que faz parte do pais onde eu nasci e moro, e se não fosse pela reportagem, não saberia de sua existência.
É neste momento que eu percebo a grandeza do fazer jornalístico. É com isso, com este tipo de reportagens (ilustrada com fotos maravilhosas de Érico Hiller), que me empolgo e que dá ânimo para fazermos algo diferente, mostrar outras realidades, dar espaço para o que é deixado de lado, contar uma história pelo que vimos, tornar público.
Estas leituras me fizeram pensar em tudo que foi, até aqui, discutido em sala de aula, e percebi que o fazer de uma revista vai além de toda e qualquer regra jornalística, escrever para revista é algo que mexe com a alma do repórter.
18 de outubro de 2011
Fernando Morais é o cara
Durante a disciplina de Jornalismo de Revista lemos o livro Corações sujos, de Fernando Morais. Ele reconstitui a aventura da Shindo Renmei, a mais sangrenta página da história da imigração japonesa. A Shindo Renmei, ou 'Liga do Caminho dos Súditos', nasceu em São Paulo após o fim da Segunda Guerra, em 1945. Para seus seguidores, a notícia da rendição não passava de uma fraude aliada. Em poucos meses a colônia nipônica estava dividida. De um lado ficavam os katigumi, os 'vitoristas'. Do outro, os makegumi, ou 'derrotistas', apelidados de 'corações sujos' pelos militantes da seita. Militarista e seguidora cega das tradições de seu país, a Shindo Renmei declara guerra aos 'corações sujos', acusados de traição à pátria pelo crime de acreditar na verdade.
Essa história maluca não está nos livros de História. Fernando Morais “descobriu” através de uma entrevista para outro trabalho. A informação “escapou” da pessoa e Morais, sempre atento aos detalhes, fez o que todo bom repórter deve fazer: foi investigar. Para contar a história, ele entrevistou nada menos que 88 pessoas, consultou 50 arquivos públicos e 28 jornais. Um trabalho grandioso que resultou num livro grandioso e muito inspirador. Fazendo uso de recursos literários, os quais também aproveitaremos na próxima Exceção, conta uma história. O cara transforma reportagem em livro. Mas não é literatura. É jornalismo do bom.
16 de outubro de 2011
Porque é domingo
Hoje é domingo à noite e estou finalizando minha matéria. Os domingos têm sido importantes nesse processo. Foi num domingo do ano passado que conheci a história que vou contar na próxima Exceção. No dia 11 de setembro deste ano, um domingo, que fui entrevistar minha fonte. Também num domingo que outra fonte me respondeu um email com várias questões que me ajudaram no texto. E nessas últimas quatro semanas, sempre aos domingos, que consegui transcrever as informações. Ah!, e porque domingo antecede a segunda-feira, quando temos a disciplina de Jornalismo de Revista, onde tudo acontece. Afinal, hoje é o primeiro dia da semana e é fundamental aquecer os motores para o que vem pela frente.
Conhecendo o desconhecido
Pessoal, só para ver o que faz o pré-conceito: até então, a Revista Quatro Rodas, que já completou 50 anos e contou com a participação do grande José Hamilton Ribeiro, para mim não passava de uma revista que falava sobre carros e peças para carros. Sim, ela fala basicamente sobre isso, mas também traz matérias bem interessantes que poderiam fazer parte de qualquer outra revista que não trate apenas de novos lançamentos, fábricas, recall...
Como exemplo, eis uma reportagem de agosto deste ano feita por Maria Paola de Salvo, falando sobre (olhem só!) o trânsito em Porto Velho. Eu jamais imaginei que a capital de Rondônia tivesse uma das maiores taxas de mortes por acidentes no país. Uma reportagem de interesse público, que remete à falta de investimentos em infraestrutura no trânsito, segurança, na saúde e na própria educação. Ela começa assim:
O batalhão do Corpo de Bombeiros de Porto Velho (RO) vivia uma madrugada de sexta para sábado atipicamente tranquila no último dia 2 de julho. Alguns dos seis soldados dormiam e outros assistiam TV. Por volta da meia-noite, o rádio chamou. "Bicho-preguiça solto no aeroporto", dizia a voz do outro lado. "Pelo visto a noite vai ser devagar hoje", disse divertido o bombeiro Tiago de Araújo. "No fim de semana, normalmente ninguém dorme aqui. Cada uma das três viaturas costuma atender de dez a 13 acidentes na madrugada." Minutos depois, o rádio anuncia a volta à "normalidade". "Acidente com moto e carro na rua Guaporé com Alexandre Guimarães, duas vítimas." Araújo e o colega Ayrton acionam a sirene e o giroflex. Em 5 minutos estão no local. A motociclista aguardava no chão, sem conseguir mexer a perna. O garupa sangrava nas mãos e corria, atônito, de um lado para o outro. Segundo testemunhas, a moça perdeu a direção e bateu na lateral de um carro. Teve a perna imobilizada e foi conduzida a uma clínica.
Para ler na íntegra: http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/transito-porto-velho-641072.shtml
Como exemplo, eis uma reportagem de agosto deste ano feita por Maria Paola de Salvo, falando sobre (olhem só!) o trânsito em Porto Velho. Eu jamais imaginei que a capital de Rondônia tivesse uma das maiores taxas de mortes por acidentes no país. Uma reportagem de interesse público, que remete à falta de investimentos em infraestrutura no trânsito, segurança, na saúde e na própria educação. Ela começa assim:
O batalhão do Corpo de Bombeiros de Porto Velho (RO) vivia uma madrugada de sexta para sábado atipicamente tranquila no último dia 2 de julho. Alguns dos seis soldados dormiam e outros assistiam TV. Por volta da meia-noite, o rádio chamou. "Bicho-preguiça solto no aeroporto", dizia a voz do outro lado. "Pelo visto a noite vai ser devagar hoje", disse divertido o bombeiro Tiago de Araújo. "No fim de semana, normalmente ninguém dorme aqui. Cada uma das três viaturas costuma atender de dez a 13 acidentes na madrugada." Minutos depois, o rádio anuncia a volta à "normalidade". "Acidente com moto e carro na rua Guaporé com Alexandre Guimarães, duas vítimas." Araújo e o colega Ayrton acionam a sirene e o giroflex. Em 5 minutos estão no local. A motociclista aguardava no chão, sem conseguir mexer a perna. O garupa sangrava nas mãos e corria, atônito, de um lado para o outro. Segundo testemunhas, a moça perdeu a direção e bateu na lateral de um carro. Teve a perna imobilizada e foi conduzida a uma clínica.
Para ler na íntegra: http://quatrorodas.abril.com.br/reportagens/transito-porto-velho-641072.shtml
14 de outubro de 2011
Uma visita ao passado
As reportagens que vocês encontrarão na próxima Exceção, em sua maioria, têm em comum o fato de visitarem o passado para discorrer sobre algo no presente. É fato que o passado sempre desperta nossa atenção. A obra Corações Sujos, de Fernando Morais, por exemplo, nada mais é do que uma grande pesquisa sobre a história da comunidade japonesa no Brasil. Explicando o passado, podemos entender o presente. O mesmo ocorre com a reportagem Tempos Nazistas, realizada pela turma de Produção em Jornalismo Online no semestre passado. Essa revisita ao passado da região abriu novas possibilidades de olhares sobre a atualidade.
Foi com a intenção de procurar esse olhar sobre o passado que encontrei, em uma banca aqui de Santa Cruz, a revista História em Curso, da Editora Minuano. Como lema, ela nos traz um resumo do que já foi dito: "Conheça o passado; Entenda o presente; Projete o futuro!". Nesse sentido, buscamos inspiração na publicação para abrir a mente na busca pela informação. Nosso objetivo, mais do que escrever textos bem fechados e produzir uma revista para entretê-lo, caro leitor, é produzir reportagens com conteúdo realmente aprofundado, contar histórias interessantes e, quem sabe, colocar em prática nossa função social enquanto jornalistas (ou quase jornalistas).
Se você está ansioso para ler o que estamos preparando, saiba que também estamos ansiosos para vermos nosso trabalho finalizado e a nova edição da revista Exceção, finalmente, em nossas mãos. A contagem regressiva começou.
Revista História em Curso |
Se você está ansioso para ler o que estamos preparando, saiba que também estamos ansiosos para vermos nosso trabalho finalizado e a nova edição da revista Exceção, finalmente, em nossas mãos. A contagem regressiva começou.
Cercado por lembranças
A história que vou contar na próxima edição da Revista Exceção, é baseada em relatos, lembranças. A foto baixo (ilustrativa), revela um pouco do que se trata a minha pauta. Muitos conflitos, momentos delicados, por vezes até mesmo acompanhados de um sentimento de alívio. Tudo isso fez parte da vida deste senhor de 92 anos com quem conversei.
Despois de terminada a transcrição da entrevista, passo agora a me dedicar somente ao texto. As primeiras linhas começam a ser traçadas. Espero que o resultado seja tão bom quanto essa maravilhosa história que pude conferir de perto.
Não deixem de acompanhar nosso blog! No próximo post, deixo para vocês um trecho dessa entrevista.
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Despois de terminada a transcrição da entrevista, passo agora a me dedicar somente ao texto. As primeiras linhas começam a ser traçadas. Espero que o resultado seja tão bom quanto essa maravilhosa história que pude conferir de perto.
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11 de outubro de 2011
Para deixar um gostinho de quero mais
O caminho percorrido para produzir a reportagem está chegando ao fim, pelo menos a parte dele em que colhemos informações. Ainda há muito a ser feito para escrever a reportagem com todo o zelo que ela requer.
Na última segunda, fiz uma das últimas, ou a última, entrevista necessária para a minha matéria. Durou em torno de uma hora e foi muito, muito importante para o produto final que vocês lerão na Exceção.
Não quero entrar em muitos detalhes, pois será só na revista que tudo sobre a minha pauta será desvendado, mas para deixar um "gostinho de quero mais", deixarei abaixo um trechinho da polêmica, mas serena entrevista que fiz com Lúcio Wickert. Aguardem a matéria completa na revista!
Na última segunda, fiz uma das últimas, ou a última, entrevista necessária para a minha matéria. Durou em torno de uma hora e foi muito, muito importante para o produto final que vocês lerão na Exceção.
Não quero entrar em muitos detalhes, pois será só na revista que tudo sobre a minha pauta será desvendado, mas para deixar um "gostinho de quero mais", deixarei abaixo um trechinho da polêmica, mas serena entrevista que fiz com Lúcio Wickert. Aguardem a matéria completa na revista!
Um problema em nível estadual
Na reportagem principal da Zero Hora de sábado, 8, um dado alarmante nos é fornecido: o efetivo da Polícia Militar de Caxias do Sul é o mesmo de 20 anos atrás. Em Rio Pardo, palco de minha reportagem, outro dado preocupa: o presídio tem a mesma capacidade há 10 anos. E isso não é só na cidade histórica.
Desde 2001 não são construídas novas prisões no Rio Grande do Sul. Entretanto, a população carcerária no período dobrou. Para se ter ideia, o presídio de Rio Pardo tem capacidade para 16 apenados - atualmente abriga 46. Em 2001, cerca de 15 mil presidiários viviam nas prisões gaúchas - hoje são mais de 29 mil.
Um problema antigo. E, ainda assim, um problema atual. No cômpito final, tudo reflete nos índices de violência que aflingem o estado. É inegável que tais índices cresceram em todas as cidades gaúchas. A questão é saber o quanto isso afetou a vida da população, principalmente nas cidades do interior.
Desde 2001 não são construídas novas prisões no Rio Grande do Sul. Entretanto, a população carcerária no período dobrou. Para se ter ideia, o presídio de Rio Pardo tem capacidade para 16 apenados - atualmente abriga 46. Em 2001, cerca de 15 mil presidiários viviam nas prisões gaúchas - hoje são mais de 29 mil.
Um problema antigo. E, ainda assim, um problema atual. No cômpito final, tudo reflete nos índices de violência que aflingem o estado. É inegável que tais índices cresceram em todas as cidades gaúchas. A questão é saber o quanto isso afetou a vida da população, principalmente nas cidades do interior.
Contar o que ainda não foi revelado
O título deste post é também a missão de cada um de nós que, neste semestre, se debruça na produção da revista Exceção. Pois bem, o desafio é excitante, mas um tanto quanto complicado.
Sinto isso neste momento. Envolvida com a produção do texto da minha matéria, que como a foto do post sugere, envolve a Estação Férrea de Santa Cruz do Sul, me pego em vários momentos pensando em como conduzir meu texto de forma atraente e no rigoroso padrão da nossa Exceção.
Além de contar histórias que ainda não ocuparam as páginas de jornais e revistas, temos que saber contar aquilo que está em nossas mãos. A ideia é mais que impressionar o leitor com o enredo e sim seduzi-lo com o nosso texto. Ao desafio, então!
Sinto isso neste momento. Envolvida com a produção do texto da minha matéria, que como a foto do post sugere, envolve a Estação Férrea de Santa Cruz do Sul, me pego em vários momentos pensando em como conduzir meu texto de forma atraente e no rigoroso padrão da nossa Exceção.
Além de contar histórias que ainda não ocuparam as páginas de jornais e revistas, temos que saber contar aquilo que está em nossas mãos. A ideia é mais que impressionar o leitor com o enredo e sim seduzi-lo com o nosso texto. Ao desafio, então!
10 de outubro de 2011
Realidade, ficção ou as duas coisas?
Pois é, pessoal, o processo da revista está em andamento. As matérias estão encaminhadas e em breve teremos finalizado o novo logo da Exceção, bem como definições no que diz respeito ao projeto gráfico. E para essa caminhada, importante ter a teoria para colocar as ideias em prática. No caso do texto: a grande questão no que se refere às reportagens é como saber se estamos falando de realidade ou ficção. Classificação por gêneros, regras extralinguisticas e indexadores... Não, não é uma gramática quadrada. São meios de enterdermos os textos que lemos e escrevemos.
Na busca pelo melhor, precisamos estar atentos a essas questões. Lendo muitas matérias veiculadas nas edições anteriores, ficamos com a impressão de que aquelas histórias poderiam ser classificadas como literatura, pela sua narrativa ou pelos temas e pessoas que retratam. São diferentes, fogem do senso comum. Mas não dá para esquecer que se trata de jornalismo.
Na próxima Exceção, muitas histórias podem deixar vocês com dúvidas: isso existe? É assim mesmo? Como é possível? Ainda não temos as respostas, mas estamos nos fazendo as mesmas perguntas.
Na busca pelo melhor, precisamos estar atentos a essas questões. Lendo muitas matérias veiculadas nas edições anteriores, ficamos com a impressão de que aquelas histórias poderiam ser classificadas como literatura, pela sua narrativa ou pelos temas e pessoas que retratam. São diferentes, fogem do senso comum. Mas não dá para esquecer que se trata de jornalismo.
Na próxima Exceção, muitas histórias podem deixar vocês com dúvidas: isso existe? É assim mesmo? Como é possível? Ainda não temos as respostas, mas estamos nos fazendo as mesmas perguntas.
3 de outubro de 2011
Pessoal,
estive pesquisando sobre a revista Realidade na internet, e tive a grata surpresa de encontrar uma outra revista chamada Revista Pessoa. Seu diálogo, que é voltado a literatura, e não corresponde exatamente no âmbito da Exceção. A análise que eu proponho é sobre a forma peculiar - assim como falamos hoje sobre a Piauí - que a revista Pessoa propõe.
Um sacada ótima, dentro da proposta da revista, é trazer poemas no interior da revista, e junto com as fotos cria-se um ambiente agradável ao leitor.
Quem quiser pode conferir a revista neste link.
2 de outubro de 2011
Construção do Design da Informação - #1
Moçada!
Como havíamos dito em aula, vamos pensar no design da informação visando "fotografia sobre arte". Obviamente não pretendemos recriar um Cezánne ou Picasso, mas dentro do conceito arte contemporânea, onde a arte é feita por quem faz e cria-se o seu próprio imaginário sobre ela, estamos elaborando conceitos e técnicas para captar a imagem e sua esfera artística.
Segue abaixo amostras do que podemos fazer.
Esta técnica de fotografia é bem simples: luz em ambiente escuro com exposição prolongada do diafragma. O resultado é interessante. O problema é que foge um pouco da "originalidade" que queremos conceituar.
Esta outra é mais dentro do perfil de originalidade, com o conceito de fotografia sobre arte. Também é simples sua execução, apenas luz, quadro e giz. Nossa ideia é fazer a interação dos objetos desenhados com um toque de excentricidade. Podemos colocar uma pessoa com traços peculiares (no bom português seria um totalmente pirado) para representar o que é a nossa revista, uma Exceção. As linhas que transcorrem pelo quadro poderiam dar destaque a algumas matérias.
Estas são ideias para a capa, o que, necessariamente, estaria implícita suas formas no interior da revista.
29 de setembro de 2011
Monografia sobre a reportagem em Piauí
Ainda sobre a Revista Piauí, deixo abaixo a monografia do ex-colega de vocês, hoje igualmente jornalista profissional diplomado, Thiago Stürmer, que tive o privilégio de orientar.
Chama-se Atualidade, profundidade e narrativa literária: a reportagem como fator de distinção na revista Piauí e foi defendida ao final do primeiro semestre de 2010.
Falaremos mais sobre ela no próximo encontro presencial.
Chama-se Atualidade, profundidade e narrativa literária: a reportagem como fator de distinção na revista Piauí e foi defendida ao final do primeiro semestre de 2010.
Falaremos mais sobre ela no próximo encontro presencial.
Pra entrar no clima de Piauí
Em agosto de 2010, a então graduanda, hoje jornalista profissional diplomada, Vanessa Kannenberg, postou no Blog da Exceção um vídeo comemorativo ao primeiro ano da revista Piauí, que estudaremos a partir da próxima aula.
Ilustra bem, o tal vídeo, o tom da revista.
Divirtam-se:
Ilustra bem, o tal vídeo, o tom da revista.
Divirtam-se:
Uma visão sobre a Veja
Estamos estudando a Revista Veja e tentando entender por que ela é a revista mais odiada e ao mesmo tempo é a mais lida do Brasil. Para tanto, conversei com uma pessoa que trabalha na área de comunicação há mais de 20 anos e é assinante da Veja. O comunicador de rádio Jairo Bola, 41 anos, abordou algumas questões muitos interessantes sobre a revista.
Ouça:
Ouça:
27 de setembro de 2011
Em fase de preparação...
Nesse final de semana terei uma conversa com os principais personagens da história que irei contar na próxima Exceção. Enquanto isso, estou seguindo as orientações do professor Demétrio: lendo crônicas, muitas crônicas. A minha cronista preferida é a Martha Medeiros e é dela as últimas crônicas que lí.
Como não sou egoísta, vou compartilhar com vocês uma crônica que tem algo de semelhante com a minha matéria. Espero que também gostem e reflitam. Sempre existe algo inetressante que podemos levar pra vida pessoal da gente né?!
Quem quiser pode ler mais crônicas dela nesse site que encontrei!
A IMPONTUALIDADE DO AMOR
Martha Medeiros
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
Como não sou egoísta, vou compartilhar com vocês uma crônica que tem algo de semelhante com a minha matéria. Espero que também gostem e reflitam. Sempre existe algo inetressante que podemos levar pra vida pessoal da gente né?!
Quem quiser pode ler mais crônicas dela nesse site que encontrei!
A IMPONTUALIDADE DO AMOR
Martha Medeiros
Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
Uma tarde de lembranças
Depois da pauta decidida e das pesquisas em torno do tema realizadas, chegou a hora da entrevista. Na tarde fria da última sexta-feira, tive o primeiro contato com o meu entrevistado. De início, confesso que temi. Tive receio de a história não render, afinal, meu case já tem lá seus 92 anos de idade. Do contrário, me surpreendi positivamente com as lembranças dele em torno do tema. Fiquei feliz e, mais ainda, com vontade de contar essa história.
Assim como a colega Jeniffer expôs no post anterior, na minha entrevista as lágrimas - um misto de lembranças boas e outras nem tanto - também se fizeram presentes. Na sala da sua casa, com uma leve garoa caindo lá fora, tive a sensação de, por vezes, estar no local dos acontecimentos ali contados. O sotaque do meu case talvez tenha contribuído para isso, assim como os detalhes de cada acontecimento. Enfim, espero que vocês sintam o mesmo quando tiverem em mãos essa história. Por sinal, uma bela história.
Assim como a colega Jeniffer expôs no post anterior, na minha entrevista as lágrimas - um misto de lembranças boas e outras nem tanto - também se fizeram presentes. Na sala da sua casa, com uma leve garoa caindo lá fora, tive a sensação de, por vezes, estar no local dos acontecimentos ali contados. O sotaque do meu case talvez tenha contribuído para isso, assim como os detalhes de cada acontecimento. Enfim, espero que vocês sintam o mesmo quando tiverem em mãos essa história. Por sinal, uma bela história.
26 de setembro de 2011
Com a entrevista, vieram as lágrimas...
Não vou mais esquecer a tarde de hoje. A entrevista com a fonte que vai dar o norte para a minha matéria da Exceção foi surpreendente. Já havíamos tido contato de forma tímida por telefone algumas vezes e a ela parecia pouco dada a contar histórias. Para o meu engano, não foi preciso muitas perguntas para que ela se abrisse de forma sincera e verdadeira. “Esse é meu assunto favorito. É um orgulho falar disso”, disse logo que a nossa conversa iniciou.
Pois bem. As emoções da tarde não pararam por aí. Mais de uma vez interrompemos a entrevista para a minha protagonista secar os olhos, cheios de lágrimas de saudade. Fui brindada com a sorte de me deparar com uma fonte que faz questão de falar sobre o tema da minha reportagem e que não esconde a emoção, a sensibilidade e a saudade ao lembrar da profissão do pai. “Não é feio chorar por isso”, eu dizia a ela, enquanto tentava se desculpar por chorar em frente a uma desconhecida. Depois de uma tarde como essa, a gente entende porque é tão bom contar histórias.
21 de setembro de 2011
Para onde vai Rio Pardo?
Nas últimas semanas, me intriga a quantidade de vezes que vi Rio Pardo, cidade na qual nasci, com destaque na mídia. Infelizmente, de forma negativa. As últimas manchetes anunciavam mortes, violência doméstica, vingança, tráfico de drogas, prostituição. Que a cidadezinha está transformada não é novidade. Lembro de quando nem pensava em ir para a faculdade, as noites jogando futebol no meio da rua, traves feitas com chinelos "Havaianas" e bola remendada com fita isolante. Lembro de poder andar de bicicleta pelas ruas da cidade histórica sem medo. Ou então, tomar sorvete na esquina de casa com os amigos, inventando histórias e dividindo sonhos. Incrivelmente, todas essas lembranças têm menos de 10 anos. O que aconteceu de lá para cá?
Dizer que toda a cidade tem violência, drogas e libertinagem é lugar comum. Mas é sempre estranho ver nossa terra natal desandando. A verdade é que não sabe-se onde essa onda de violência vai parar. Pode ser um vizinho que mata o cachorro da vizinha com carne envenenada para poder furtar frutas de seu quintal - por mais estranho que isso soe, ocorreu com minha avó -; pode ser um grupo de garotos traficando para outros garotos; pode ser um marido que espanca a esposa e não aceita o divórcio. Definitivamente, a Rio Pardo de hoje não é a mesma que, certa vez, acolheu minha infância e foi palco dos meus sonhos.
Dizer que toda a cidade tem violência, drogas e libertinagem é lugar comum. Mas é sempre estranho ver nossa terra natal desandando. A verdade é que não sabe-se onde essa onda de violência vai parar. Pode ser um vizinho que mata o cachorro da vizinha com carne envenenada para poder furtar frutas de seu quintal - por mais estranho que isso soe, ocorreu com minha avó -; pode ser um grupo de garotos traficando para outros garotos; pode ser um marido que espanca a esposa e não aceita o divórcio. Definitivamente, a Rio Pardo de hoje não é a mesma que, certa vez, acolheu minha infância e foi palco dos meus sonhos.
19 de setembro de 2011
Ideias sempre são bem-vindas!
Todos já sabem que procuro cases que tenham feito algo por acaso e que no final deu certo e ainda rendeu uma boa história! Enfim, procurei daqui e dali, investi na busca até mesmo pelas redes sociais e nada.
Correndo o risco de perder a pauta pela falta de cases, resolvi investir no que o velho ditado diz " quantidade não significa qualidade", pois bem, a minha pauta não terá diversos cases mas farei o possível para tratar da melhor forma possível essa história.
Uma coisa que costumo fazer é assistir, ouvir e ler reportagens que me tragam boas influências e me encham de ideias! Ontem (18/09/11) enquanto preparava uma nega maluca, ao mesmo tempo em que assistia o Fantástico, me chamou atenção a história que logo mais seria contada no quadro "O cupido".
A história, obviamente, tratava de um casal de namorados. O que não era nada óbvio foi a forma com que se conheceram, e foi justamente isso que me fez lembrar da minha pauta: o acaso ou destino, como preferir.
É lógico que não vou contar detalhes da história que estou preparando para a próxima Exceção, mas vocês poderão imaginar algo a partir desse quadro que compartilho logo abaixo.
Bom espero que gostem do vídeo!
Correndo o risco de perder a pauta pela falta de cases, resolvi investir no que o velho ditado diz " quantidade não significa qualidade", pois bem, a minha pauta não terá diversos cases mas farei o possível para tratar da melhor forma possível essa história.
Uma coisa que costumo fazer é assistir, ouvir e ler reportagens que me tragam boas influências e me encham de ideias! Ontem (18/09/11) enquanto preparava uma nega maluca, ao mesmo tempo em que assistia o Fantástico, me chamou atenção a história que logo mais seria contada no quadro "O cupido".
A história, obviamente, tratava de um casal de namorados. O que não era nada óbvio foi a forma com que se conheceram, e foi justamente isso que me fez lembrar da minha pauta: o acaso ou destino, como preferir.
É lógico que não vou contar detalhes da história que estou preparando para a próxima Exceção, mas vocês poderão imaginar algo a partir desse quadro que compartilho logo abaixo.
Bom espero que gostem do vídeo!
16 de setembro de 2011
Como era verde o Brasil de Justino Martins
Se, de um lado, jornalistas como Joel Silveira conquistaram, por mérito e senso de oportunidade, seu lugar nos anais da profissão (ao menos por estes lados), com outros a memória parece sofrer de alzeimer.
Refiro-me pontualmente ao gaúcho de Cruz Alta Justino Martins (foto abaixo), cunhado de Erico Verissimo,"descoberto", ao lado de Joel Silveira, por Samuel Wainer quando este sucedeu a Azevedo Amaral no comando da Diretrizes, mas que transitou, também, pela Revista do Globo e Manchete, para ficarmos em três.
Como Justino Martins chamou atenção de Samuel Wainer?
Ao mandar, para o então jovem diretor de Diretrizes, um envelope com uma reportagem dentro, cujo título - "Como era verde o Brasil" - era franca e ironicamente inspirado em um romance famoso à época, de Richard Llewellyn.
"O autor, numa linguagem típica de jornalista da província, pedia-me cerimoniosamente que me desse o trabalho de ler o que escrevera", comentou Wainer anos mais tarde em seu "Minha razão de viver".
Wainer não apenas leu como se apaixonou pelo texto do rapaz: de forma irônica, e a partir de relatório fornecido pela polícia gaúcha, Justino Martins escrevera uma reportagem sobre o integralismo de Plínio Salgado e sua ramificações no Sul do Brasil nos primeiros anos do século 20, que o projetaria em nível nacional e que renderia muitos outros textos dessa natureza.
Reproduzo abaixo, via Issue, de uma edição que 1973 do livro "Reportagens que Abalaram o Brasil", (BLOCH, 1973), que comprei na Estande Virtual, e que tem, além do texto de Justino Martins, reportagens de David Nasser, Otto Lara Rezende e outros de mesmo quilate.
Para além do assunto, instigante, e não obstante a linguagem da época, às vezes empolada, a mim chamou atenção no texto a estrutura que Justino Martins se utilizou para escrevê-lo: a partir de uma visita a uma museu integralista, por "uma gentileza do ilustre chefe de polícia", o repórter chega a um "pequeno e antigo" relatório que guiará seus passos dali para a frente.
Em primeira pessoa, diga-se, e carregado de alfinetadas as mais diversas.
E por este viés, como em um flashback longo e minuciosamente descrito, passa a descrever o nascimento, apogeu e queda do integralismo, na verdade uma imitação tosca do nazismo/fascismo que poucos lembram de ter existido, mas que, por um bom tempo, preocupou um monte de gente por estes lados também.
Leiam o texto. É reportagem de revista de primeira qualidade. Vale a pena.
Refiro-me pontualmente ao gaúcho de Cruz Alta Justino Martins (foto abaixo), cunhado de Erico Verissimo,"descoberto", ao lado de Joel Silveira, por Samuel Wainer quando este sucedeu a Azevedo Amaral no comando da Diretrizes, mas que transitou, também, pela Revista do Globo e Manchete, para ficarmos em três.
Como Justino Martins chamou atenção de Samuel Wainer?
Ao mandar, para o então jovem diretor de Diretrizes, um envelope com uma reportagem dentro, cujo título - "Como era verde o Brasil" - era franca e ironicamente inspirado em um romance famoso à época, de Richard Llewellyn.
"O autor, numa linguagem típica de jornalista da província, pedia-me cerimoniosamente que me desse o trabalho de ler o que escrevera", comentou Wainer anos mais tarde em seu "Minha razão de viver".
Reproduzo abaixo, via Issue, de uma edição que 1973 do livro "Reportagens que Abalaram o Brasil", (BLOCH, 1973), que comprei na Estande Virtual, e que tem, além do texto de Justino Martins, reportagens de David Nasser, Otto Lara Rezende e outros de mesmo quilate.
Em primeira pessoa, diga-se, e carregado de alfinetadas as mais diversas.
E por este viés, como em um flashback longo e minuciosamente descrito, passa a descrever o nascimento, apogeu e queda do integralismo, na verdade uma imitação tosca do nazismo/fascismo que poucos lembram de ter existido, mas que, por um bom tempo, preocupou um monte de gente por estes lados também.
Leiam o texto. É reportagem de revista de primeira qualidade. Vale a pena.
15 de setembro de 2011
Persistir sempre
Se tem uma palavra que um jornalista não deve acatar em primeira instância, essa palavra é NÃO. Ás vezes na busca pela história, pela informação e pelo desenrolar de uma pauta, muitas pedras são encontradas no caminho, muitas portas fechadas na nossa cara e muitos NÃOs são ditos sem dó (não é mesmo Deka?).
No entanto, não podemos nos abalar com esses percalços e é preciso muita persistência para superar essas decepções e continuar buscando nosso ideal. Estou fazendo essa reflexão porque na quarta-feira desta semana tinha uma entrevista marcada, marcada desde a semana passada, com uma das fontes mais importantes da minha reportagem.
Fui até o encontro no lugar e hora marcada para ouvir minha fonte dizer que estava muito ocupada naquele momento e que não poderia me atender. Resultado, pela mesma porta que entrei, minutos depois tive que sair sem nenhuma informação a mais do que aquelas que já havia descobertro sozinha.
No entanto, é preciso ressaltar que para continuar nessa busca, me agarrei com força na promessa que a fonte me fez: remanejar sua agenda, marcar um novo encontro, e me ligar comunicando. Espero que essa atitude ocorra logo, e se assim não for, serei insistente (e até inconveniente se preciso) mesmo e ligarei cobrando o cumprimento dessa promessa.
Mas, como esta não era a única fonte, sigo tentando encontrar as demais.
Persistir sempre.
No entanto, não podemos nos abalar com esses percalços e é preciso muita persistência para superar essas decepções e continuar buscando nosso ideal. Estou fazendo essa reflexão porque na quarta-feira desta semana tinha uma entrevista marcada, marcada desde a semana passada, com uma das fontes mais importantes da minha reportagem.
Fui até o encontro no lugar e hora marcada para ouvir minha fonte dizer que estava muito ocupada naquele momento e que não poderia me atender. Resultado, pela mesma porta que entrei, minutos depois tive que sair sem nenhuma informação a mais do que aquelas que já havia descobertro sozinha.
No entanto, é preciso ressaltar que para continuar nessa busca, me agarrei com força na promessa que a fonte me fez: remanejar sua agenda, marcar um novo encontro, e me ligar comunicando. Espero que essa atitude ocorra logo, e se assim não for, serei insistente (e até inconveniente se preciso) mesmo e ligarei cobrando o cumprimento dessa promessa.
Mas, como esta não era a única fonte, sigo tentando encontrar as demais.
Persistir sempre.
13 de setembro de 2011
Vamos ouvir?
Pessoal, contar uma boa história vai depender do quanto estamos dispostos a ouvir nossas fontes.
Temos que ouvir muito mesmo, deixar elas falarem a vontade...
E neste ouvir, sugiro gravar as falas dos entrevistados. Assim, podemos disponibilizar aqui trechos dessas entrevistas, para que o leitor também possa "ouvir" um pouco das histórias que vamos trazer logo a diante.
Por hora, eis uma gravação que fiz com meu entrevistado.
Mas como ainda não dá para falar abertamente das matérias, o jeito é traduzir...
Temos que ouvir muito mesmo, deixar elas falarem a vontade...
E neste ouvir, sugiro gravar as falas dos entrevistados. Assim, podemos disponibilizar aqui trechos dessas entrevistas, para que o leitor também possa "ouvir" um pouco das histórias que vamos trazer logo a diante.
Por hora, eis uma gravação que fiz com meu entrevistado.
Mas como ainda não dá para falar abertamente das matérias, o jeito é traduzir...
12 de setembro de 2011
O olhar da fotografia
Oi gente, tudo bem?! Todos em busca da pauta perfeita?
Pois bem, além de falarmos de reportagem, é preciso pensarmos na foto que irá, ao meu ver, tornar o texto atrativo só na passagem de olhos do leitor.
Sim, a foto convida à leitura!Ela tem este poder. Isso não acontece com vocês?
Pensa bem: você pega uma revista novinha, louco para devorar as matérias, mas não sabe por qual começar, então começa folheando mesmo...onde vai parar primeiro? Certamente vai se prender às imagens.
Então é nesta perspectiva que quero lançar o desafio pra vocês, isso, é claro, se vocês toparem!
Bom o dasafio é o seguinte: fazer fotos que traduzam o sentimento da reportagem. Já que procuramos cases que sejam exceção, tragam fotos diferentes, ângulos inusitados. Traduzir em imagens o que está colocado em palavras, got it?!
Está complicado me entender? Então vamos aos exemplos!
Bom, mais ou menos por aí!
Vamos falando, ok?
See ya guys!
Deka
Pois bem, além de falarmos de reportagem, é preciso pensarmos na foto que irá, ao meu ver, tornar o texto atrativo só na passagem de olhos do leitor.
Sim, a foto convida à leitura!Ela tem este poder. Isso não acontece com vocês?
Pensa bem: você pega uma revista novinha, louco para devorar as matérias, mas não sabe por qual começar, então começa folheando mesmo...onde vai parar primeiro? Certamente vai se prender às imagens.
Então é nesta perspectiva que quero lançar o desafio pra vocês, isso, é claro, se vocês toparem!
Bom o dasafio é o seguinte: fazer fotos que traduzam o sentimento da reportagem. Já que procuramos cases que sejam exceção, tragam fotos diferentes, ângulos inusitados. Traduzir em imagens o que está colocado em palavras, got it?!
Está complicado me entender? Então vamos aos exemplos!
Bom, mais ou menos por aí!
Vamos falando, ok?
See ya guys!
Deka
Correspondente Exceção
A partir de agora o Blog da Exceção conta com um programete em áudio. Trata-se do Correspondente Exceção, inspirado nos áureos tempos dos Correspondentes Renner e Esso. O intuito é trazer informações sobre a disciplina e o processo das reportagens.
Nesta primeira edição, a opinião de alguns colegas do curso sobre a revista Exceção.
Nesta primeira edição, a opinião de alguns colegas do curso sobre a revista Exceção.
8 de setembro de 2011
Você já vivenciou ou fez algo por engano que acabou dando certo?
Definir uma pauta não é algo simples, e eu sei bem do que estou falando. No primeiro dia de aula já havia definido um tema, sugeri na reunião e foi aceito. Porém, como nunca estamos satisfeitos com o que é simples, tentei aprofundar mais o assunto e encontrar outros cases para que o assunto seja, digamos assim, uma exceção de fato. Mas ao contrário do que confirma o velho ditado" quem procura, acha!" e vocês até já devem ter visto nas redes sociais por aí, a minha procura por cases diferenciados, infelizmente, não resultou num retorno positivo!
A minha procura é por alguém que já tenha feito ou vivenciado algo que partiu de um engano e que no final deu certo. Eu disse que não era algo simples, aliás, quando comento isso com as pessoas com o intuito de descobrir esse "alguém", escuto algo do tipo: " Bah, não devo ter feito nada por engano que deu certo, ao menos algo que tenha tido importância pra mim", e se não teve importância, não serve para essa pauta que fará parte de um grande time que já foram "escaladas", pois estamos produzindo uma Exceção de grande estilo e o fundamental, de conteúdo!
Ah, se você já viveu algo por engano que acabou dando certo, ou sabe de alguém que tenha tido essa vivência, conta pra nós!?
Enquanto isso, sigo nessa procura e qualquer novidade, volto para contar!
Marluci Drum
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