Dez anos depois, o que mudou? A resposta mais
simples é “quase tudo”. Pouco a pouco, sem que percebêssemos, a internet foi
tomando conta de nossas vidas. E muita coisa dentro dela mudou incluindo a
maneira de se fazer jornalismo impresso, de revista e até mesmo nas rádios, mas
de que maneira se deu este processo, historicamente?
Segundo o artigo Alex
da Silveira publicado no site da Bibliotecno se buscarmos relembrar como os jornais começaram a
migrar do papel para a web pode-se perceber que muita coisa evoluiu. Primeiro
os jornais criavam suas páginas como forma de fazer propaganda dos jornais
impressos e o que tínhamos na verdade eram algumas matérias e tudo visando
fazer com que o leitor assinasse a edição impressa. Numa segunda fase os
jornais passaram a trazer o conteúdo completo das edições impressas e
posteriormente, numa terceira fase, conteúdo extra e atualizado.
O fato é que o jornal online acabou se tornando um
novo produto, com uma nova forma de leitura de conteúdo, inserção de elementos
multimídias, ainda que de forma tímida, e textos diferenciados distanciando-se
do jornal impresso. A mesma história –
ou de forma parecida – ocorreu com as revistas.
O webjornal ter se tornadou um novo produto,
voltamos a não ter o jornal impresso disponível na web, contudo, para
solucionar este problema o impresso passa a ter sua versão online – ou sua
“nova versão online”, muitas vezes chamadas de digital – com mesmo conteúdo e
formatação da publicada em papel, sendo disponibilizada na página de alguns
webjornais. A navegação passa a ser uma experiência digital da versão em papel,
com o folhear das páginas, e faz até que jornais/revistas apenas publicados de
forma impressa migrem para o meio digital através da digitalização – como
exemplo a revista veja http://veja.abril.com.br/acervodigital/ -, mas com a
mesma experiência de leitura dos nascidos digitais, que é a mesma do impresso.
Esta história acima pode parecer confusa, mas
resumidamente o que temos são 2 produtos diferentes, sendo o jornal impresso,
que também pode ser lido pela web, e o webjornal. Chamaremos aqui o jornal
impresso para a web de jornal digital e revista digital.
Ocorre que o jornal digital até então servia apenas
para determinados jornais terem assinantes que não pretendem se prender ao
impresso e ao mesmo tempo buscam a leitura do mesmo conteúdo – e em muitos
casos com a mesma experiência do
impresso – , o que não ocorre com o webjornal. Com uma maior popularização dos
E-readers, os jornais criam um novo produto, porém, muito parecido com o jornal digital em termos de experiência de
leitura, mas em muitos casos com diagramação diferente e sem cores.
Eis que surgem os tablets – ou melhor, aprimoram um
aparelho já existente – e principalmente o Ipad. O aparelho da Apple vem
sofrendo várias críticas, porém, é inegável que este possa ter algum sucesso
com a função de E-reader. O interessante é que para revistas o produto que, a
princípio, pode ser mais bem aproveitado é a revista digital, devido ao tamanho
de tela do Ipad – um pouco menor que o tamanho da maioria das revistas – e ao
uso de cores.
Estas revistas/jornais digitais,
diferente dos webjornais, não evoluíram, não havendo multimídia como ocorre com
os webjornais, sendo a busca por palavras o único diferencial entre o impresso
e o digital. Ideias para novidades não faltam e nos faz acreditar que muito
ainda pode mudar no produto digital, sem que este se torne o webjornal, como já
ocorreu no passado.
O jornal online acabou se tornando um novo produto,
com uma nova forma de leitura de conteúdo, inserção de elementos multimídias,
ainda que de forma tímida, e textos diferenciados distanciando-se do jornal
impresso. A mesma história – ou de forma
parecida – ocorreu com as revistas que passaram a oferecer mais opções em
termos de conteúdos como galeria de fotos e vídeos.
Devido ao fato de o webjornal ter se tornado um
novo produto, voltamos a não ter o jornal impresso disponível na web, contudo,
para solucionar este problema o impresso passa a ter sua versão online – ou sua
“nova versão online”, muitas vezes chamadas de digital – com mesmo conteúdo e
formatação da publicada em papel, sendo disponibilizada na página de alguns
webjornais. A navegação passa a ser uma experiência digital da versão em papel,
com o folhear das páginas, e faz até que jornais/revistas apenas publicados de
forma impressa migrem para o meio digital através da digitalização – como
exemplo a revista veja http://veja.abril.com.br/acervodigital/ -, mas com a
mesma experiência de leitura dos nascidos digitais, que é a mesma do impresso.
O surgimento do Ipad ainda vem sofrendo várias
críticas, porém, é inegável que este possa ter algum sucesso com a função de
E-reader. O interessante é que para revistas o produto que, a princípio, pode
ser mais bem aproveitado é a revista digital, devido ao tamanho de tela do
aparelho de Apple – um pouco menor que o tamanho da maioria das revistas – e ao
uso de cores. Ocorre que estas revistas/jornais digitais, diferente dos
webjornais, não evoluíram, não havendo multimídia como ocorre com os
webjornais, sendo a busca por palavras o único diferencial entre o impresso e o
digital. Ideias para novidades não faltam e nos faz acreditar que muito ainda
pode mudar no produto digital, sem que este se torne o webjornal, como já
ocorreu no passado. O que mais poderá vir à frente? Só o tempo e a criatividade
humana poderá instituir.