24 de abril de 2012

Para pesquisar

Oi pessoal!
O Dia do Livro foi ontem, mas hoje aproveito o blog da Exceção para deixar uma sugestão de pesquisa. O site Domínio Público é bem interessante, ainda mais para a gente que está sempre lendo, em busca de dados e fontes de informação. É um espaço que promove o acesso às obras literárias, artísticas e científicas (na forma de textos, sons, imagens e vídeos), já em domínio público ou que tenham a sua divulgação devidamente autorizada. Vale dar uma espiada e, se gostarem, aproveitem!

Prorrogado: você ainda pode fazer o novo logo da Exceção

Mais tempo para a criatividade. É isso mesmo: a turma de Jornalismo de Revista resolveu dar um prazo a mais para que você, colega, também participe do concurso que vai eleger o novo logo da Revista Exceção. A turma já está muito contente com as propostas apresentadas na aula de ontem, dia 23, mas como a semana que vem é de feriadão, quem sabe o tempo livre não aguça a criatividade e você também resolve participar? Pois bem, o prazo foi ampliado para o dia 7 de maio, quando as propostas devem ser entregues por e-mail ou apresentadas na aula. Esperamos a sua participação. Seguem algumas orientações:


1) O logo precisa ser diferente das versões utilizadas nas edições anteriores e tem que dialogar com a ideia da publicação.

2) A entrega e a apresentação das propostas estão previstas para o dia 7 de maio por e-mail ou na aula, no lab 7.

3) Quem não tiver domínio de softwares também pode participar. Basta apresentar uma ideia rascunhada. A elaboração ficará para depois.

Qualquer dúvida, entre em contato a Exceção por meio de revistaexcecao@gmail.com.

22 de abril de 2012

É instinto?

A turma de Jornalismo de Revista 2012/1, comandada pelo profe Dê Soster, está mandando ver na produção das matérias que vão dar vida à próxima revista Exceção. E eu, confesso, já estou ansiosa pra ver como ela vai ficar. Já posso até imaginar algumas páginas, fotos, a expressão dos colegas ao verem o nosso trabalho...aiai, não sei se isso é instinto de uma quase jornalista, mas é muito bom! Nada melhor do que planejar, produzir e ver o trabalho ali, prontinho, circulando entre tantos. Mas, para isso, ainda temos bastante trabalho pela frente na produção, revisão, fotos e diagramação. Por enquanto os colegas só podem dar dicas, aqui no blog, sobre o que vai ser a nossa Exceção.

Para quem acompanha o nosso trabalho, lá vai:
- O que esperar do mês de agosto?
- Adrenalina total... 
- Histórias de fugitivos
- Liberdade... e quem não tem?
- Aventura (na selva?)
- Sabores. Qual é o seu preferido?
- Trabalho para sobreviver ou por paixão?

Não vou dar mais pistas. Quer saber mais? Então continua conectado com a Exceção!

Ah, ia me esquecendo: nesta semana a galera que topou o desafio deve apresentar as propostas no concurso que vai eleger o novo logo da Exceção! Vem coisa boa por aí!

20 de abril de 2012

Ele é um artesão

Ele, o seu Miro, acha que não tem sorte na vida. Mas, usando a criatividade, ele cria as oportunidades para garantir o sustento da família. É um artesão. Mas por que ele vai estar nas páginas da nossa Exceção? Isso você só vai saber quando estiver com a revista em mãos. Por enquanto, Miro nos conta um pouco do seu trabalho: ele é um "fazedor" de balaios.


19 de abril de 2012

Dia do Exército brasileiro

Pois é meus caros, hoje, 19 de abril não é apenas o dia do índio como se costuma pensar. É também o Dia do Exército, comemorado nessa data por causa da 1ª Batalha dos Guararapes, momento em que luso-brasileiros, brasileiros e índios se uniram para combater as tropas holandesas em 19 de abril de 1648 e que marcou o início do sentimento de nacionalismo brasileiro. Por isso, esta batalha é considerada simbolicamente a origem do Exército brasileiro.

Em função disso, o dia foi marcado por solenidades militares. Eu e Viviane Moura acompanhamos a formatura que ocorreu hoje pela manhã no no 7º Batalhão de Infantaria Blindada de Santa Cruz do Sul. Durante o evento   foram entregues medalhas para os colaboradores do regimento Gomes Carneiro. Além disso, a cerimônia contou também com o juramento à bandeira das aspirantes a oficial médica e dentista.



17 de abril de 2012

Adrenalina total


A reportagem já está tomando corpo e já estou ansiosa para vê-la pronta. As fontes trouxeram muita adrenalina para a matéria e como eles mesmos disseram: "esperamos trazer mais pessoas para este esporte, a partir desta apresentação".

Uma das minhas fontes é um jovem de 17 anos, estudante do Ensino Médio da cidade de Cachoeira do Sul, e gosta muito de esportes radicais, esportes que proporcionam aquele medo que te paralisa quando pensa no que você vai fazer, mas no final dá aquele “prazer pós-adrenalina”.

Para saber mais, fique ligadinho no blog da Revista Exceção.


16 de abril de 2012

Preparativo para o coletivo (a rima não anima...)


Colegas,


Não pode passar de semana que vem! Todos deverão estar a postos na próxima segunda, e não se admitem faltas. Quem não está na imagem acima, já está atrasado e precisa falar urgentemente comigo.

Prêmio Brasília de Literatura


Quero registrar aqui, o livro que estamos lendo para fazer a resenha, “Os últimos soldados da guerra fria”, foi destaque no 1º Prêmio Brasília de Literatura. Fernando Morais levou o prêmio de melhor livro reportagem.

E o gaúcho Michel Laub, autor do livro “Diário de Queda” foi o vencedor na categoria romance. O anúncio foi feita na sexta feira, dia 13 em Brasília. Os primeiros colocados levaram R$ 30 mil reais.

Mais informações


Fonte: Google


Arte e a tipografia

Hoje a noite quero discutir com os colegas o planejamento gráfico da Exceção. Nesse post procuro esclarecer de forma sucinta minhas decisões quanto a tipografia. ;)


Se hoje nos limitamos a escolher uma fonte, quase que praticamente na base "erro, acerto" (ver vídeo abaixo) nossos antepassados consideravam a tipografia como uma forma de arte. Para minha surpresa, mesmo sendo amante de planejamento gráfico, nunca havia me dado conta que os tipos que usamos hoje derivam de outros tempos e outros contextos históricos.


Pode-se dizer que desde a primeira manifestação de comunicação escrita, os tipos estavam se formando. E as fontes que usamos hoje, derivam de famílias antigas, criadas por grandes artistas de séculos passados. Criar um tipo "bonito" era tão importante e grandioso para a época como uma obra de arte em quadro ou argila.







Nessa postagem do site Chocola Design, tem resumidamente as informações sobre a tipografia e como usá-la. Me baseie em várias fontes (me refiro a obras/livros e afins), mas vou copiar o texto deste site por ser mais simplório na linguagem (diz tudo em poucas palavras):


Que fontes usar?

Lapidárias
É uma das fontes mais conhecidas e usadas por todos na digitação de textos. Os desenhos da fonte não possuem serifa e é uniforme, que tornam esta família a mais legível de todas, sendo indicada no uso dos textos publicitários e de embalagens. Não são recomendados para textos longos.
Egípcias
Essa fonte tem em seu formato e principalmente graças ao formato das hastes consegue transmitir uma dose de vitalidade, principalmente em títulos; porém, graças as serifas de formato retangular, não é indicado o uso em textos longos por torná-los pesados demais.

Romanas Antigas
Graças ao desenho simples, leve e sofisticado das serifas, que são finas e modernas, essa fonte traz um descanso visual ao leitor, São imuito usadas na área editorial para grandes volumes de textos, com o maior grau de legibilidade de todas as famílias.

Romanas Modernas
São esteticamente agradáveis, porém graças ao desenho de suas hastes têm espessuras muito finas (tanto quanto as serifas), dão a impressão de serem frágeis e quebráveis. Graças a isso deve-se ter cuidado ao imprimir esse tipo de fonte, pois alguns sistemas de impressão, como com reticulagem, não conseguem fazer com que a fonte seja legível.

Cursivas
Essas são as letras sem classificação, com hastes e serifas livres. Essas qualificações tornam a família cursiva a mais ilegível de todas, essa fonte é muito usada em títulos, ou mesmo em textos grandes, que o leitor consiga visualizar essa fonte.




Livros:
Manual de tipografia: CLAIR, Kate; BUSIC-SNYDER, Cynthia. Manual de tipografia: a história, a técnica e a arte. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 399 p.
Pensar com tipos: LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes. São Paulo: Cosac & Naify, 2006. 181 p.
Design para quem não é designer: WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 6. ed. São Paulo: Callis, 2001. 144 p.
A arte de editar revistas: ALI, Fatima. A arte de editar revistas. São Paulo: Ed. Nacional, 2009. 399 p


(todos estão disponíveis na biblioteca da Unisc e são de leitura fácil e prática)

Sites:
http://chocoladesign.com/
http://tipografos.net/cadernos/


Revistas:
Todas que vocês puderem ler/analisar. É interessante perceber os detalhes acima citados na prática.
O formato da revista, o público a qual é voltado e uma série de fatores influenciam na hora de decidir a fonte certa a usar. É interessante perceber que importantes revistas brasileiras utilizam as fontes indicadas nesse blog (texto extensos com as Romanas antigas, são muito comuns)

Concurso de logo: explicações hoje!

Vale lembrar a quem quiser participar do concurso da Exceção: hoje à noite, no lab 7, daremos explicações (responderemos a dúvidas) a todos os que estiverem interessados em fazer a nova logo da revista. Na próxima segunda-feira, dia 23, acontece a entrega e apresentação das ideias. Não deixem de participar, pessoal! É uma forma muito divertida de divulgar habilidades dentro do curso de Comunicação Social!

15 de abril de 2012

Pautas caindo

Pelo que pude notar, com a minha, são duas as pautas que caíram. De minha parte não consigo mais falar com o "comedor de vidros", saiu de Arroio dos Ratos, onde estava trabalhando, para ir à casa de uma irmã em Alvorada, na Região Metropolitana, mas até esse momento não apareceu por lá ainda. Então, tenho de partir para uma nova missão, quando pensei em fazer sobre um senhor que transformou um Fusca em veículo de carga, tendo inclusive dois eixos na traseira. Pensei na angulação. Um novo modelo de Fusca? Mas essa semana resolvo isso.

13 de abril de 2012

Piauí & anencéfalos

Como estamos na pilha de estudar a revista Piauí, segue um link bem sacado e atual do blog The Piauí Herald:

http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald/brasil/senadores-anencefalos-temem-que-medida-seja-retroativa

*Só para descontrair enquanto o trabalho flui!

10 de abril de 2012

Dica

Pessoal, para escrever bem não existem regras específicas. Mas, aproveito o espaço do blog para divulgar o livro “Escrita total: Escrevendo bem e vivendo Com Prazer, Alma e Propósito”, do jornalista, professor e escritor Edvaldo Pereira Lima, que em seu livro mostra o prazer em escrever.

Lima afirma: “Pegue uma folha de papel branco e esqueça de todas as convenções e regras. Comece a escrever, o mais rápido possível, sobre qualquer coisa que vier à sua imaginação. Não importa o que: nuvem vira castelo de princesa, cachorros podem falar e cidades imaginárias são criadas. Liberar a criatividade e recuperar o prazer de escrever”.

Recomendo o livro, para uma viagem sobre o prazer da escrita.



Clube do autor
499 páginas

Mistura de sentimentos

Minha reportagem para a próxima edição da revista Exceção já está em andamento. Vou contar para vocês experiências que em um primeiro momento geram medo, depois aquela sensação de adrenalina e por último um prazer inenarrável.

9 de abril de 2012

É HOJE

Nesse clima


A ideia da pauta teve suas origens a mais de uma década atrás e hoje, definitivamente, Carolina Junqueira Lopes e eu vamos atrás das informações e, se tudo der certo, vamos mostrar uma realidade brasileira muito pouco explorada.
Estou terminando de arrumar minha mochila e a Carol já está providenciado o material: câmeras de vídeo, gravador, câmera fotográfica. Estamos curiosas e sedentas por conhecimento para uma rotina muito diferente das nossas.
Vamos deixar vocês bem informados sobre os bastidores dessa nossa aventura que começa hoje.


Serão dois dias em campo, sem celular, sem internet e realizando as primeiras provas. Não sei ao certo o que teremos que fazer, mas a surpresa ao mesmo tempo que me ânsia, me assusta e me deixa vibrante.


Não consigo decidir nem o que levar na mochila, afinal acho que dormiremos em barracas (acho) e que tipo de atividade física faremos? Terão muitos animais? Cobras? Aranhas?
Por via das dúvidas: chocolate, roupas de educação física, regatas, casacos, mais chocolate (eu tenho muita fome) dois tênis, um livro e uma arma (brincadeira esse último).
E que comece a aventura...

8 de abril de 2012

Sempre na contramão: ela escolheu o jornalismo

Eu sei que o dia do jornalismo já passou, mas eu estava fazendo feriadão...hahah
Eu fiz uma postagem para meu blog pessoal e acho que muita gente passou pelo mesmo que eu, da sua forma peculiar, mas passou. E acho legal, também, que saibam que minha paixão pelo jornalismo veio desde pequena, através de revistas. Coincidência?
Espero que gostem.


Dinheiro, fama e sucesso. O trio tão sonhado na hora de escolheruma profissão. Desde que se entende por gente, aquela menina metida e um tantoquanto “bicho do mato”, na época, dizia que queria fazer a tal da faculdade etrabalhar e ganhar muito dinheiro. Ninguém botava fé naquela marrenta, mimada.Alguns parentes (aquelas tias fofoqueiras) comentavam “tomara que seja bonita,dai casa com um homem rico e escapa da lavoura”.

Os pais, por sua vez, a viam como uma capacidade genial e jáa imaginavam nas melhores universidades e com um futuro diferente do deles. Elapouco ligava. Só que algo chamou atenção dos pais e dos avós naquela pequena falante,desde muito cedo, ela tinha encanto por revistas. Sim, revistas. De todos ostamanhos, formatos e cores.

A mãe, na época com pouco mais de 20 anos, fazia plantão nasportas das escolas para ganhar revistinhas que sobravam para distrair o bebê depouco mais de um ano. Nem bonecas, nem bolas, nem doces. Ela tinha coleção degibis. “Eu vou ter um quarto cheio de revistinhas quando eu crescer” diziaorgulhosa ao pai, com menos de 5 anos. Ela mal lia, mas infernizava a vida dospais para que lhe dissessem que letras bonitas eram aquelas. Com poucos mesesna escola, já lia perfeitamente e devorava mais e mais livrinhos coloridos erevistas do Menino Maluquinho , da turma da Mônica, Ciência é hoje...
Eu odiava ser fotografada (é melhor fuçar nas câmeras :P).
Fui pega de surpresa

Aos 12 anos, seu pai e grande ídolo, disse que ela deveriaser repórter, de tão falante e ela gosta da ideia. Dizia aos quatro cantos quequeria ser “jornaleira” (sim, para ela o jornaleiro é que fazia o jornal). Namente dela e dos pais se passava uma profissão de glamour e holofotes.

17 anos e um ano de curso, foram suficientes para quecomentassem “você poderia escolher qualquer curso, por que jornalismo?”. Seupai votava na medicina, a mãe na administração e a vó na pedagogia. Mesmo com adecepção ao descobrir o piso salarial e com a falta de ética descoberta logocedo, no primeiro emprego, ela nunca conseguiu se ver sem aquela drogaviciante, do tal jornalismo. Nada lhe daria a possibilidade de conhecer tudoàquilo que ela sempre teve curiosidade, muito menos descobrir que ela a nadatemia. E, enfim, ela tinha um quarto cheio de revistas e a casa inteira comaqueles folhetos brilhantes de todos tamanhos, espalhados. Enfim ela se via “jornaleira”,ela não só tinha o queria, como aprenderá a fazer e dinheiro nenhum no mundopaga isso.

Aquela menina marrenta, de seus 3,4 anos, estaria orgulhosa...
(e colocando defeitos em todas as revistas, com certeza)

5 de abril de 2012

Primeiro programete da Revista Exeção



Pessoal, está aí o nosso primeiro programa de rádio da revista, espero que gostem... ficou alguns colegas de fora que não estavam na sala na hora de gravar. Adriano, Geferson, Angélica e Michele... precisava fazer aquele dia. No próximo vamos tentar fazer com todos.

3 de abril de 2012

Caixa de fósforos e mais

Minha reportagem para a revista Exceção esta em andamento. Algumas entrevistas feitas, fotos, anotações e reportagem tomando forma.
O que tenho para contar, é um tanto curioso, mas uma boa história ou várias.
E para deixar mais curiosidade, uma foto. São caixas de fósforos, e digo bem guardadas!





Fiquem ligados!

2 de abril de 2012

Encapando?

Procura-se uma logo para a Exceção!

Atenção! Estudantes de comunicação e colegas, a revista Exceção procura uma nova logo. Ela precisa ser diferente das utilizadas nas edições anteriores e tem que dialogar com a ideia da publicação. Aos interessados, a turma de Jornalismo de Revista dará maiores explicações na segunda-feira, dia 16 de abril. A entrega e apresentação das propostas estão previstas para o dia 23.

Vale material já finalizado e vale rascunho em papel sulfite. Ou qualquer outro papel. Queremos uma ideia. A elaboração ficará para depois. A melhor logo será utilizada na Exceção e divulgada aos quatro ventos.

Batalha

Difícil falar sobre a própria vida a um desconhecido. Mais complicado ainda, se no ambiente há muitos desconhecidos. É um desafio que é vencido aos poucos, com a força de querer chegar a um objetivo. Na minha matéria encontrei, antes de tudo, lutadores. Pessoas dispostas a lutar contra problemas que não atingem poucos. Exceção, nessa batalha, é quem nunca passou pelos mesmos questionamentos, pelas mesmas inseguranças. Não tenho uma história. Tenho várias. Mas todas desejam ter um mesmo final.

'Sou assim apaisanado, domador e guitarreiro'


Começo a contar um pouco sobre minha reportagem da Exceção pelo título dessa postagem, Trata-se da música 'Apaisanado', de César Oliveira e Rogério Melo. Um dos personagens mora no interior de Venâncio Aires, e usa os campos verdes reluzentes com o nascer do sol para ser uma exceção. Eu diria que exceção, primeiro por dom e depois, por escolha.

Um personagem peculiar

A Revista Exceção da turma 2012/1 já está tomando formas.





A galera está produzindo as pautas e se esforçando para trazer conteúdo e formas que façam você, amigo leitor(a), ficar coladinho com a gente, acompanhando o nosso trabalho. Eu já fui para a rua com caneta, bloco e câmera na mão. Por enquanto, conto um pouco da história do seu Miro. Ele é um personagem peculiar.

Em um cenário de pouco (ou quase nada) conforto, Miro diz que não é triste, mas poderia ser mais feliz. Ele não tem vergonha de falar da situação em que vive. Apesar de todo aperto é trabalhador, mas afirma que é um homem “sem sorte”. Aprendeu durante os cinco anos em que esteve na escola – mesmo nunca tendo passado de ano - que a vida se ganha trabalhando, e muito.

Miro tem muito mais para contar. Quer saber? Então fique ligado na Exceção!

Memória

Estive navegando pelas páginas da internet para saber um pouco mais da história das nossas revistas. As aulas aguçaram a curiosidade. Como as revistas eram ousadas e conseguiam ser tão criativas com tão poucos recursos? Hoje acredito mais que nada se perde, tudo se copia ou recria.

Vasculhando os sites, encontrei um espaço interessante, que guarda muito da memória da revista Cruzeiro. Passem no Memória Viva. Vale a pena!

1 de abril de 2012

Revista Brasileiros e Piauí

Olá galera! Aproveito o espaço do blog, para deixar novamente o registro da entrevista  de José Hamilton Ribeiro. Agora ele menciona duas revistas que considera ‘parecido’, com o que a revista Realidade fez.
Boa leitura!

José Hamilton Ribeiro: “Realidade foi um produto de várias circunstâncias históricas que se congregaram que se ajuntaram num determinado momento, num determinado espaço e numa determinada realidade. Essas circunstâncias históricas, elas não existem mais. Então a Realidade foi um produto de um momento que não se repetiu mais, não vai se repetir mais. O fundamento desse momento foi a grande mudança que os anos sessenta fizeram no mundo.

Foi o século dos Beatles, da pílula, da mulher, do jovem, das manifestações estudantis, da reação contra  a guerra do Vietnã, enfim foi o momento no mundo que aconteceu muita coisa, da mudança de comportamento. E a Realidade no Brasil teve condições  de não só trazer pra cá essa mudança que tava acontecendo no mundo ou de certa forma fazer com que ela se refletisse  na realidade brasileira. Fazer também que aquele clima de mudança, aquela efervescência também acontecesse aqui. De fato e de certa forma Realidade fez isso.

Não só refletiu com influencio tendências no Brasil de tal forma que o Millôr Fernades quando se referia a moçada daquela época, chamava a “geração realidade”. Agora essas circunstâncias não se repetem mais, não tem nesse momento. Mas como a Realidade era uma revista de reportagem e revista mensal, tem duas no Brasil hoje que de certa forma usam aquela fórmula.

Que são a revista Brasileiros e a revista Piauí., e uma delas tem certa aproximação com Realidade e a outra tem outro tipo de aproximação , mas de qualquer maneira essas revistas estão ai e eu torço pra sobrevivam, mas não podemos dizer ainda que elas estão alterando o preço do dólar."

Homenagem da Piauí a Millôr

Acredito que seja do conhecimento de todos que neste último 27 de março faleceu Millôr Fernandes. Este que foi desenhista, humorista, dramaturgo e escritor, passou por importantes veículos de comunicação, entre eles O Cruzeiro, O Pasquim e Veja.
No site da Piauí encontrei um texto escrito por Mario Sérgio Conti sobre ele, e é isso que trago pra vocês.

Millôr, um nome a zelar
por Mario Sergio Conti

A história é velha e verdadeira. Aos 17 anos, Milton Fernandes viu a sua certidão de nascimento. A caligrafia do escrivão estava desenhada em excesso, era uma profusa confusão de arabescos. Apesar da opulência das linhas e traços, o documento tinha um sentido só, que apontava para um erro de origem: o prenome dele não era Milton, era Millôr. O rapaz gostou da novidade. Trocou o mero Milton pelo nome melhor. Millôr é dos poucos, pois, que rejeitaram a vontade dos pais. Livrou-se do nome imposto, se autonomeou (atenção, bancada vienense: o jovem em questão era órfão de pai e mãe), batizou a si mesmo. Assim virou Millôr, primeiro e único.
O que há num simples nome?, pergunta Julieta a Romeu, no balcão, e ela mesma responde, perguntando:

Aquilo que chamamos rosa, com outro nome não teria igual perfume?

Se Millôr tivesse continuado Milton, teria sido igualmente rosa, continuaria com o mesmo perfume? Há algo de impróprio em se reapropriar continuamente do próprio nome próprio? O cara tem um baita problema de identidade, né não? É um egocêntrico megalômano?

Nem tanto. É longa a tradição, nas artes plásticas, do auto-retrato. Pintar a si mesmo serve tanto de espelho como de disfarce. A série de auto-retratos de Rembrandt pertence à categoria do espelho. Ela registra a passagem do tempo e o artista que muda. O retratista retratado é primeiro guapo mancebo, aí amadurece, depois envelhece e por fim envilece, vira rosto vil. Já Caravaggio, que pintou a si mesmo na cabeça decapitada de Golias, usou o auto-retrato para perder a cabeça, se auto-amputar.

Millôr não se espelha nem se disfarça nem se amputa. Ele se propaga e se reitera. Seus auto-retratos não têm rosto. Eles escancaram um nome e escondem um homem. Ao contrário dos de Rembrandt, os seus auto-retratos não seguem uma seqüência. Não descrevem uma progressão. Vivem mais no espaço do que no tempo: se espalham em todas as direções, incorporando ao sujeito, ao ego, aquilo que está nos arredores do seu nome. À diferença do Caravaggio-Golias (que separa a cabeça do corpo, a mente do espírito, o retratado do retratista), Millôr mostra que cérebro, testa, tronco, membros, pensamento, traços, cores e coração podem formar um todo, desmembrado, que aponta para o infinito. Aqueles nomes todos são ele, Millôr. O que há neles de agudo, de colorido, de curvo e gracioso, tudo que há neles é Millôr.

Convém olhar esses nomes com vagar. Salvo engano, não há nada semelhante na história da arte. O artista se auto-impõe um espaço exíguo, uma forma fixa, os limites estritos de sua identidade nominal. E, dentro da prisão de si mesmo, expõe a liberdade individual. A liberdade tem graça porque transcende o indivíduo.

Outro dia, no seu estúdio, em Ipanema, ao escutar que seus nomes são geniais, Millôr sorriu. Disse que eles não são produto de genialidade, e sim da sua obsessão em se divertir. Ele começou a brincar com a palavra Millôr em 1938, na revista O Cruzeiro. Não parou mais. Perdeu a conta de quantos Millôres fez. Sua arte é a de brincar, de criar, de se recriar.

“Todo dia leio cuidadosamente os avisos fúnebres dos jornais: às vezes a gente tem surpresas agradabilíssimas.” (Millôr Fernandes)

...porém, não nessa vez.