20 de agosto de 2010

Para quem é curioso

Após a sugestão de postarmos aqui as nossas preferências quando o assunto é revista, parei para pensar por qual me identifico mais. Como apenas uma deve ser eleita para escrevermos, escolhi a Superinteressante. É uma publicação que sempre me atraiu. Primeiro, pelo projeto gráfico: uma capa destacada, original; um índice diferenciado a cada edição; infográficos sensacionais e o texto criativo e muito bem combinado com as fotos e ilustrações.
Na questão do conteúdo, a revista trabalha com textos diferenciados para facilitar o entendimento de assuntos de difícil compreensão, como os científicos, em áreas biológicas, sociais, humanas e exatas. Além disso, existem muitas sessões que trazem temas extremamente curiosos. Para quem não leu a edição do mês, a revista possui uma sessão no site ARQUIVO DA SUPERINTERESSANTE com todas as publicações na íntegra.


Na Superinteressante, ainda temos outras abordagens que são polêmicas. Já lemos em suas páginas sobre quem escreveu a Bíblia, a possibilidade de vida extraterrestre, os bastidores de uma sociedade secreta, histórias secretas da Igreja, a história do Brasil que não temos na escola e outras questões reveladoras. A Super também frequentemente lança especiais, com temas como "Maiores mistérios da Ciência" e "As Sociedades Secretas Mais Intrigantes da História". Um deles, "Mundo Estranho", deu origem a uma revista própria. Hoje, a Super tem a terceira maior tiragem entre as públicações da Abril (perde apenas para a Veja e para a Cláudia). Mesmo em assuntos dessa natureza, os textos são fáceis e tem boas pitadas de humor, fora as diversas exemplificações para não deixar passar nenhuma dúvida. Para a produção da Exceção, alguns elementos podem ser inspiradores, como trazer um novo olhar sobre temas batidos, despertar o interesse do leitor com assuntos curiosos, usar um estilo despojado, além dos recursos gráficos sempre atraentes como as capas e os infográficos.

BLOGS DA SUPERINTERESSANTE


Em 1987, a Editora Abril comprou os direitos da revista espanhola Muy Interesante, e planejava publicá-la de forma integral, apenas fazendo traduções, algo também feito na Alemanha, França e Itália. Então descobriu que os fotolitos (chapas usadas durante o processo de impressão) eram maiores que os brasileiros, o que os levou a fazer as próprias reportagens. Atualmente ocorre o contrário: a Super exporta suas matérias para filiais estrangeiras. A revista começou com revistinhas de vinte páginas distribuídas dentro de outras revistas da Abril (a "edição zero"). A edição número um foi lançada quinze dias depois, no fim de setembro, trazendo como matéria de capa supercondutores. A edição logo se esgotou. A reimpressão também. E logo no primeiro dia nas bancas, cinco mil pessoas passam a assiná-la.

2 comentários:

Pedro Piccoli Garcia disse...

A Super é demais. Arrisco dizer que, entre as brasileiras, é a que melhor equilibra o conteúdo com a estética. É revista pra ler, ver e aprender - bem como disse o João, para curiosos. Faz divulgação científica sem ficar chata, e trata de coisas pitorescas sem soar infantilóide (como é o caso da filhota Mundo Estranho).

A ressalva que eu faria é a recorrência com que abordam temas de ordem sobrenatural e místicas, que acrescentam pouco - para mim, ao menos.

Willian disse...

Das revistas brasileiras, a Super é aquela que mais atrai minha atenção. Sabe ser interessante e, ao mesmo tempo, proporcionar uma leitura rápida e agradável.

Sem contar que, a cada edição, você aprende muito com a Super!