Com a popularização da internet nos últimos
anos, os jornais, revistas, Tvs e rádios tem tentado estabelecer mais vínculos com
seus leitores. Contudo ainda é presente o desafio de ganhar dinheiro e
sobreviver com a web, onde quem navegador está acostumado a receber um conteúdo
dinâmico e aprofundado sobre qualquer assunto, mas o que realmente mudou de uma
plataforma para outra?
Segundo o site do Grupa
a os seguintes aspectos tiveram mudanças:
1. Navegar na obra
Um leitor digital permite:
Aumentar ou reduzir o tamanho e o
contraste da letra na tela, conforme nossa acuidade visual, o período do dia, a
orientação da luz; dispor a página na vertical ou na horizontal; reordenar o
texto e recalcular o número de páginas da obra a partir do tamanho de letra e
do formato escolhidos; mover-se interativamente no texto, saltando de uma
citação à bibliografia ou às notas de rodapé, e inclusive interromper a leitura
e voltar a ela na página em que se parou; marcar com cores diferentes e
preestabelecidas qualquer fragmento de texto e atribuir-lhe uma categoria
(frases importantes, erros de linguagem, má tradução, palavras desconhecidas); escrever
anotações ou comentários sobre o texto, guardá-los ou enviá-los a alguma conta
de correio eletrônico ou telefone; fazer buscas por palavras ou expressões e
navegar por todos os fragmentos assinalados ou comentários realizados.
São injustificadas as críticas que se
costuma fazer aos dispositivos digitais de que eles não permitem sublinhar,
tomar notas, pôr sinais e pontos ou utilizar o livro em diferentes ambientes
(trabalho, praia, campo, deslocamentos, etc.). Eles igualaram e superaram as
práticas de anotação com papel e lápis: o problema é que estamos acostumados a
certos hábitos e preferimos mantê-los, o que é certamente legítimo e
respeitável.
2. Consultar dados linguísticos,
artísticos ou culturais
Se nosso dispositivo está conectado à
rede, podemos realizar tarefas como:
Buscar no dicionário, em uma base de
dados terminológica ou em qualquer outro recurso léxico digital o significado
ou a tradução para nossa língua materna de um termo que não entendemos; usar um
tradutor automático ou outros recursos (analisadores morfossintáticos, corpos
de textos etiquetados) para resolver dúvidas gramaticais;
Consultar algum dado cultural na
Wikipedia ou em qualquer outro site informativo de arte, história, etc.; consultar
mapas e fotos dos lugares onde se passa o romance ou o poema que estamos lendo;
pesquisar críticas, resumos e comentários da obra;
Consultar fotos e vídeos dos
personagens ou fatos mencionados na obra (como trailers de filmes ou trechos de
montagens teatrais baseados na obra que estamos lendo, fotos de atores
caracterizados para os personagens centrais, fotos das capas de várias edições
da obra, fotos e vídeos de festas populares que recriam os fatos da obra, entre
outros). Pensemos, por exemplo, em obras populares como La Regenta, Fortunata y
Jacinta, Obabakoak, El Quijote ou o Poema de Mío Cid, a respeito das quais
foram realizadas séries de televisão, filmes, quadrinhos, versões teatrais,
etc.
3. Contatar outros leitores
Vários sites (editoras, instituições,
bibliotecas, etc.) permitem:
Contatar on-line outros leitores de
uma mesma obra para trocar impressões, recomendar obras ou interagir sobre a
leitura; contatar outros leitores de uma obra e estabelecer diálogos em chats,
consultas presenciais e trocas de opiniões em fóruns sincrônicos por meio de
programas de bibliotecas e clubes de leitura on-line;
Optar entre ler a obra de modo
“aberto” ou on-line ou de modo “fechado” ou out-line, podendo compartilhar ou
não nosso processo leitor com outros leitores conectados; sublinhar uma frase
ou inserir um comentário (alguns dispositivos podem também nos avisar que
outras pessoas realizaram ações parecidas no mesmo ponto da obra, fornecer seus
nomes e, inclusive, colocar-nos em contato com elas).
4. Criar fanfic, histórias realistas e
sequências
Os sites e fóruns que fomentam a
produção de literatura digital vernácula (Harrypotter.cat, fanfic.net,
fanfic.es; ver Cassany, 2011) merecem menção à parte. Neles as crianças
inventam sequências, prequelas1, paródias e versões alternativas de aventuras
novas e velhas, com seus heróis favoritos, sejam originários da literatura, de
quadrinhos, do videogame ou do cinema e da televisão. Vale a pena clicar em
algum dos links citados e passear por milhares de histórias e de comentários
produzidos por jovens de todo o mundo, com recriações muito diversas dos mesmos
referentes. É absolutamente fascinante ver a criatividade e a diversidade
dessas obras de literatura à margem da lei, que se relacionam com obras da
literatura legitimada ou oficial.
As possibilidades didáticas que se
abrem aqui, com o aproveitamento dos recursos tecnológicos atuais, são
diversas, criativas e até surpreendentes, incluindo: incentivar os alunos a
abrir um perfil de Facebook para Calixto, Melibea e Celestina; ler a obra
imaginando que amigos teriam, que notícias colocariam em seu mural, que música
ouviriam ou que vídeos vinculariam ao seu perfil; Abrir uma conta no Twitter
para El Cid Campeador ou para Jorge Manrique, depois de ler suas obras, e
imaginar que twits, retwits e hashtags usariam.
Atualmente o mais chamativo são os
infográficos, utilizados nas revistas estes possuem vídeos, fotos, pequenas descrições
do fato em forma de texto, são utilizadas para se ter uma maior interatividade
com o leitor do meio. Todavia há sempre uma busca pelo novo, para não cair na
mesmice, e assim “conquistar” mais leitores, ainda que não haja uma forma
efetiva para se ganhar dinheiro com o meio virtual, as empresas apostam no
mesmo, acreditando, que um dia se constituirá uma forma efetiva para arrecadar fundos
e se manter esta interatividade midiática.
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