1 de outubro de 2014

Por um mundo com mais revistas, por favor!

Por alguns anos trabalhei com minha mãe. Ela tem uma 'lojinha' de bazar na Rodoviária de Venâncio Aires. Vi e vivi muitas coisas lá. Lembro, que antes mesmo de ajudar na loja, passava a maior parte do tempo naquele lugar que era o ponto de encontro e partida de muitas pessoas. 
Antes da minha mãe ter o bazar, meu pai já tinha (e tem até hoje) uma lancheria, também, na rodoviária. Foi lá que tive meu primeiro contato com revista, pois, por um tempo ele as vendia. Adorava acompanhar meu pai no trabalho e passar o dia devorando infinitas páginas. Agora, quem vende revistas é minha mãe. 
Nos anos que ajudei ela na loja, percebi a importância que aquele aglomerado de folhas, com textos e 'figurinhas', tem na vida das pessoas. Eram inúmeros os que chegavam lá, naquela lojinha, para comprá-las. Havia pessoas que compravam dez revistas. Outras folhavam e voltavam no dia seguinte para adquiri-las. Os que não tinham o dinheiro suficiente tiravam xérox das páginas que queriam ler.
As prateleiras nunca ficavam o dia inteiro com o mesmo volume. Todo fim de tarde era expressivo o número de buracos, consequentes da fome por informação ou do simples fato de passar o tempo.
No último fim de semana, depois de quase três anos, voltei a passar um dia na loja da minha mãe. Percebi que o interesse pela leitura em revistas continua o mesmo, talvez até maior. 
Aí pergunto, será que o impresso vai ser extinto com tanta tecnologia? Ou ele vai ser apenas um produto de luxo? Ou são os veículos de comunicação que estão investindo em outras plataformas onlines e deixando o papel de fora?
A resposta não sei, mas espero, do fundo do meu coração, que as revistas continuem, que o impresso continue. Sou daquelas que gosto de sentir e tocar o que estou lendo. Tecnologias já me basta o e-mail e as redes sociais, que muitas vezes mais atrapalham do que ajudam. 

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