29 de outubro de 2014

Jornalismo digital: O que mudou de seu surgimento até a autalidade?

Em 1992, a internet ultrapassava a marca de 1 milhão de computadores conectados. Segundo o site da revista Super Interessante.  No ano de 1992, eram testados os primeiros protótipos de navegadores para a web. Na época, a rede já tinha 23 anos de história e estava conectada ao Brasil, mas ainda era praticamente desconhecida do grande público e qualquer menção a ela deveria ser seguida da explicação “a rede mundial de computadores”. Meses depois, tudo era diferente: os navegadores tornavam-se populares, empresas “ponto com” já eram notícia, diversos tipos de vírus circulavam pela rede, as Nações Unidas inauguravam sua página e endereços de e-mail passaram a fazer parte de cartões de visita.

Dez anos depois, o que mudou? A resposta mais simples é “quase tudo”. Pouco a pouco, sem que percebêssemos, a internet foi tomando conta de nossas vidas. E muita coisa dentro dela mudou incluindo a maneira de se fazer jornalismo impresso, de revista e até mesmo nas rádios, mas de que maneira se deu este processo, historicamente?
Segundo o artigo Alex da Silveira publicado no site da Bibliotecno se buscarmos relembrar como os jornais começaram a migrar do papel para a web pode-se perceber que muita coisa evoluiu. Primeiro os jornais criavam suas páginas como forma de fazer propaganda dos jornais impressos e o que tínhamos na verdade eram algumas matérias e tudo visando fazer com que o leitor assinasse a edição impressa. Numa segunda fase os jornais passaram a trazer o conteúdo completo das edições impressas e posteriormente, numa terceira fase, conteúdo extra e atualizado.
O fato é que o jornal online acabou se tornando um novo produto, com uma nova forma de leitura de conteúdo, inserção de elementos multimídias, ainda que de forma tímida, e textos diferenciados distanciando-se do jornal impresso.  A mesma história – ou de forma parecida – ocorreu com as revistas.
O webjornal ter se tornadou um novo produto, voltamos a não ter o jornal impresso disponível na web, contudo, para solucionar este problema o impresso passa a ter sua versão online – ou sua “nova versão online”, muitas vezes chamadas de digital – com mesmo conteúdo e formatação da publicada em papel, sendo disponibilizada na página de alguns webjornais. A navegação passa a ser uma experiência digital da versão em papel, com o folhear das páginas, e faz até que jornais/revistas apenas publicados de forma impressa migrem para o meio digital através da digitalização – como exemplo a revista veja http://veja.abril.com.br/acervodigital/ -, mas com a mesma experiência de leitura dos nascidos digitais, que é a mesma do impresso.
Esta história acima pode parecer confusa, mas resumidamente o que temos são 2 produtos diferentes, sendo o jornal impresso, que também pode ser lido pela web, e o webjornal. Chamaremos aqui o jornal impresso para a web de jornal digital e revista digital.
Ocorre que o jornal digital até então servia apenas para determinados jornais terem assinantes que não pretendem se prender ao impresso e ao mesmo tempo buscam a leitura do mesmo conteúdo – e em muitos casos com a mesma experiência  do impresso – , o que não ocorre com o webjornal. Com uma maior popularização dos E-readers, os jornais criam um novo produto, porém, muito parecido com  o jornal digital em termos de experiência de leitura, mas em muitos casos com diagramação diferente e sem cores.
Eis que surgem os tablets – ou melhor, aprimoram um aparelho já existente – e principalmente o Ipad. O aparelho da Apple vem sofrendo várias críticas, porém, é inegável que este possa ter algum sucesso com a função de E-reader. O interessante é que para revistas o produto que, a princípio, pode ser mais bem aproveitado é a revista digital, devido ao tamanho de tela do Ipad – um pouco menor que o tamanho da maioria das revistas – e ao uso de cores.
Estas revistas/jornais digitais, diferente dos webjornais, não evoluíram, não havendo multimídia como ocorre com os webjornais, sendo a busca por palavras o único diferencial entre o impresso e o digital. Ideias para novidades não faltam e nos faz acreditar que muito ainda pode mudar no produto digital, sem que este se torne o webjornal, como já ocorreu no passado.
O jornal online acabou se tornando um novo produto, com uma nova forma de leitura de conteúdo, inserção de elementos multimídias, ainda que de forma tímida, e textos diferenciados distanciando-se do jornal impresso.  A mesma história – ou de forma parecida – ocorreu com as revistas que passaram a oferecer mais opções em termos de conteúdos como galeria de fotos e vídeos.
Devido ao fato de o webjornal ter se tornado um novo produto, voltamos a não ter o jornal impresso disponível na web, contudo, para solucionar este problema o impresso passa a ter sua versão online – ou sua “nova versão online”, muitas vezes chamadas de digital – com mesmo conteúdo e formatação da publicada em papel, sendo disponibilizada na página de alguns webjornais. A navegação passa a ser uma experiência digital da versão em papel, com o folhear das páginas, e faz até que jornais/revistas apenas publicados de forma impressa migrem para o meio digital através da digitalização – como exemplo a revista veja http://veja.abril.com.br/acervodigital/ -, mas com a mesma experiência de leitura dos nascidos digitais, que é a mesma do impresso.
O surgimento do Ipad ainda vem sofrendo várias críticas, porém, é inegável que este possa ter algum sucesso com a função de E-reader. O interessante é que para revistas o produto que, a princípio, pode ser mais bem aproveitado é a revista digital, devido ao tamanho de tela do aparelho de Apple – um pouco menor que o tamanho da maioria das revistas – e ao uso de cores. Ocorre que estas revistas/jornais digitais, diferente dos webjornais, não evoluíram, não havendo multimídia como ocorre com os webjornais, sendo a busca por palavras o único diferencial entre o impresso e o digital. Ideias para novidades não faltam e nos faz acreditar que muito ainda pode mudar no produto digital, sem que este se torne o webjornal, como já ocorreu no passado. O que mais poderá vir à frente? Só o tempo e a criatividade humana poderá instituir.

28 de outubro de 2014

Minha revista preferida!

Já comentei aqui no blog sobre a minha paixão por revistas. Ainda mais agora que estou cursando a disciplina de Jornalismo de Revista, posso dialogar sobre isso aqui no blog. A minha preferida é a Rolling Stone. Acredito que é pelo fato de eu ser apaixonada por música desde a infância. O conteúdo da revista é variado e aprecio muito. Há ótimas entrevistas com personalidades do cinema, da música, da política, do mundo da moda, entre outros.

Costumo visitar, todos os dias, o endereço eletrônico da Rolling Stone dos Estados Unidos e do Brasil. Gosto muito da página pelo fato de sempre trazer informações atualizadas e novidades das diferentes áreas. A revista foi fundada nos Estados Unidos nos anos 60 em San Francisco na Califórnia. Quando foi criada era dedicada à contracultura hippie. Na década de 80, a Rolling Stone mudou-se para New York. No Brasil, foi publicada em 2006 pela editora Spring. Abaixo compartilho alguma das capas de edições norte-americanas e brasileiras.



21 de outubro de 2014

A morte por si só

Não é um tema extremamente inovador e tampouco inusitado. A morte, que carrega o título de certeza absoluta de nossas vidas, é um assunto que, em alguns, causa furor, enquanto que em outros, nem faz cócegas. No meu caso, confesso: fiquei em cima do muro. Ao mesmo tempo em que queria entrar de cabeça no tema proposto para a minha reportagem, permaneci um pouco receosa no início com as descobertas futuras. Afinal, contar a história de quem prepara corpos para a despedida derradeira da ânsia de viver não é uma tarefa das mais fáceis.

Conheci o Julio através de indicações. Uma conversa aqui, outra lá e tcharãm; descobri um homem íntegro e muito gente boa. Nos encontramos em aluns momentos e conversamos por horas a fio. Quando eu pensava que estava quase acabando, alguma pergunta me surgia ou ele logo contava algum "causo" pessoal. Empurrado desde cedo para a vida de agente funerário, Julio encarnou o fardo para o qual foi destinado sem reclamações e muito menos frescuras. Fez o que tinha que ser feito. Atualmente, ele supera as adversidades da profissão pouco valorizada - como o afastamento da família e os horários inusitados - para dar um fim de vida digno a todos que o procuram.

Sem poupar detalhes (a repórter aqui encheu o saco para que tudo fosse contado tim-tim por tim-tim), Julio abriu a janela do seu passado para mim e revelou detalhes extremamente perturbantes de sua trajetória na carreira. Quando pensei que nada mais bizarro pudesse vir à tona, ele surgia com outra história mirabolante sobre sua vida pessoal. Experiente no ramo, ele defende que o controle emocional e a "dureza" dos sentimentos são requisitos essenciais para quem quer seguir a carreira de agente funerário. Além disso, algumas pitadas de paciência e sangue frio também são necessárias.

Nesta reportagem, espero poder representar o espírito de Julio assim como ele me foi apresentado: puro, honesto e de coração aberto. Não vejo a hora de ver tudo diagramado, organizado e prontinho para chegar nas mãos dos leitores. Torço para que a cada página virada, alguma história interessante marque aqueles que as estão lendo. Está quase lá, minha gente. Falta pouco!

19 de outubro de 2014

A impressão....

Já falei em outras postagens do blog sobre a minha visita para General Câmara em 20 de setembro para a entrevista que foi transformada na matéria para a Revista. Já comentei sobre os entrevistados, o lugar, a gata que acompanhou a pauta, etc. Quero deixar aqui a minha impressão final como repórter sobre a matéria que tratá um assunto que sempre desperta a curiosidade das pessoas.....

Apreciei muito trabalhar com o tema sobre histórias sobrenaturais e lendas. O assunto me atrai desde a infância. A fazenda que fui fazer as entrevistas é, realmente, muito bonita. Fui muito bem recebida pelo pessoal de lá. A viagem foi longa, mas divertida. Vi coisas que há tempo não via, como trilhos de trem. Valeu a pena ter ido até lá, pois há coisas que só o 'in loco' proporciona. Aquele lugar, realmente, guarda algo especial. Foi uma terra de antigos, de escravos, de tempos de guerra. Impossível não perceber a energia espiritual que o cerca. Afinal, a natureza, as árvores e as águas guardam isso. Ainda mais quando se tem sensibilidade.

 
Fazenda é marcada por açudes, animais e muitas espécies de árvores e vegetações

18 de outubro de 2014

Para o bem? Uma atitude

Na próxima edição da Exceção, os leitores poderão conferir, entre outros enredos, a história de uma sobradinhense, mas moradora de Santa Cruz do Sul desde a década de 80, que não mede esforços para fazer o bem ao próximo. Para ela não há tempo ruim e é um exemplo de que para ajudar o próximo basta apenas uma ação: atitude.

O mistério de uma revista!!!



Ela é assim...
Levezinha, colorida, enfim, uma gatinha...
Cuidado ao me manusear pois posso  me rasgar facilmente...
Já pensou em me mostrar aos seus pais, irmãos, tios, vizinhos, primos???
O que??? Não acredito que você ainda não falou sobre mim a ninguém???
Estas esperando o que... Vá correndo não perca tempo pois esta quase na hora do meu nascimento e você ai nem falou sobre mim...

17 de outubro de 2014

A importância da fotografia em preto e branco

Todo objeto tecnológico existente, começou de forma rudimentar. Pode ser difícil pensar que um celular capaz de fotografar, filmar, fazer ligações, acessar internet e com outras funções era maior que um tijolo e incapaz de fazer mais de uma função. Da mesma forma outros objetos se modernizaram e atualmente a maioria os possui.
Todavia há alguns aparelhos tecnológicos, altamente desenvolvidos e que ainda possuem um viés no que o fez tornar-se tão popular. É o caso da máquina fotográfica, por mais tipos e variações de cores que a mesma possa captar, ainda tem quem prefira fotografar em preto e branco. A fotografia nasceu na década de 1830 e ainda hoje matem uma estrutura baseada em seus primórdios.
A fotografia em preto e braço possui, de certa forma, mais elementos do que a colorida. Isto se deve aos tons de cinza, pois a fotografia colorida só surgiu e se popularizou na década de 1960, levando a um novo contexto fotográfico, onde a exploração da luz, cor ou sobra eram possíveis, todavia é imprescindível a reflexão de como a fotografia preto e branco sobreviveu a este processo de modernização.

A fotografia em preto e branco sobreviveu graças ao seu charme, pois ela era usada principalmente em revistas para ensaios fotográficos. Há também quem prefira uma foto em preto e branco para ilustrar uma matéria sobre pobreza, abandono, solidão entre outras situações emocionais, este tipo de foto sempre será relembrado, pois ela está de certo modo veiculada com nossas emoções mais profundas. 
imagem da internet Clélia, num dia frio e cinza, São Paulo, 2013  imagem disponível no site:   
http://www.yuribittar.com/new/index.php/outros-textos-e-projetos/fotografia/11-fotopb

Opa, cheguei

Sim, com atraso mas cheguei, é bem difícil achar um assunto interessante para se postar, principalmente em época de eleição. E é durante as eleições que o jornalismo brasileiro mostra sua face(ou não). Infelizmente é possível notar a posição de determinadas empresas de comunicações, mas é bom ver o contrário também, mídias alternativas trazendo um bom conteúdo e fazendo jornalismo de verdade. Descobri hoje o Manchetômetro, um grupo de pesquisa do Rio de Janeiro que analisa as manchetes dos maiores veículos de comunicação do Brasil.

16 de outubro de 2014

Crônica da calça suja

Se tem algo que me tira do sério é o medo de se sujar. Literal ou não literalmente, a verdade é que não pode-se viver intensamente sem nenhum esbarrão, hematoma ou marca. No caso do jornalismo, isso também segue a mesma linha. Repórter não pode ter frescura. Você  pode até conseguir fazer uma reportagem sentada na sua cadeira confortável na redação. Mas, o resultado não será o mesmo caso você pegasse seu bloquinho, uma caneta, a câmera e fosse colocar o pé no mundo, para não só narrar os fatos, como também sentir. E, colocar isso dentro da reportagem, é claro. Afinal, você quer cumprir tarefas ou viver sua profissão?

14 de outubro de 2014

O personagem principal: Seu Milton

Nessa portagem, vou falar um pouco sobre o Seu Milton Royer que é uma das fontes principais da minha matéria que já foi escrita para a revista do segundo semestre de 2014. Por meio dele que descobri as muitas histórias e lendas que há naquele município e também em Venâncio Aires. A minha madrinha havia me falado que ele era uma pessoa que gostava muito de contar as histórias assombradas e que as relatava de forma muito precisa. E foi, exatamente, isso que aconteceu.

Logo quando cheguei na fazenda onde ele mora, já comentou alguns episódios. Depois, ele encheu um chimarrão, sentou em uma cadeira e, de fato, começou a relatar os detalhes. Interessante a forma como ela lembrou de cada minutos dos fatos. Gostei de forma como ele contou essas histórias. Um mais legal que a outra, uma mais sinistra que a outra. Não sei se qualquer pessoa poderia ver, ouvir ou sentir o que ele presenciou, pois foi super real. Que tem alguma coisa, tem! Porque, vou ousar desafiar o sobrenatural? Porque, duvidar das coisas que podem estar invisíveis e só alguns olhos podem ver? É por isso que não duvido de nada! Somos muito pequenos perante a esta imensidão que guarda muitos mistérios!

Milton apreciava um chimarrão enquanto contava as histórias

9 de outubro de 2014

Making of do Editorial de Moda

Depois de alguns posts falando sobre os editorias de moda em geral, nada melhor do que mostrar um pouco do que vem por aí. O editorial para a próxima edição da Revista Exceção já foi fotografado e tratado, e está na diagramação, mas para dar um gostinho e saber o que esperar destes cliques, confira o vídeo:


Editorial de Moda - Revista Exceção from Paola Severo on Vimeo.

Modelo: Nicole Rieger
Imagens: Ana Paula Thumé Soares
Edição: Bianca Cardoso Batista
Fotografia: Paola Severo
Trilha: Falling - HAIM

8 de outubro de 2014

A vida que passei a ver

Há quem encare com maus olhos as famílias desalojadas, os negros e, claro, os mendigos


Lembro-me de ter lido algumas das reportagens literárias da série ‘A vida que ninguém vê’, da escritora Eliane Brum, nas edições de sábado da Zero Hora, jornal o qual a editora trabalhou durante 11 anos. Eliane é extremamente sensível e o que ela revela nesta obra nada mais é do que a verdadeira realidade de algumas almas esquecidas ou, muitas vezes, nem vistas por nós.

No livro, Eliane procura contar histórias de vidas diferentes dentro de uma mesma sociedade. Pessoas simples, como o personagem Adail; o carregador de malas do aeroporto que nunca havia voado, mas que a partir da publicação na Zero Hora e, também, com a ajuda da TAM viagens, foi possível realizar seu sonho. Na coragem de Camila. Na fibra de David Dubin. Do Geppe Coppini, o mendigo de Anta Gorda que nunca pediu nada para as pessoas que por lá circulavam.

Outro exemplo é o texto ‘História de um Olhar’, no qual a metáfora dos olhos e do olhar permeia a narração da vida de Israel, um jovem portador de deficiência mental que era enjeitado numa pequena cidade até passar a frequentar a escola, cursando a segunda série do ensino fundamental. E a do Chorador, representado por um senhor que costumava ir a todos os velórios da cidade para desdenhar sua aflição e tristeza mesmo que não conhecesse o defunto. Mostra ter solidariedade, uma vez que todos querem ter reconhecimento em vida e não apenas em morte.

As 23 histórias voltam-se para o anonimato presente nas ruas, contudo merecedoras de uma história que teria de ser relatada. Há quem encare com maus olhos as famílias desalojadas, negros, os que usam vestimentas rasgadas, deficientes físicos e mentais, garis, além daqueles que encontram suprimento de vida no que foi jogado fora. Os protagonistas não são famosos, mas, sim, simples cidadãos que transformam e chocam o mundo com pequenas ações revolucionárias.

O livro me fez ter uma visão totalmente diferente tanto na história do jornalismo, como pessoal. Imaginei como cada uma destas histórias, diria épicas, passam por nós no dia a dia e não percebemos. Estamos ocupados demais com outras histórias e atividades. Acredito que a autora, a partir dessas histórias com pessoas simples em situações corriqueiras, inovou o jornalismo brasileiro.

A Vida que Ninguém Vê é uma obra que relata a vida que todos têm conhecimento e que, no fundo, ninguém quer admitir que exista. Viajei tanto no livro que quando cheguei à última página, 200, nem me dei conta. Uma reedição de valores e ideias que me fez ver as vidas que antes apenas imaginava como seriam através dos olhos de cada um. O livro foi vencedor, melhor livro de reportagem, do Prêmio Jabiti em 2007.

EXCEÇÃO: Fotografia 2

Vamos a mais uma injeção boas fotos produzidas pelos colegas das edições anteriores da Exceção! Dessa vez, servem de inspiração para a utilização do preto e branco:

 (Exceção 2009)
 Andréia Bueno (2011)
Gelson Pereira (2007)


7 de outubro de 2014

A gata companheira da pauta!

Eu adoro gatos....eu amo! Minha paixão por eles vem da infância. Tenho a impressão que já nasci gostando deles...hehe. Minha irmã e minha mãe também gostam. Eu sempre tive quando morava em casa. Depois que fomos morar em apartamento não tive mais. O melhor lugar para eles é o pátio. A minha última que tive foi a Liz, uma siamês que completou nove anos semana passada. Hoje, ela reside na casa de minha ex-vizinha. Como ela não se adaptou ao apartamento, doei ela para aquela família.

Quando fui em busca das fontes para a matéria da Revista no interior do município de General Câmara pude conviver por alguns momentos com muitos gatos. Logo quando cheguei na propriedade fui recebida por três. Alguns ariscos e outros nem tanto. Mais tinha uma em especial que logo veio correndo e miava muito. A princípio ela não tinha nome, mas sim um filhote. A pelagem era com listras petras e cinzas. Muito querida! Eu falava com ela que se atirava no chão e corria em volta. Durante as entrevistas e quando fui fazer fotos da propriedade, lá estava ela sempre junto. A gata me acompanhou por onde eu ia. Só faltava falar. Um amor. Se eu chamava, ela vinha correndo. O Milton Royer que trabalha na propriedade disse que ela é companheira e também sempre vai onde ele está. De tardezinha ou de noite quando ele sai, vai ela junto. Os animais percebem as situações e as pessoas que gostam deles. Com certeza, essa é a gata mais companheira para uma pauta que já vi!



Jornalismo digital: o que mudou do papel para a web?

Com a popularização da internet nos últimos anos, os jornais, revistas, Tvs e rádios tem tentado estabelecer mais vínculos com seus leitores. Contudo ainda é presente o desafio de ganhar dinheiro e sobreviver com a web, onde quem navegador está acostumado a receber um conteúdo dinâmico e aprofundado sobre qualquer assunto, mas o que realmente mudou de uma plataforma para outra?
Segundo o site do Grupa a os seguintes aspectos tiveram mudanças:
1. Navegar na obra
Um leitor digital permite:
Aumentar ou reduzir o tamanho e o contraste da letra na tela, conforme nossa acuidade visual, o período do dia, a orientação da luz; dispor a página na vertical ou na horizontal; reordenar o texto e recalcular o número de páginas da obra a partir do tamanho de letra e do formato escolhidos; mover-se interativamente no texto, saltando de uma citação à bibliografia ou às notas de rodapé, e inclusive interromper a leitura e voltar a ela na página em que se parou; marcar com cores diferentes e preestabelecidas qualquer fragmento de texto e atribuir-lhe uma categoria (frases importantes, erros de linguagem, má tradução, palavras desconhecidas); escrever anotações ou comentários sobre o texto, guardá-los ou enviá-los a alguma conta de correio eletrônico ou telefone; fazer buscas por palavras ou expressões e navegar por todos os fragmentos assinalados ou comentários realizados.
São injustificadas as críticas que se costuma fazer aos dispositivos digitais de que eles não permitem sublinhar, tomar notas, pôr sinais e pontos ou utilizar o livro em diferentes ambientes (trabalho, praia, campo, deslocamentos, etc.). Eles igualaram e superaram as práticas de anotação com papel e lápis: o problema é que estamos acostumados a certos hábitos e preferimos mantê-los, o que é certamente legítimo e respeitável.
2. Consultar dados linguísticos, artísticos ou culturais
Se nosso dispositivo está conectado à rede, podemos realizar tarefas como:
Buscar no dicionário, em uma base de dados terminológica ou em qualquer outro recurso léxico digital o significado ou a tradução para nossa língua materna de um termo que não entendemos; usar um tradutor automático ou outros recursos (analisadores morfossintáticos, corpos de textos etiquetados) para resolver dúvidas gramaticais;
Consultar algum dado cultural na Wikipedia ou em qualquer outro site informativo de arte, história, etc.; consultar mapas e fotos dos lugares onde se passa o romance ou o poema que estamos lendo; pesquisar críticas, resumos e comentários da obra;
Consultar fotos e vídeos dos personagens ou fatos mencionados na obra (como trailers de filmes ou trechos de montagens teatrais baseados na obra que estamos lendo, fotos de atores caracterizados para os personagens centrais, fotos das capas de várias edições da obra, fotos e vídeos de festas populares que recriam os fatos da obra, entre outros). Pensemos, por exemplo, em obras populares como La Regenta, Fortunata y Jacinta, Obabakoak, El Quijote ou o Poema de Mío Cid, a respeito das quais foram realizadas séries de televisão, filmes, quadrinhos, versões teatrais, etc.
3. Contatar outros leitores
Vários sites (editoras, instituições, bibliotecas, etc.) permitem:
Contatar on-line outros leitores de uma mesma obra para trocar impressões, recomendar obras ou interagir sobre a leitura; contatar outros leitores de uma obra e estabelecer diálogos em chats, consultas presenciais e trocas de opiniões em fóruns sincrônicos por meio de programas de bibliotecas e clubes de leitura on-line;
Optar entre ler a obra de modo “aberto” ou on-line ou de modo “fechado” ou out-line, podendo compartilhar ou não nosso processo leitor com outros leitores conectados; sublinhar uma frase ou inserir um comentário (alguns dispositivos podem também nos avisar que outras pessoas realizaram ações parecidas no mesmo ponto da obra, fornecer seus nomes e, inclusive, colocar-nos em contato com elas).
4. Criar fanfic, histórias realistas e sequências
Os sites e fóruns que fomentam a produção de literatura digital vernácula (Harrypotter.cat, fanfic.net, fanfic.es; ver Cassany, 2011) merecem menção à parte. Neles as crianças inventam sequências, prequelas1, paródias e versões alternativas de aventuras novas e velhas, com seus heróis favoritos, sejam originários da literatura, de quadrinhos, do videogame ou do cinema e da televisão. Vale a pena clicar em algum dos links citados e passear por milhares de histórias e de comentários produzidos por jovens de todo o mundo, com recriações muito diversas dos mesmos referentes. É absolutamente fascinante ver a criatividade e a diversidade dessas obras de literatura à margem da lei, que se relacionam com obras da literatura legitimada ou oficial.

As possibilidades didáticas que se abrem aqui, com o aproveitamento dos recursos tecnológicos atuais, são diversas, criativas e até surpreendentes, incluindo: incentivar os alunos a abrir um perfil de Facebook para Calixto, Melibea e Celestina; ler a obra imaginando que amigos teriam, que notícias colocariam em seu mural, que música ouviriam ou que vídeos vinculariam ao seu perfil; Abrir uma conta no Twitter para El Cid Campeador ou para Jorge Manrique, depois de ler suas obras, e imaginar que twits, retwits e hashtags usariam.

Atualmente o mais chamativo são os infográficos, utilizados nas revistas estes possuem vídeos, fotos, pequenas descrições do fato em forma de texto, são utilizadas para se ter uma maior interatividade com o leitor do meio. Todavia há sempre uma busca pelo novo, para não cair na mesmice, e assim “conquistar” mais leitores, ainda que não haja uma forma efetiva para se ganhar dinheiro com o meio virtual, as empresas apostam no mesmo, acreditando, que um dia se constituirá uma forma efetiva para arrecadar fundos e se manter esta interatividade midiática.

6 de outubro de 2014

Como fazer um editorial de moda

Na experiência de aluna de jornalismo se aventurando no mundo dos editoriais de moda, aprendi uma ou duas coisinhas fotografando o ensaio desta edição, segue uma receitinha para quem quiser inspiração.

Ingredientes:

Um tema
Um local
Uma câmera
Um ou mais modelos
Roupas e adereços


 Modo de preparo:

Para escolher o tema, é só levar em consideração as condições, se encaixa com o local, a modelo e se é possível conseguir recursos para complementar as fotos, como roupas ou objetos. Viabilizada esta parte, qualquer tema pode ser representado em um editorial de moda. É interessante escolher um tema com uma história, para que as fotos contenham uma narrativa que não está implícita.



Para tirar fotos, é preciso ter uma câmera, mas sem desespero. O olho do fotógrafo é muito mais importante do que o modelo da câmera, e mesmo que os recursos e funcionalidades ajudem, não valem nada se o todo não estiver arranjado, tudo tem que estar interligado.

O local precisa combinar com o tema e deve ser pensado de acordo com as condições, por exemplo, as fotos são externas ou internas, o que vai combinar mais com a proposta original que foi pensada? E em seguida é só partir para a busca pelo local que pode ser usado, conferir se vai estar disponível na data que se precisa e que tenha um visual interessante. As vezes os locais podem surpreender, e se mostrar grandes cenários, mesmo que não tivessem nada de especial a princípio.



Alguém vai ser fotografado no editorial, para isso é só pensar em pessoas que tenham o perfil do tema, se não existir um perfil, tanto melhor, qualquer pessoa serve. Busque modelos com rostos expressivos e que tenham familiaridade com a câmera para um trabalho mais fácil, do contrário só vai ser um pouco mais difícil direcionar a pessoa, ou garantir que ela aja com naturalidade na hora dos cliques.

Ainda dentro do tema é hora de buscar as roupas, acessórios e objetos que vão ser usados nas fotos. Vale a pena garimpar com amigos e conhecidos por coisas diferentes, que vão agregar valor ao trabalho como um todo. As vezes um detalhe pode fazer toda a diferença em uma imagem, além que de os adereços são o complemento que coloca o tema explicitamente no editorial.



No geral, é planejar com antecedência alguns aspectos do editorial, que são fundamentais e de resto o clima no dia das fotos rende o restante. A partir do tema é importante ler sobre ele, além de buscar inspiração com outras fotografias, que ofereçam ideias de composição, foco, poses, e demais elementos. Caso seja interessante, o cabelo e a maquiagem também compõe o look da pessoa a ser fotografada. Tente manter a pessoa relaxada para obter capturas o mais naturais quanto possível. Se precisar de ajuda com a produção, leve alguém que não vá atrapalhar, que tenha boas ideias e não vá constranger a pessoa fotografada. Tente aproveitar a luz natural, se não for possível use formas inovadoras de iluminação, e preste atenção especial a este elemento.

Bom apetite!

3 de outubro de 2014

Revisão

Uma tarefa nada menos importante do que as outras, para a produção de nossa revista: a revisão. Revisamos e analisamos todos os textos produzidos (para meio impresso e online). Observamos e assim, corrigimos o necessário para que tudo seja o mais perfeito possível.

2 de outubro de 2014

A sua cidade tem revista?

O curso de Jornalismo da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) reúne estudantes de diversos municípios da região, além dos santa-cruzenses. Cidades como Venâncio Aires, Rio Pardo, Candelária, Cachoeira do Sul, Pantano Grande, Encruzilhada do Sul e Sobradinho (se eu esqueci de algum em especial, digam haha) tem acadêmicos no curso.

Todas estas cidades possuem seus meios de comunicação. Algumas tem o jornal como o veículo mais forte. Outras apostam no rádio para levar informação para a comunidade. Há espaço também para as revistas. Nas bancas, encontramos aquelas tradicionais: Veja, Época, IstoÉ, Placar, Caras, etc. Mas estas são revistas de circulação nacional. E os conteúdos locais?

É bem difícil encontrarmos revistas produzidas nos (e para os) municípios do interior. Na minha terra, Cachoeira, por exemplo, há duas: a Revista Linda e o Planeta Arroz, ambas publicações do Grupo Vieira da Cunha (GVC), o mesmo que comanda o Jornal do Povo. Mas são revistas que não alcançam a todos os públicos, diferente de uma Veja, por exemplo (ainda que de maneira questionável).

Edição de agosto/2014 da Revista Linda
Crédito: Reprodução

A Revista Linda surgiu em 2007, com o slogan Bonita e Inteligente. O foco da revista é o leitor cachoeirense, através de temas como saúde, beleza, moda e trabalho, além de entrevistas com pessoas da comunidade e um espaço com fotos de quem frequenta as festas da cidade, parecido com as colunas sociais de jornais. A revista, que circula mensalmente, é editada pelas jornalistas Rafaela Vieira da Cunha (formada pela Unisc) e Cristina Sausen.

Já o Planeta Arroz, de caráter trimestral, tem este nome justamente porque possui um público-alvo mais específico: o produtor rural, fazendo jus ao título da cidade, de Capital Nacional do Arroz. Ela foi lançada em 2000 e diferente da outra publicação do GVC, circula em todo o Rio Grande do Sul e também em outros seis estados: Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins.


Planeta Arroz já está nas bancas há 14 anos
Crédito: Reprodução

São duas revistas que, apesar de não agradarem a todos os públicos, se mantém com o tempo. Agora lanço a pergunta: a sua cidade tem uma revista?

1 de outubro de 2014

Por um mundo com mais revistas, por favor!

Por alguns anos trabalhei com minha mãe. Ela tem uma 'lojinha' de bazar na Rodoviária de Venâncio Aires. Vi e vivi muitas coisas lá. Lembro, que antes mesmo de ajudar na loja, passava a maior parte do tempo naquele lugar que era o ponto de encontro e partida de muitas pessoas. 
Antes da minha mãe ter o bazar, meu pai já tinha (e tem até hoje) uma lancheria, também, na rodoviária. Foi lá que tive meu primeiro contato com revista, pois, por um tempo ele as vendia. Adorava acompanhar meu pai no trabalho e passar o dia devorando infinitas páginas. Agora, quem vende revistas é minha mãe. 
Nos anos que ajudei ela na loja, percebi a importância que aquele aglomerado de folhas, com textos e 'figurinhas', tem na vida das pessoas. Eram inúmeros os que chegavam lá, naquela lojinha, para comprá-las. Havia pessoas que compravam dez revistas. Outras folhavam e voltavam no dia seguinte para adquiri-las. Os que não tinham o dinheiro suficiente tiravam xérox das páginas que queriam ler.
As prateleiras nunca ficavam o dia inteiro com o mesmo volume. Todo fim de tarde era expressivo o número de buracos, consequentes da fome por informação ou do simples fato de passar o tempo.
No último fim de semana, depois de quase três anos, voltei a passar um dia na loja da minha mãe. Percebi que o interesse pela leitura em revistas continua o mesmo, talvez até maior. 
Aí pergunto, será que o impresso vai ser extinto com tanta tecnologia? Ou ele vai ser apenas um produto de luxo? Ou são os veículos de comunicação que estão investindo em outras plataformas onlines e deixando o papel de fora?
A resposta não sei, mas espero, do fundo do meu coração, que as revistas continuem, que o impresso continue. Sou daquelas que gosto de sentir e tocar o que estou lendo. Tecnologias já me basta o e-mail e as redes sociais, que muitas vezes mais atrapalham do que ajudam. 

O jornalismo em sua essência

No último fim de semana tive a oportunidade de vivenciar uma experiência única. Dentro do jornalismo, certamente, a mais emocionante até agora. Quem me conhece sabe que sou apaixonada por esportes. Por jornalismo esportivo, então, mais ainda. Há quase dois anos tenho a chance de realizar um estágio na área. E é há cada final de semana como plantonista de esporte que descubro algo a mais para me apaixonar. No último não foi diferente.

Exceção na estante

Imagem: Caroline Fagundes
A Exceção surgiu em 2006 e de lá para cá foram publicadas oito edições da revista-laboratório do curso de Comunicação Social da Unisc. Desde 2012 você pode encontrar todas as edições em formato pdf no Acervo A4 . Mas, para quem prefere a leitura no impresso (assim como eu), a Exceção possui agora um cantinho especial na Biblioteca Central da Universidade.

O SBPJor e os alunos

O Curso respira o 12º SBPJor há um ano. Desde que saiu a decisão de que seria aqui em Santa Cruz do Sul foram agendadas reuniões entre os coordenadores de agências, a coordenação, Reitora e Pró-Reitores, com os monitores da A4 Agência Experimental de Comunicação e agora, faltando um mês para realização começam os preparativos com o receptivo que será composto pelos alunos. A primeira reunião foi realizada durante a terça-feira, 30 de setembro, nos três turnos. Pude participar à noite e fiquei muito feliz em ver a sala 5328, que é um mini auditório, lotada.