26 de setembro de 2010

O amor pela profissão

Complementando a postagem da Emilin... Comigo foi diferente. Por ser muito comunicativa, eu sempre soube o que queria. Era a Comunicação. No início, gostava muito do trabalho de Relações Públicas, pois gosto muito de estar metida nas organizações de eventos. Ingressei no curso de Jornalismo porque não tinha RP. Mas a cada momento, a cada descoberta, a cada disciplina, eu me apaixonava mais e mais pelo curso. Pronto. Era isso que eu queria. Desde sempre! Me descobri no Jornalismo e acredito que quem faz sua profissão com amor nunca se desiludirá.

Na minha entrevista para a Exceção não foi diferente. Descobri, mais uma vez, coisas que não fazem parte do meu dia-a-dia. Histórias de amor por um esporte. Nossa, me impressionei muito com os meus entrevistados.


Ao entrar em contato com eles,soube que o tempo deles era curto. Mesmo assim, como era para falar sobre o que eles mais amam, me atenderam com a maior satisfação. E falaram, falaram ,falaram... Por eles, falariam por vários dias sobre o assunto. O resultado? As informações eram tantas que eu nem sabia por onde começar a escrever.

Resolvi escrever tudo que eu achava de mais legal e depois cortar o desnecessário. Mas isso foi realmente impossível. Para mim, depois do texto pronto, tudo estava legal. Tudo que eu cortasse dali tiraria o sentido. Me apaixonei pelo assunto e, por incrível que pareça, pelo esporte!


A nossa profissão tem disso. A cada descoberta, uma realidade nova nas nossas vidas. Sobre a reportagem vocês saberão mais na edição de Exceção. Fiquem atentos!

24 de setembro de 2010

Unisc é sete no SET

 Blogs, Twitters, Orkuts e afins pipocam uma excelente notícia para todos os acadêmicos e professores da Comunicação da Unisc: a Unisc levou sete prêmios no SET Universitário da PUCRS (veja lista ao lado). Além de levar o nome da Universidade para fora, estamos levando nossos próprios nomes. Não só aqueles que levaram o troféu, mas o Curso como um todo sai ganhando.

Eu, particularmente, estou radiante. Assim que li meu nome na lista de vencedores, e depois o do Unicom - Hábitos duplamente premiado com projeto gráfico e como publicação impressa, sai dando pulinhos (literalmente) pela Unisc junto com a Marília. Corri atrás do professor Demétrio para lhe contar - ele estava em meio ao ensaio fotográfico do Unicom 2010/2 -, depois liguei pro Pedro. Eu precisava compartilhar as boas novas.

Enfim. Compartilhei a alegria aqui também. Quero parabenizar toda a equipe do Unicom que ganhou estes prêmios - João Cléber, Marília, Pedro, Luana Backes, Rosibel, Patrícia, Henrique e professor Demétrio - que, não por coincidência, todos nós estamos produzindo a revista Exceção neste semestre. Com outros tanto que só vêm a somar no trabalho.

Para finalizar, quero deixar uma provocação. A Exceção nunca ganhou um prêmio no SET. Não que prêmios digam que algo é melhor ou pior. Mas que dá um plus, isso dá.
E aí, vamos premiar a Exceção no ano que vem?

21 de setembro de 2010

O barato de ser jornalista

Trabalhar no que gosta, segundo os psicólogos, faz muito bem às pessoas. Quando escolhi minha profissão, não sabia realmente o que fazia um jornalista. Ingressei na faculdade e a cada disciplina prática eu me apaixonava mais pelo ofício. A pauta que escolhi para a Exceção fez com que eu tivesse certeza de que amo o que faço. Ser jornalista é ter a possibilidade de conhecer diversos mundos. É uma profissão sem rotina que abre portas para muitos aprendizados.

O assunto da minha reportagem possibilitou que eu entrasse em um mundo totalmente desconhecido para mim. A pauta que escolhi é sobre o presídio de Cachoeira do Sul. Conheci pessoas. Aprendi muitas coisas. Percebi que muitos preconceitos dos meus preconceitos não passavam de meros pré-julgamentos sem base nenhuma.

Presídio de Cachoeira do Sul

Aí me pergunto: Em qual outra profissão seria possível tudo isso? O barato de ser jornalista é poder aprender a cada entrevista. É aprender a dar valor a pessoas que ninguém valoriza. É perceber que o conhecimento é ilimitado. Somos eternos aprendizes.



Aula de alfabetização no presídio



Entrevistando o apenado Alexandre Centa

20 de setembro de 2010

A cada entrevista uma experiência diferente

Hoje finalizei minhas entrevistas para a matéria da Exceção, e confesso que foi diferente.

Não tenho carteira de motorista, então depende de algum motorista caridoso. Hoje, no caso, meu pai. O senhor que precisava entrevistar mora longe, em um lugar que eu mal sabia que existia em Rio Pardo. Mas enfim, eu fui, meu pai me levou e ganhei minha tarde.

A entrevista era com seu Edo, um senhor de 83 anos, que conhece a minha família desde sempre e tinha muitas histórias para contar. Não vou dar muitos detalhes da minha pauta, pretendo postar alguma foto e áudio em breve, só que estou sem editor no momento. Então, agora as palavras farão o meu testemunho.

Disse no inicio que tinha sido diferente, e foi. Por quê? Meu motorista, ou seja, o seu Beto, meu pai foi junto, ele que tinha feito o primeiro contato com a fonte e na entrevista ficou comigo. Conhecendo minha família e tendo assuntos em comum meu pai acabou conversando junto e isso tornou a entrevista uma conversa de amigos, em que eu – a jornalista curiosa – se metia e perguntava. Foi quase uma hora e meia de conversa e assuntos inúmeros para contar na matéria. Histórias de um tempo que todos os mantimentos da cidade chegavam por via fluvial e que as festas de Nossa Senhora dos Navegantes eram movimentadas.

Onde, também, se casava cedo e se tinha muitos filhos, com pouco tempo de diferença. E essa história quem protagoniza é a dona Ledi, que por um acaso é minha avó paterna. Esposa de marinheiro, mãe de dez filhos. Dela, já havia escutado algumas histórias, hoje perguntei mais que o normal, entrevistei e descobri muita coisa que ela não tinha me contado ainda.

Em ambas as entrevistas, confesso, me engasguei, emocionei. Precisei parar, respirar, engolir no seco para poder fazer mais perguntas. Acho que essa sensação foi pela proximidade, é minha história que nasce por aí, era meu avo o marinheiro chefe de alguns barcos das histórias, eram meus tios as crianças citadas. Vou parar por aqui, antes que eu conte mais do que devo. Esperem o resto nas páginas da Exceção.

15 de setembro de 2010

Radioweb Exceção Ed. I

O repórter Tiago Garcia entrevista Emilin Grings, Fátima Hadi e João Cléber Caramez sobre a produção das matérias para a revista.

14 de setembro de 2010

Um novo projeto gráfico toma forma


Na aula de ontem, 13, nossos colegas Henrique Scherer e Vanessa Kannenberg apresentaram novidades para o projeto gráfico da revista Exceção. Mudanças muito pertinentes estão por vir, inclusive, no que diz respeito ao tipo de papel, formato da revista, cores e fotografias. Enfim, a Exceção tem tudo para ficar ainda melhor.

Numa discussão coletiva, avaliamos os tipos de textos que devem compor a revista e, também, os demais aspectos gráficos. Ainda aproveitamos a aula para conversar sobre o andamento de nossas pautas e gravar um teleweb. O Luis Habekost, da Unisc TV, foi o nosso cinegrafista e a Vanessa Kannenberg auxiliou nas entrevistas. Durante a semana postaremos o vídeo.

13 de setembro de 2010

Aprendendo com Eliane Brum

Eliane Brum é sempre Eliane Brum, não adianta. No pedido de resenha do professor me deparei com o mesmo livro que já havia lido em outra disciplina. “A vida que ninguém vê”, tivemos a opção de procurar outro livro. Mas, eu me coloquei um desafio, ler novamente um livro, coisa que raramente faço. E hoje, com a resenha finalizada e tendo lido novamente as histórias de ilustres desconhecidos, não me arrependo.

Dessa vez li com outro olhar, afinal da outra estava no segundo semestre, consegui ver coisas diferentes. Aprender mais e tentar compreender maneiras de contar histórias e fazer com que o leitor se sinta dentro do acontecimento. Afinal, eu tive este sentimento ao longo da leitura.

Certamente há muito mais humanos anônimos espalhados pelo mundo, é atrás deles que devemos ir. Ficou provado por meio das histórias da Eliane Brum que eles podem nos contar muito mais do que vemos. Muito além do tradicional, do usual.

Uma abertura para Exceção


A Exceção agora conta com uma introdução devida para o seu conteúdo multimídia.

A inspiração partiu do seriado norte-americano Rubicon, que trata de conspirações governamentais e cuja abertura retrata as pequenas coisas que podem passar despercebidas no cotidiano, mas que, à segunda vista, revelam alguma coisa nova. Esse é o ponto em que o tema se conecta com a Exceção.

Guardadas as devidas proporções (ninguém quer ver uma abertura de um minuto e meio num teleweb, por exemplo), houve a tentativa de repassar essa ideia na abertura do conteúdo multimídia da Exceção. Aliados a uma trilha que chama a atenção, lá estão o enigmático "olho-que-tudo-vê" e um texto marcado pela passagem do olhar característico da nossa revista. No final, uma surpresinha: todos os caminhos levam ao campus da Unisc, onde tudo vira realidade. Mais precisamente, nos blocos 14 e 15, reduto da Comunicação Social.

Telas da abertura de Rubicon

Foram apenas algumas horas, da ideia à finalização do arquivo. Tudo feito com a tríade Adobe Photoshop, Adobe After Effects e Adobe Premiere.


Abertura Exceção 2010 from Revista Exceção on Vimeo.

12 de setembro de 2010

Respeito à cultura

Estava pensando a respeito da sociedade atual e me surgiram algumas dúvidas. O que identifica um povo? Como a sociedade preserva sua história e mantém vivas as suas memórias mais importantes? Confesso que curiosidade eu sempre tive, mas nunca havia pensado tanto a respeito!

Comentando com amigos e parentes, chegamos a uma conclusão lógica. A cultura é parte essencial do povo. Acredito que a cultura seja o elemento mais importante para manutenção da memória e da tradição de qualquer povo. Cultura, no seu sentido mais amplo, envolve tradição, história, religião, vestimentas, hábitos, costumes, comemorações, alimentação e formas de praticar atos.

Todo povo, por mais recente ou mais antigo que seja, possui sim cultura. Cabe aos outros respeitar a cultura de cada povo. Lembrando, ainda, que extremismos geralmente não são bem aceitos. Temos como exemplo recente e marcante o incidente de 11 de setembro, nos Estados Unidos, com as torres gêmeas. Na última semana um pastor americano divulgou que pretendia queimar o Alcorão, livro sagrado dos islâmicos, para demonstrar sua inconformidade com o incidente terrorista.


Felizmente o bom senso falou mais alto, pela voz de muitas pessoas inclusive do presidente Obama. O pastor não queimou o Alcorão. É claro que os terroristas não estavam certos em provocar o incidente, mas não podemos culpar outras pessoas que não estavam envolvidas no caso e nem mesmo generalizar a responsabilidade. Sem provas não há como condenar alguém. Pelo contrário, devemos respeitar todas as culturas, religiões, histórias, costumes e hábitos como se fossem nossos.

Quando o prêmio não é dinheiro

Dezenove. Vinte e quatro. Setenta e três. Quarenta e cinco. Dezenas e mais dezenas que não saem da minha cabeça. Hoje, neste domingo de chuva, passei grande parte da tarde em lugar em Santa Cruz do Sul chamado Ponto da Amizade. Confesso que adiei minha ida até lá com receio do que podia encontrar e de como fazer entender meu propósito. Mas, enfim, tomei coragem e parti para o local.

Trata-se de uma casa em que as pessoas (quase todas mulheres) jogam Loto. Aquele jogo em que cada uma compra a quantia de cartelas que desejar e vai marcando os números sorteados. Quase um bingo. Mas com algumas modificações. O prêmio ao final de uma linha preenchida é um detergente, um quilo de arroz, uma barra de chocolate, um refrigerante de dois litros e até meia dúzia de latas de Skol.

A maior dificuldade foi explicar que eu não estava lá para fazer investigação de bingos clandestinos. Argumentei o propósito da Exceção e consegui convencer os donos de passar um tempo por lá fazendo perguntas e observando.

O local é rico em histórias, regras e coisas inusitadas. Não posso contar o foco da minha pauta para não estragar a surpresa. Confira o vídeo abaixo que mostra um pouco do que se passa no Ponto da Amizade.


Descobertas


É um tanto clichê começar assim, mas é necessário dizer que algumas mudanças na vida exigem drásticas adaptações. Estamos habituados a muitas coisas e, quando somos forçados a ver a vida por meio de uma nova perspectiva, o mundo passa a funcionar de forma diferente. É algo que salta aos olhos na minha experiência para a Revista Exceção. É emocionante presenciar alguém descobrir algo novo, e prazeroso, que para outros é um acontecimento banal. Sem dúvida, outras vidas ao redor se influenciam com a situação, pois acabam percebendo o quanto coisas simples podem ser tão maravilhosas.

No fim, a descoberta de um acaba sendo a redescoberta de outros.

11 de setembro de 2010

Grandes descobertas nos primeiros contatos


Sempre fico insegura em relação às minhas pautas. Parece que não vão render o suficiente para escrever um bom texto. Isso se intensifica quando vou fazer os primeiros contatos com as fontes.

Com a matéria da Exceção, não foi diferente. Fiquei mais insegura do que o normal. Isso se justifica pelo pauta que escolhi. Não vou contar o que é. Mas adianto que é um assunto que não tenho muito domínio. Além disso, preciso que ir a lugares que nunca vou. Com um agravante, toda a matéria vai ser feita em Cachoeira do Sul. Para isso, preciso de dispensa no trabalho, o que nem sempre é fácil de conseguir.

Fiz as primeiras entevistas na quinta-feira. Fui muito bem recebida por minhas fontes. Elas se dispuseram a me ajudar em tudo que eu precisar. Além disso, descobri fatos que vão enriquecer ainda mais a minha matéria. O único problema é que vou ter que vir mais umas três vezes a Cachoeira em dias de semana.

Mas para isso eu dou um jeito. O importante é que agora estou mais confiante em conseguir fazer uma grande matéria do nível que a Exceção merece.

10 de setembro de 2010

Um brinde à Exceção

Galera da Unisc que esteve no Intercom na UCS
Pela segunda vez em um Intercom e pela primeira em uma edição nacional. Que maravilha! Fui sem esperar muito, as oficinas tinham sido na sexta-feira, dia 3, e não estava concorrendo a nenhum prêmio - já que o Blog do Unicom não passou na seletiva do Expocom Sul. Que bom que me enganei.

Acompanhada dos amigos e colegas Pedro Piccoli Garcia, Joel Haas e Bruna Travi, vivi um dos melhores momentos desses oito semestres de Jornalismo na Unisc. Ah, sem esquecer do Nairo Orlandi, com o qual nos encontrávamos por diversas vezes em meio a dezenas de futuros comunicadores de todos os cantos do Brasil.

Por que estou contando isso no blog da Exceção? Porque nós não nos esquecemos da melhor revista da Comunicação da Unisc - esqueçam que ela é a única - enquanto estivemos em Caxias do Sul. Ainda no sábado, dia 4 - ficamos lá até domingo - encontramos um dos locais mais legais da UCS: a banca de graspa. Com um convite de um senhor simpático, provamos um gole da bebida "produzida artesanalmente, destilada do bagaço da uva, após a fermentação", produzida em Bento Gonçalves.

Depois do primeiro martelinho resolvemos gravar o vídeo. Joel empunhou meu celular (cujos vídeos têm péssima qualidade) e eu, Pedro, Nairo e Bruna brindamos à revista Exceção. e ao Intercom. Qualquer coisa que digam, que ficamos bêbados após ou algo parecido, é mentira. Assista e não tire conclusões. Apenas assista.

Quase me esqueci. Voltamos mais umas três vezes pra banca de graspa. Alguns compraram geleias (nem todas voltaram) e guloseimas, e compramos duas garrafas de graspa, 250ml cada. Estas ainda vivem, esperam o momento de juntar a turma e relembrar o Intercom. o/

As histórias que a História não conta

Há quem diga que jornalismo não produz conhecimento. Que isso é privilégio das esferas tradicionais da ciência, como a Sociologia, a Filosofia e a História, e o que nos resta é repercutí-las. Mentira. Jornalistas produzem conhecimento sobre tudo, todos os dias. Mas não é um conhecimento igual ao dos livros. É um conhecimento que se apega a um aspecto em particular dos objetos sobre o qual diz respeito: a singularidade. Isso não sou eu quem digo, é Adelmo Genro Filho, Meditsch, entre outros.


A questão é: mesmo que o jornalista volte sua atenção para o mesmo ponto que o cientista, o que sobrará de conhecimento depois é bem diferente.

Um exemplo. Se um historiador resolvesse traçar a história de Santa Cruz do Sul, com o que ele se preocuparia? A vinda dos imigrantes, a povoação, a emancipação, o crescimento econômico, as transformações urbanas, a construção da Catedral...Enfim, generalidades. E estaria produzindo conhecimento, sem dúvida, e aliás, um conhecimento preciosíssimo.

Um jornalista também pode produzir conhecimento sobre a história da cidade. Mas pode ser diferente - e possivelmente será, ao menos se for um bom jornalista. Ao invés de contar a história da construção da Catedral, vai contar sobre o Seu Fulano, que botou a primeira pedra no local onde se ergueria a construção. Ou sobre o velhinho que sentava todas as tardes na praça para assistir as obras. Enfim, particularidades. E isso é conhecimento.

Falei, falei, só para tentar expressar o quão apaixonado estou pela minha pauta - sobre a qual nem quero falar muito por medo (bobo, eu sei) dos urubus de bloquinho e caneta. Trata-se de uma história que descobri por acaso, e que desvenda uma faceta da trajetória da cidade, que os livros não contam. E que, de alguma forma, ainda vive. Na lembrança dos poucos que restaram daquele tempo (e faz tempo!), ou em alguns vestígios de passado escondidos entre as modernidades. Por exemplo, um letreiro. Ou uma casa antiga transformada em comitê de campanha política.

Já conversei com várias pessoas interessantes, que nem ideia faziam do tesouro que tinham em mãos. Aos poucos, darei mais pistas dessa história. Que, aliás, é tão boa que merecia um H maiúsculo.

OBS. A primeira pista está na imagem.

9 de setembro de 2010

Para conquistar a liberdade

Há pouco entrevistei o Padre Osvaldo Carballosa Gonzáles, para a reportagem que está em produção para a Exceção. A tarde está bem agradável em Esmeralda e nossa conversa aconteceu na Casa Canônica, ao lado da Igreja. Tive a oportunidade de ouvir relatos interessantes sobre sua vida em Cuba e depois, a experiência de viver em outros países até chegar ao Brasil.

Pelo que pude perceber, viver em um país regido por uma ditadura, onde a vontade do Estado é imposta, não é nada fácil. O elemento que vai de encontro ao regime e serve como resposta à opressão é a fé. Foi na devoção ao sagrado que Osvaldo se agarrou como forma de superar a perda da liberdade para almejá-la. Na República Dominicana, a fase de formação para a vida religiosa. No Brasil, a liberdade que nunca fez parte de sua vida agora é realidade. 

As diferenças entre Cuba e Brasil são grandes e por isso, Osvaldo precisou fazer uma readaptação para se integrar ao novo modo de vida. Tentei gravar imagens com ele, relatando sobre passagens curiosas, mas o padre não quis. Mais tarde, vou à missa e farei outra tentativa para registrá-lo em seu ofício perante os fiéis da comunidade.

2 de setembro de 2010

Tem revista em Vacaria

Dias atrás, já havia falado a alguns amigos do curso que Vacaria agora tem revista. Temos citado várias publicações, exemplificando o que é feito aqui no Brasil e também no exterior. Agora resolvi trazer um pouco sobre algo próximo e que tem características bem inovadoras para sua região de abrangência: os Campos de Cima da Serra. Jornais e rádios já existem há um bom tempo. Revista, pelo menos para mim, é novidade.

Confesso que quando ouvi falar da Altos da Serra, não fiquei muito entusiasmado. Logo pensei: "Vem aí mais uma publicação aos moldes do que já foi feito e não deu certo". Mas veio a surpresa quando tive a oportunidade de tê-la nas mãos. Pela capa, minha reação foi de espanto. A primeira edição tinha um papel brilhoso, de alta qualidade e uma bela foto de capa. Com a legenda "A lenda das gineteadas", minha curiosidade aumentou e então comecei a folhear. Fiquei mais impressionado ainda com o bom conteúdo.

Uma das matérias traçava o perfil de Volmir de Paula, um dos maiores ginetes da cidade, outra com um vacariano que toca na banda Pata de Elefante e ainda uma entrevista com uma carioca, que já morou na Europa e adotou o interior de Vacaria para viver. Pautas realmente interessantes e nunca antes pensadas pela imprensa local.

O investimento em reportagens é o grande trunfo para que ela faça sucesso. Além disso, profissionais de diversas áreas são convidados e contribuem como articulistas. O projeto gráfico também mereceu atenção especial e privilegia o trabalho fotográfico de um dos proprietários, o fotógrafo Vinícus Todeschini. Quem também desenvolveu o projeto foi Diogo Tesch. A segunda edição já saiu e também segue o bom padrão de qualidade. Dessa forma, descobri que a periodicidade é trimestral. Como o custo de produção é elevado, são muitas páginas dedicadas à publicidade. O jornalista Rodrigo Bedin de Oliveira é responsável pela produção editorial. Os dois tem atividades paralelas, mas tem a revista como um filho e desejam cuidá-lo da melhor forma possível. Com os prazos estendidos para a produção, eles tem condições de primar pela qualidade, o que diferencia o produto e que também conquista leitores, como eu.

Propaganda eleitoral da Exceção

A Emilin já falou que a janta de integração da turma - ou parte dela - foi muito divertida. E realmente foi. Nós (e o Lucão) conversamos sobre diversos assuntos, alguns acadêmicos e outros nem tanto, como sobre a gravata borboleta dos garçons e sobre política. Este último foi tão empolgante que resultou no vídeo abaixo.

Ainda tentamos fazer algumas rimas com o tema "Exceção".  Até começamos a fazer a música, mas deixamos para executar depois dos 2.876 pedaços de pizzas e... aí não deu mais. Já foi difícil levantar e ir até o carro. A intenção foi boa.


1 de setembro de 2010

Irmãs que registraram histórias




Por definição, fotografia é, essencialmente, a técnica de criação de imagens através de exposição luminosa. Fotografia vem do grego e significa "desenhar com luz e contraste”. Hoje, sem dúvida, o ato de fotografar é um hobby, com as facilidades e com a “mãozinha” que as novas tecnologias proporcionam através das máquinas digitais. Com esses equipamentos modernos e softwares, em casa, qualquer pessoa pode tirar suas próprias fotos e montar o álbum de família.

Numa deliciosa viagem no tempo, são reascendidas lembranças de figuras ainda vivas, que há mais de 60 anos, foram fotógrafas ambulantes e registraram momentos importantes na vida de muitos moradores de Restinga Seca e arredores. Durante 20 anos, as irmãs Alzira Anilda Fiis, 83, e Elma Silena Fiis, 79, residentes em São Miguel foram as fotógrafas da região, registrando casamentos, aniversário, momentos festivos de alegria e até mesmo de tristezas.

Muita coisa bacana esta história apresenta. Adoro tudo isso.