8 de abril de 2012

Sempre na contramão: ela escolheu o jornalismo

Eu sei que o dia do jornalismo já passou, mas eu estava fazendo feriadão...hahah
Eu fiz uma postagem para meu blog pessoal e acho que muita gente passou pelo mesmo que eu, da sua forma peculiar, mas passou. E acho legal, também, que saibam que minha paixão pelo jornalismo veio desde pequena, através de revistas. Coincidência?
Espero que gostem.


Dinheiro, fama e sucesso. O trio tão sonhado na hora de escolheruma profissão. Desde que se entende por gente, aquela menina metida e um tantoquanto “bicho do mato”, na época, dizia que queria fazer a tal da faculdade etrabalhar e ganhar muito dinheiro. Ninguém botava fé naquela marrenta, mimada.Alguns parentes (aquelas tias fofoqueiras) comentavam “tomara que seja bonita,dai casa com um homem rico e escapa da lavoura”.

Os pais, por sua vez, a viam como uma capacidade genial e jáa imaginavam nas melhores universidades e com um futuro diferente do deles. Elapouco ligava. Só que algo chamou atenção dos pais e dos avós naquela pequena falante,desde muito cedo, ela tinha encanto por revistas. Sim, revistas. De todos ostamanhos, formatos e cores.

A mãe, na época com pouco mais de 20 anos, fazia plantão nasportas das escolas para ganhar revistinhas que sobravam para distrair o bebê depouco mais de um ano. Nem bonecas, nem bolas, nem doces. Ela tinha coleção degibis. “Eu vou ter um quarto cheio de revistinhas quando eu crescer” diziaorgulhosa ao pai, com menos de 5 anos. Ela mal lia, mas infernizava a vida dospais para que lhe dissessem que letras bonitas eram aquelas. Com poucos mesesna escola, já lia perfeitamente e devorava mais e mais livrinhos coloridos erevistas do Menino Maluquinho , da turma da Mônica, Ciência é hoje...
Eu odiava ser fotografada (é melhor fuçar nas câmeras :P).
Fui pega de surpresa

Aos 12 anos, seu pai e grande ídolo, disse que ela deveriaser repórter, de tão falante e ela gosta da ideia. Dizia aos quatro cantos quequeria ser “jornaleira” (sim, para ela o jornaleiro é que fazia o jornal). Namente dela e dos pais se passava uma profissão de glamour e holofotes.

17 anos e um ano de curso, foram suficientes para quecomentassem “você poderia escolher qualquer curso, por que jornalismo?”. Seupai votava na medicina, a mãe na administração e a vó na pedagogia. Mesmo com adecepção ao descobrir o piso salarial e com a falta de ética descoberta logocedo, no primeiro emprego, ela nunca conseguiu se ver sem aquela drogaviciante, do tal jornalismo. Nada lhe daria a possibilidade de conhecer tudoàquilo que ela sempre teve curiosidade, muito menos descobrir que ela a nadatemia. E, enfim, ela tinha um quarto cheio de revistas e a casa inteira comaqueles folhetos brilhantes de todos tamanhos, espalhados. Enfim ela se via “jornaleira”,ela não só tinha o queria, como aprenderá a fazer e dinheiro nenhum no mundopaga isso.

Aquela menina marrenta, de seus 3,4 anos, estaria orgulhosa...
(e colocando defeitos em todas as revistas, com certeza)

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