16 de abril de 2012

Arte e a tipografia

Hoje a noite quero discutir com os colegas o planejamento gráfico da Exceção. Nesse post procuro esclarecer de forma sucinta minhas decisões quanto a tipografia. ;)


Se hoje nos limitamos a escolher uma fonte, quase que praticamente na base "erro, acerto" (ver vídeo abaixo) nossos antepassados consideravam a tipografia como uma forma de arte. Para minha surpresa, mesmo sendo amante de planejamento gráfico, nunca havia me dado conta que os tipos que usamos hoje derivam de outros tempos e outros contextos históricos.


Pode-se dizer que desde a primeira manifestação de comunicação escrita, os tipos estavam se formando. E as fontes que usamos hoje, derivam de famílias antigas, criadas por grandes artistas de séculos passados. Criar um tipo "bonito" era tão importante e grandioso para a época como uma obra de arte em quadro ou argila.







Nessa postagem do site Chocola Design, tem resumidamente as informações sobre a tipografia e como usá-la. Me baseie em várias fontes (me refiro a obras/livros e afins), mas vou copiar o texto deste site por ser mais simplório na linguagem (diz tudo em poucas palavras):


Que fontes usar?

Lapidárias
É uma das fontes mais conhecidas e usadas por todos na digitação de textos. Os desenhos da fonte não possuem serifa e é uniforme, que tornam esta família a mais legível de todas, sendo indicada no uso dos textos publicitários e de embalagens. Não são recomendados para textos longos.
Egípcias
Essa fonte tem em seu formato e principalmente graças ao formato das hastes consegue transmitir uma dose de vitalidade, principalmente em títulos; porém, graças as serifas de formato retangular, não é indicado o uso em textos longos por torná-los pesados demais.

Romanas Antigas
Graças ao desenho simples, leve e sofisticado das serifas, que são finas e modernas, essa fonte traz um descanso visual ao leitor, São imuito usadas na área editorial para grandes volumes de textos, com o maior grau de legibilidade de todas as famílias.

Romanas Modernas
São esteticamente agradáveis, porém graças ao desenho de suas hastes têm espessuras muito finas (tanto quanto as serifas), dão a impressão de serem frágeis e quebráveis. Graças a isso deve-se ter cuidado ao imprimir esse tipo de fonte, pois alguns sistemas de impressão, como com reticulagem, não conseguem fazer com que a fonte seja legível.

Cursivas
Essas são as letras sem classificação, com hastes e serifas livres. Essas qualificações tornam a família cursiva a mais ilegível de todas, essa fonte é muito usada em títulos, ou mesmo em textos grandes, que o leitor consiga visualizar essa fonte.




Livros:
Manual de tipografia: CLAIR, Kate; BUSIC-SNYDER, Cynthia. Manual de tipografia: a história, a técnica e a arte. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 399 p.
Pensar com tipos: LUPTON, Ellen. Pensar com tipos: guia para designers, escritores, editores e estudantes. São Paulo: Cosac & Naify, 2006. 181 p.
Design para quem não é designer: WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. 6. ed. São Paulo: Callis, 2001. 144 p.
A arte de editar revistas: ALI, Fatima. A arte de editar revistas. São Paulo: Ed. Nacional, 2009. 399 p


(todos estão disponíveis na biblioteca da Unisc e são de leitura fácil e prática)

Sites:
http://chocoladesign.com/
http://tipografos.net/cadernos/


Revistas:
Todas que vocês puderem ler/analisar. É interessante perceber os detalhes acima citados na prática.
O formato da revista, o público a qual é voltado e uma série de fatores influenciam na hora de decidir a fonte certa a usar. É interessante perceber que importantes revistas brasileiras utilizam as fontes indicadas nesse blog (texto extensos com as Romanas antigas, são muito comuns)

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