20 de setembro de 2010

A cada entrevista uma experiência diferente

Hoje finalizei minhas entrevistas para a matéria da Exceção, e confesso que foi diferente.

Não tenho carteira de motorista, então depende de algum motorista caridoso. Hoje, no caso, meu pai. O senhor que precisava entrevistar mora longe, em um lugar que eu mal sabia que existia em Rio Pardo. Mas enfim, eu fui, meu pai me levou e ganhei minha tarde.

A entrevista era com seu Edo, um senhor de 83 anos, que conhece a minha família desde sempre e tinha muitas histórias para contar. Não vou dar muitos detalhes da minha pauta, pretendo postar alguma foto e áudio em breve, só que estou sem editor no momento. Então, agora as palavras farão o meu testemunho.

Disse no inicio que tinha sido diferente, e foi. Por quê? Meu motorista, ou seja, o seu Beto, meu pai foi junto, ele que tinha feito o primeiro contato com a fonte e na entrevista ficou comigo. Conhecendo minha família e tendo assuntos em comum meu pai acabou conversando junto e isso tornou a entrevista uma conversa de amigos, em que eu – a jornalista curiosa – se metia e perguntava. Foi quase uma hora e meia de conversa e assuntos inúmeros para contar na matéria. Histórias de um tempo que todos os mantimentos da cidade chegavam por via fluvial e que as festas de Nossa Senhora dos Navegantes eram movimentadas.

Onde, também, se casava cedo e se tinha muitos filhos, com pouco tempo de diferença. E essa história quem protagoniza é a dona Ledi, que por um acaso é minha avó paterna. Esposa de marinheiro, mãe de dez filhos. Dela, já havia escutado algumas histórias, hoje perguntei mais que o normal, entrevistei e descobri muita coisa que ela não tinha me contado ainda.

Em ambas as entrevistas, confesso, me engasguei, emocionei. Precisei parar, respirar, engolir no seco para poder fazer mais perguntas. Acho que essa sensação foi pela proximidade, é minha história que nasce por aí, era meu avo o marinheiro chefe de alguns barcos das histórias, eram meus tios as crianças citadas. Vou parar por aqui, antes que eu conte mais do que devo. Esperem o resto nas páginas da Exceção.

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