30 de agosto de 2010

De olho na Eye

A Eye é uma revista que inspira. Conheci a publicação em 2008, quando entrei no curso de Comunicação aqui na Unisc, e, desde então, tenho sido leitor assíduo. A revista surgiu em 1990, na Inglaterra, fundada por Rick Poynor, uma das maiores autoridades em design gráfico acima da linha do Equador. Numa tentativa de me aproximar e conhecer o que se passa no cenário gráfico mundial, acabei desenvolvendo um gosto sincero pelas matérias, que me ajudam a compreender o processo criativo dos artistas visuais que estão espalhados pelo mundo e, claro, pelas “figuras” da revista.

Das revistas que eu leio, com a Eye colho os “frutos” mais tangíveis: nos momentos em que menos espero, lembro de alguma coisa que vi nela e arrumo as referências para as mais diversas coisas. Nada mais natural para uma revista que trabalha (e muito!) com imagens: as reproduções das obras citadas são de extrema qualidade. É quase um guia de museu, só que interessante, feito por gente que é referência e que eu admiro.


Sessão de lançamento de livros e afins: outra cor e outro papel
A diagramação, apesar de fortemente delineada por uma grade invisível (ou grid, como preferir), promove uma integração entre texto e imagem que traz leveza às páginas. Por falar nelas, a Eye sempre ousou nesse campo: cerca de 2/3 das páginas são em papel tradicional de revista (couché), enquanto que a última parte, dos lançamentos de livros e afins, é feita em papel sem revestimento. Mais recentemente, foi implantado um terceiro tipo de papel, liso e com brilho, que faz com que a experiência de leitura seja única e realmente marcante, já que não se lê todo dia uma revista com três papéis diferentes. O trabalho tipográfico feito pela revista em sua diagramação, além de referência para mim, certamente estará martelando na minha cabeça no momento de criar o projeto gráfico da Exceção.



Grade delimita e integra, ao mesmo tempo, texto e imagem


E o melhor de tudo é que, para quem for aluno da Unisc, a revista pode ser retirada na Biblioteca Central, já que o curso é assinante. Entre as revistas semelhantes, mas não tão boas, que podem ser encontradas por lá estão a Communication Arts e a Print. Para a Eye, o único ponto negativo é o gostinho de quero mais: são apenas quatro edições por ano.

Edição especial de design para música

2 comentários:

Renan Silva disse...

O projeto gráfico não poderia estar em mãos mais competentes. Toda a equipe vai matar a pau, como sempre. É bom ver uma equipe com tanta qualidade cuidando da próxima exceção. Sucesso galera.

Pedro Garcia disse...

Não conheço a publicação, mas a proposta me pareceu interessante. Puxa, três tipos de papel numa só revista é coisa que eu nunca vi.

Ike, eu tenho um palpite sobre quem seja ou vai ser a maior autoridade em design gráfico abaixo da linha do Equador...