23 de novembro de 2011

A arte de fazer uma revista

Não existe magia alguma na produção de uma revista-laboratório como a Exceção. O que existe - e muito - é suor, empenho, noites em claro trabalhando e horas investidas em cada página. No caso dessa sexta edição que estamos em processo de conclusão, o desafio é ainda maior considerando-se que as 92 páginas que em breve estarão em suas mãos foram trabalhadas exaustivamente por apenas 10 alunos e um professor. E digo 10 porque embora a turma tenha apenas 9 alunos, contamos com a colaboração da Viviane Herrmann na direção de arte da revista ao lado do Fred Carlos.

Lembro de quando fiz o Unicom e de todo o trabalho que tivemos na produção dos jornais. Além de repórter, tanto no Unicom quanto na Exceção, desempenho também a função de diagramador. E amigos, acreditem, diagramar duas edições do Unicom - edições estas que venceram o 24º Set Universitário - foi muito mais simples do que cuidar de uma única edição da revista. É claro que o número de páginas influencia. Mas a impressão que tenho é de que é bem mais do que isso. A dificuldade não está apenas na quantidade de trabalho. Ela está, principalmente, na pressão.

Produzir essa revista é uma arte que exige paciência, dinamismo, versatilidade. É não cansar de revisar e reescrever um texto; é produzir novas fotografias mesmo quando acredita-se que não há mais necessidade; é contar com parceiros que tornam nosso trabalho mais fácil, mais simples, mais prazeroso. É reportagem que te faz chorar, matérias que te metem medo, histórias que arrancam gargalhadas. Uma mistura de sentimentos distribuídas em 92 páginas. É visualizar cenários descritos, imaginar-se em meio a guerras, sentir o que o personagem de cada história sentiu. É gozar em frente às páginas, no sentido mais puro e singelo que a palavra possa exprimir. É discutir, discordar, debater, propor alternativas, encontrar soluções. No fim das contas, produzir uma revista não passa de uma grande suruba.

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