Refiro-me pontualmente ao gaúcho de Cruz Alta Justino Martins (foto abaixo), cunhado de Erico Verissimo,"descoberto", ao lado de Joel Silveira, por Samuel Wainer quando este sucedeu a Azevedo Amaral no comando da Diretrizes, mas que transitou, também, pela Revista do Globo e Manchete, para ficarmos em três.
Como Justino Martins chamou atenção de Samuel Wainer?
Ao mandar, para o então jovem diretor de Diretrizes, um envelope com uma reportagem dentro, cujo título - "Como era verde o Brasil" - era franca e ironicamente inspirado em um romance famoso à época, de Richard Llewellyn.
"O autor, numa linguagem típica de jornalista da província, pedia-me cerimoniosamente que me desse o trabalho de ler o que escrevera", comentou Wainer anos mais tarde em seu "Minha razão de viver".
Reproduzo abaixo, via Issue, de uma edição que 1973 do livro "Reportagens que Abalaram o Brasil", (BLOCH, 1973), que comprei na Estande Virtual, e que tem, além do texto de Justino Martins, reportagens de David Nasser, Otto Lara Rezende e outros de mesmo quilate.
Em primeira pessoa, diga-se, e carregado de alfinetadas as mais diversas.
E por este viés, como em um flashback longo e minuciosamente descrito, passa a descrever o nascimento, apogeu e queda do integralismo, na verdade uma imitação tosca do nazismo/fascismo que poucos lembram de ter existido, mas que, por um bom tempo, preocupou um monte de gente por estes lados também.
Leiam o texto. É reportagem de revista de primeira qualidade. Vale a pena.
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