30 de outubro de 2008

Fake: até eu?

Eu não tinha noção das proporções desse mundo paraguaio. Não tinha mesmo. Quando o Pedro me disse que uma amiga dele, que eu conheço também, tinha sido vítima, fiquei perplexa. Achava que não passava de uma brincadeirinha, e que só atingia o mundo dos "famosos".

Depois da notícia que o Pedro me deu, achei que nada mais iria me assustar. No entanto, algo mais surpreendente aconteceu: encontrei uma foto minha no álbum de um fake. Sim. EU. Acreditam? Na verdade não fui eu que achei, mas uma aluna do Educar-se que faz parte do Armazém de Idéias, onde eu sou bolsista.

E mais ainda: a menina que achou minha foto faz parte de um perfil fake junto com mais duas crianças, todas com 12 anos de idade. Um perfil triplo - isso existe? Mas elas se defendem: "não usamos fotos de outras pessoas conhecidas, a gente baixa do google". Sinceramente, não considero essa coisa de fake algo saudável. Mas tudo bem. Cada um, cada um. Só sei que tô louca pra lê a matéria do Pedro na Exceção.

28 de outubro de 2008

Sessão de fotos... e mais um retorno

Amanda e sua poderosa câmera fotográfica em ação

Hoje pela manhã, mais uma vez estivesse as voltas com a reportagem sobre Dona Ondina para Exceção. Havia ficado marcado para essa manhã a sessão de fotos para a matéria, tive de acertar tudo com a Paula, assistente social que cuidava de Ondina e Amanda, a fotógrafa. Então, mais uma vez tive de retornar, dessa vez, ao hospital.

A última vez que havia entrado nas dependências do hospital fora no dia do velório de Ondina. Naquele dia atravessei parte dele e fui até a capela, onde o corpo dela estava sendo velado, foi nesse dia que conheci Paula e me despedi de Ondina. Hoje foi um dia para sentir novamente a presença dela na minha vida.

Caminhei pelos corredores, tive os objetos mais preciosos dela em minhas mãos, os seus tesouros... E o mais difícil de tudo: entrei novamente no quarto que era dela. Foi tão estranho, tudo estava diferente, não haviam mais móveis, não havia mais vida, não havia mais Ondina.

Se foi uma manhã incômoda pelos sentimentos que afloravam com o retorno, foi uma manhã para se deliciar com o sol que entrava pela janela e conferir o belo trabalho da Amanda. O resultado você confere na Exceção!!

26 de outubro de 2008

Sobre a exigência do diploma

Repasso e-mail que recebi de Carlos Franciscato, presidente da SBPJor, por relevante:
"A SBPJor, a Fenaj e o FNPJ tiveram, nesta quinta-feira, dia 23, uma audiência com o ministro de Educação, Fernando Haddad, em Brasília, para discutir a formação superior em jornalismo. Vou repassar um breve resumo das questões colocadas na reunião, particularmente as posições expressas pelo ministro acerca do tema:
1) O ministro informou que o MEC não está trabalhando com uma hipótese de formular uma proposta que substitua a formação graduada em jornalismo: “Queremos que os jornalistas continuem sendo formados em cursos de graduação, é uma área específica de conhecimento”;
2) Sua preocupação é com a qualidade do ensino em jornalismo, pois considera existirem deficiências na formação graduada. Para ele, o jornalismo é um dos quatro cursos fundamentais ao funcionamento do Estado democrático (os outros três são Medicina, Pedagogia e Direito) e, por isso, o MEC entende necessário estimular uma reavaliação das diretrizes curriculares de jornalismo;
3) O MEC avalia que esta discussão independe da votação, pelo STF, da exigência do diploma, e o Ministério não pretende se envolver nesta temática específica: “Nosso problema é de formação, não de exercício profissional”;
4) O Ministério está propondo a formação de uma comissão de especialistas para fazer uma revisão das diretrizes curriculares. Esta comissão seria formada por pessoas com duplo conhecimento sobre o jornalismo: acadêmico e profissional. SBPJor, Fenaj e FNPJ poderiam indicar nomes, a título de sugestão, para compor esta comissão, a qual elaboraria um documento a ser encaminhado ao Conselho Nacional de Educação, que deliberaria sobre as novas diretrizes. Com estas novas diretrizes, o MEC espera ter uma “métrica de qualidade” em jornalismo;
5) O MEC estuda também a possibilidade de adotar uma inovação para os cursos de graduação em geral, instituindo o que ele chamou de “dupla diplomação”: mecanismos para possibilitar que uma pessoa, ao adquirir formação em uma área de conhecimento, tivesse facilitadas as condições para obter uma segunda graduação. Para o ministro, esta fórmula poderia ser aplicada em algumas áreas da graduação, particularmente em jornalismo. A comissão poderia se debruçar também sobre esta temática;
6) Em uma rápida reunião após a audiência, as três entidades avaliaram que a audiência foi positiva e que seria adequado apresentarmos ao MEC a sugestão de uma lista conjunta para a composição desta comissão do Ministério, ressaltando que as indicações tenham um caráter de sapiência no campo acadêmico e profissional do jornalismo e sem um vínculo necessariamente institucional às entidades".

24 de outubro de 2008

Em busca de um tesouro


Não estranhe o título, mas estou realmente em busca de um tesouro. Talvez para alguns esse tesouro não valha nada, mas para Dona Ondina era tudo o que ela tinha. Suas roupas, suas jóias, seus valiosos cadernos de anotação. Lembranças de uma vida representadas por objetos materiais. Seu cheiro nas roupas, seu gosto por determinadas cores. Sua memória e lucidez eternizadas em suas anotações.

A morte de Ondina tornou tudo mais difícil: voltar à matéria, reescreve-la e agora produzir as imagens de sua matéria. É necessário muito mais sensibilidade, uma vez que, agora estamos trabalhando com uma fonte que está morta e mais, que morreu a pouco tempo. A minha busca foi de ir atrás de suas coisas, para fotografá-las, inseri-las de alguma forma no corpo da matéria. Mas com a morte de Ondina, onde estariam esses objetos, com quem?

Após inúmeras tentativas falhas o telefone atende. Converso com Paula, que fora a assistente social de Ondina nos seus últimos meses de vida. Questiono sobre os pertences da senhora, e ela me responde, para meu alívio, que estão todas as coisas guardadas. Ondina não tinha parentes, então não havia para quem repassar as coisas e em vida ela nunca falou nada sobre isso, assim Paula acreditou que era melhor guardar, para minha salvação.

Com o tesouro assegurado e muito bem guardado, marquei um dia para realizar as fotos, e logo após liguei para a fotógrafa. Agora o que acontecerá quando eu voltar ao quarto que era de Ondina e encontra-lo vazio, o que sentirei ao ver os objetos dela, só no dia das fotos eu saberei, assim que souber, virei aqui para contar.

23 de outubro de 2008

O que escrever?

E aí que eu estou em um dilema. Sim. E daqueles bem grandes... Preciso escrever até amanhã um texto para a Opinião da Revista Exceção. No entanto, não é qualquer texto.

Segundo orientações do professor Demétrio, este deve ser a exceção da exceção da exceção. Claro, esta é a razão de ser da revista, mas, o que escrever meu Deus???

Para completar, abro o blog do Unicom hoje e me deparo com um post do Sancler elogiando a crônica que eu fiz para o jornal. Agora, fiquei no compromisso de não decepcionar... ai, ai, ai...

Já pensei em mil possibilidades... já li a crônica sobre os quero-queros da Rosana, que também integrará a Opinião, já imaginei histórias, já criei personagens... mas nada me parece brilhante...

Pensar, pensar, pensar... é o que eu preciso fazer... espero que ainda hoje a lampadazinha das idéias (incríveis e brilhantes) se acenda sobre a minha cabeça!

22 de outubro de 2008

Vídeo de estudantes de Audiovisual da Unisc será exibido na RBS TV

O vídeo Fome de groove do estudante do Curso de Produção em Mídia Audiovisual Gibran Sirena Teixeira, foi selecionado no concurso Mini-Metragem 2008 da RBS TV. O vídeo de um minuto será exibido dia 25 de outubro pela RBS TV (12h20min), para todo o Rio Grande do Sul, antes dos episódios de Histórias Curtas.

Fome de Groove foi selecionado junto com outros sete vídeos por um júri formado por profissionais da RBS TV que irá premiar o Melhor Vídeo de um minuto. Os oito vídeos selecionados ficarão disponíveis para exibição e votação no clicRBS, pela página www.rbstv.com.br/minimetragem até o dia 27 de novembro de 2008. O vídeo mais votado também receberá um prêmio por Júri Popular. Você pode participar da votação, acesse o blog do curta (http://www.fomedegroove.blogspot.com/) e descubra como votar. Os prêmios e troféus serão entregues na festa do Histórias Curtas, no dia 2 de dezembro no Theatro São Pedro.

O vídeo mostra cinco amigos que antes de jantar uma pizza resolvem fazer música de uma forma totalmente criativa, usando os objetos de cozinha como instrumentos musicais. O curta foi produzido pelos estudantes Carine Immig, Daniel Sperling, Gibran Sirena, Janaína Blanco, Juliana Roehrs e Simoni Helfer para a disciplina de Elementos da Linguagem Musical, ministrada pelo professor Gerson Rios Leme. O vídeo também foi selecionado para o 7º Santa Maria Vídeo e Cinema, para o Festival de Cinema CineEsquema Novo, de Porto Alegre e para a Mostra de Curta da PUC Rio (RJ).

Quem perder a exibição da RBS pode assistir o vídeo aqui mesmo no Blog. Após assistir não perca tempo e vote no vídeo clicando aqui.

Dia Internacional da Animação será na terça

Em Santa Cruz do Sul, a mostra do Dia Internacional da Animação acontece no dia 28 de outubro, próxima terça-feira, na Casa das Artes Regina Simonis. O evento se inicia às 19h30min, tem entrada franca e aberta, e conta com a exibição de duas horas de filmes, com curtas-metragens estrangeiros - coreanos, americanos, poloneses, portugueses, franceses e russos - e nacionais. O evento acontece em diversos países nesse mesmo dia e horário e há três anos, Santa Cruz também faz parte do circuito. Na cidade, quem organiza a mostra é o curso de Comunicação Social, a Associação dos Amigos do Cinema, a Pró-cultura e a Taos.

O evento tem como principal objetivo difundir o cinema de animação atraindo novos públicos, proporcionando aos seus expectadores o acesso à arte cinematográfica. A data foi escolhida porque foi nela que, em 1892, foi realizada a primeira pública de imagens animadas no mundo, a partir de Paris. Foi para comemorar esta data que a Associação Internacional do Filme de Animação (ASIFA) lançou o evento, contando com o apoio de diferentes grupos internacionais filiados. Em 2008, o Dia Internacional da Animação está sendo realizado em 51 paises que farão intercâmbio de suas mostras.

No Brasil, o Dia Internacional da Animação é organizado pela Associação Brasileira de Cinema de Animação (ABCA). Este ano, o DIA – como é chamado - conta com mais de 150 cidades participantes em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. A Mostra é o maior evento simultâneo do gênero no país. Este ano, na mostra nacional estão dois filmes gaúchos, X Coração, com direção Lisandro Santos, e Primogênito Complexo, de direção Tomás Creus e Lavinia Chianelo. Os filmes curtas-metragens brasileiros também serão enviado para os 51 países integrantes da ASIFA.

Informações exibição Sta Cruz: José Arlei Cardoso (9996-8298) e Curso de Comunicação Social (3717-7383).

21 de outubro de 2008

Retornando ao texto - parte 2

Eu e Ondina, durante a gravação do documentário do Hospital Santa Cruz

Como comecei contando neste post aqui, após a morte da fonte da minha matéria tive de retornar ao texto, para mudá-lo. Percebi que não podia mais ser aquele texto, ela estava muito presente nele, a sugestão da minha editora Leticia tinha sido talvez mudar o final, até tentei, mas não deu. Ela estava viva em todo texto e não podia, de repente morrer no último. Então parti para o início da reportagem, reli ela, parte por parte.

A dor me acompanhava, e as soluções pareciam fugir de mim, pelo mesmo corredor que um dia eu as havia encontrado. Como já contei, resolvi me entregar a emoção da perda de Dona Ondina e assim encontrar o tom. Permiti-me sofrer, permiti-me sentir totalmente sua perda, para encontar esse sentimento no texto. Se a primeira versão tinha uma felicidade, um encanto de quem havia vivido muito e ainda queria viver mais, a nova versão tinha um tom de despedida, despedida de todos os momentos, de todas as características que fazia de Ondina única, faziam dela uma exceção.

Mas não pense que se tornou um texto deprimente ou pessimista. Nenhuma reportagem sobre Ondina poderia conter isso. Ela era felicidade, luz, encanto. Sua morte não apaga nenhum desses traços, só os torna ainda mais especiais. A nova reportagem é uma ode a alguém que viveu a vida sempre sendo uma exceção e que, se a primeira vista parecia ser uma pessoa sozinha, desnudava-se como alguém que nunca esteve sozinha na vida, porque sempre teve pessoas ou maravilhosas lembranças ao seu lado.

Posso afirmar que mudou o tom e o tempo verbal. E se o outro texto me enchia de esperança e encanto, esse não fica nada atrás. Os sentimentos ficaram apenas mais complexos, a esperança e o encanto continuam, mas ainda mais, um desejo de que essa reportagem possa manter Ondina viva na memória de todos, daqueles que a conheciam e daqueles que a vão conhecer por meio da revista. A mulher das lembranças, merece para sempre ser lembrada.

20 de outubro de 2008

Quarta é dia de Unisc no Programa do Jô


A participação dos alunos de Comunicação Social da Unisc no Programa do Jô ira ao ar na próxima quarta-feira, 22/10. Um grupo de 32 alunos e dois professores estiveram em São Paulo no talk show do apresentador Jô Soares, da Rede Globo, em setembro, quando foram platéia de dois programas. O primeiro, foi ao ar ainda em setembro, no dia da gravação, e outro será exibido esta semana.

Os professores Veridiana Mello e Jair Giacomini organizaram a ida de alunos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Produção em Mídia Audiovisual a capital paulista nos estúdios da Rede Globo. A visita de estudos teve o objetivo de acompanhar a produção de um grande programa de auditório da maior emissora de Tv do país. O grupo também visitou, em São Paulo, a emissora de rádio CBN, uma das maiores especializadas em notícias do Brasil.

No Programa do Jô da próxima quarta-feira, os convidados serão o locutor volante Adhemir Fogassa, que grava comerciais para caminhões e kombis que vendem produtos de casa em casa, e o ator e humorista Paulo Gustavo, que faz sucesso com a peça teatral Minha Mãe é uma Peça. Os dois contam suas histórias de uma forma muito engraçada para um Jô Soares que também saber fazer rir. A atração musical fica por conta do Grupo Vernon Neilly. O programa vai ao ar após o Jornal da Globo.

Viagens de estudo a meios de comunicação e eventos da área fazem parte da formação do acadêmico e são realizadas anualmente pelos acadêmicos da Comunicação. No ano passado, alunos participaram do programa Altas Horas, com o apresentador Serginho Groismann, da Rede Globo. Todo ano, os alunos também participam de um intercâmbio em uma universidade de Portugal, vão ao Festival de Cinema de Gramado e ao Gramimado (festival de cinema de animação).

17 de outubro de 2008

Pizzaria, cachorro...sexo?!

Recebi a informação de que alguns membros da nossa equipe ficaram escandalizados com a complexidade do universo fake, quando souberam que existe tudo isso aí que diz no título - e muito mais, claro. Os fakes, para quem não sabe, são as pessoas que brincam com perfis falsos no Orkut. E são tema da minha matéria que estará nas páginas da próxima Exceção.

É, meus caros, eu também não sabia que a imaginação das pessoas (e obsessão, em alguns casos) podia chegar a tanto. Todos para quem eu conto ficam surpresos e muitos não poupam a juventude de hoje de críticas ferozes.

Eu, sinceramente, acho que o mal não está na brincadeira em si. É preciso, em primeiro lugar, entender que essa geração nasceu e cresceu em um mundo de tecnologia avançada. Portanto, é natural que essas manias aparentemente esquisitas e sem sentido virem moda.

O problema maior está na quantidade. Aí, sim, eu concordo que há um problema grave. Alguns jovens com quem consegui conversar (com muito esforço, já que eles evitam revelar suas reais identidades) me confessaram passar 5, 6, 7 horas direto só brincando de fake. Sejamos francos, isso não pode ser saudável.

Enfim, acho que o correto é tentar nem condenar e nem idolatrar. Tudo é aceitável, desde que com moderação.

Mas se tu ficastes curioso para saber como raios é o sexo fake...aguarde pela próxima Exceção!

16 de outubro de 2008

Retornando ao texto - parte 1

Aí está ela, Dona Ondina, que infelizmente nos deixou.

Como já comentei neste post aqui, a fonte da minha matéria faleceu. Além de me abalar emocionalmente, a morte dela também forçou-me a reescrever a reportagem da qual ela era a protagonista. Demorei vários dias para ter coragem de voltar aquele texto. Mudá-lo era atestar a morte dela. Eu, preferia deixar aquele sentimento quieto.

Mas haviam prazos para serem cumpridos, e tive de voltar àquele texto. Minha editora Leticia sugeriu talvez mudar apenas o final. Tomando coragem e com uma tristeza no coração, um tanto que inexplicável, reli a reportagem. Naquele momento, a morte da fonte da minha matéria doeu mais ainda, porque em meu texto, ela ainda estava viva. É um pouco complicado entender isso, mas na reportagem, ela estava mais viva do que nunca, com todas as suas características que a tornavam tão fascinante. Não podia mais ser aquele texto, não podia mais ser aquele tom. Mas então, qual seria?

Foi um exercício de paciência, de entrega do autor ao seu material. Tive de quebrar minha cabeça para chegar a alguma solução. Mais a resposta, pode parecer piegas, mas estava no coração. A matéria era emoção, então permiti-me mergulhar na dor da perda dela, para só assim, sentir qual era a melhor maneira de reescrever aquele texto.

Estou dividindo com vocês, porque achei que esses foi um dos meus momentos mais difíceis, tanto que nomeei o arquivo de texto como "tristeza", era o que eu estava sentindo.

CONTINUA...

13 de outubro de 2008

Sobre a próxima Exceção

Hoje pela manhã, segunda-feira, feriado do Dia do Professor, estivemos, a Letícia e eu, editando as primeiras matérias da Exceção. Penso que, de uma maneira geral, estão bem bacanas. Mas também acredito que podemos melhorar mais ainda. Gostaria que todos, sem exceção, - e sem trocadilhos -, se empenhassem ao máximo nesta nova etapa de trabalho. Isso por meio das respostas aos apelos da edição (há reparos a serem feitos, informações a serem checadas), na busca por fotos e ilustrações bem bacanas, na produção, na revisão etc. É preciso lembrar, aos que se formam logo ali adiante, que este será, muito provavelmente, o último grande trabalho em impresso antes da formatura. Ao que estão chegando, que a revista Exceção representa, quem sabe, uma excelente oportunidade de vocês colocarem, desde já, o nome na vitrina e, de quebra, irem construindo um currículo de respeito. É saber aproveitar, portanto. Pensem nisso.

Quando a fonte morre

De tanto falar em morte lá no Unicom, parece que a morte chegou até a Exceção. A fonte da minha matéria para essa edição da revista, da qual até havia comentado algo aqui, faleceu. Eu estava na aula, o celular tocou, atendi rapidamente. Mas nunca poderia imaginar que seria aquela a notícia que eu receberia.

Ser notificado da morte de uma pessoa sempre é um momento difícil, principalmente quando é feito pelo telefone. Você não sabe como reage. Naquele momento não podia acreditar no que estava ouvindo, parecia irreal demais. Foi um choque, uma dor.

Havia conhecido a personagem fazendo um documentário, me interessei por ela, fui lá e a entrevistei, conheci os seus detalhes, descobri os seus segredos, entrei para sua história. E depois continuei a observa-la de longe, perguntando aos nossos conhecidos comuns como ela estava.

Ou seja, não nos conhecíamos tão bem assim, não havia uma ligação tão forte, mas mesmo assim, sua morte foi um baque. Senti a morte dela como nunca havia sentido antes. Você deve ter pensado que eu pensei na minha reportagem, também, mas naquele momento a dor da perda era pela pessoa, não pela fonte. A matéria a gente reescreve, dá um jeito. Mas e aquela vida?

Quando recebi o telefonema, questionei sobre o velório. Durante o meio-dia, passei na capela onde ela estava sendo velada e rezei por ela. Descobri mais sobre seus últimos dias, senti ainda mais a sua perda, mas também recebi o conforto de saber que ela havia descansado, que seus últimos tempos não haviam sido fáceis. Despedi-me enfim dela.

Mais doloroso ainda foi retornar a matéria para reescreve-la, mas isso eu conto em outro post.

Faz parte do jornalismo, como faz parte da vida.

8 de outubro de 2008

Dá pra acreditar em algo inacreditável?


Você está doente, certo? Sei lá, qualquer doença... dor de cabeça, de barriga, de dente, com o braço quebrado ou seja o que for... então você senta em baixo de uma pirâmide e espera ficar bom...

Pois é, inacreditável, não é mesmo? E foi justamente essa a minha maior dificuldade ao escrever a matéria sobre o Instituto de Pesquisas de Venâncio Aires, o Ipenva. Fazer as pessoas acreditarem que aquele local que já existe há 26 anos é algo sério e não uma charlatanisse me parecia muito, muito difícil...

Porque é isso mesmo... as senhoras que fundaram o Ipenva há anos atrás possuem sustentação científica em suas experiências. Além de ser o único local que pesquisa o assunto no Brasil inteiro, ainda é reconhecido como bem de utilidade pública para o município.

Para fazer a matéria, conversei com três pessoas que já utilizaram as pirâmides para curarem-se ou amenizarem os sintomas de uma doença....

Reescrevi muito a matéria, torquei parágrafos de lugar, incluí retrancas, modifiquei frases... tudo para que a matéria tivesse credibilidade, mas sem perder o fato de ser uma exceção.

O resultado? Bem, se eu consegui alcançar o meu objetivo, é vocês que vão dizer quando lerem a Revista Exceção. Em novembro, nas bancas!!!

6 de outubro de 2008

A Exceção não fica só no 15 não...

Inauguro o meu login no blog da Exceção compartilhando com vocês uma prova de que nossas produções vão além do prédio 15 ou do CCzinho do 12. Hoje pela manhã a Exceção já ganhou uma "propaganda" na abertura do III Simpósio Sul Brasileiro de Conservação e Gestão Ambiental. Explico (mas paciência que a história é meio longa):

Minha participação na Exceção será com uma modesta crônica a respeito dos quero-queros mancos da Unisc (e quem já teve aula com o Demétrio com certeza ouviu muitas vezes a lenda dos cortadores de grama, né?). Acontece que pensei nesta pauta depois de ouvir a verdadeira explicação sobre os quero-queros pernetas e, precisando escrever uma crônica para outra disciplina, achei que seria um bom tema.

Depois de pronta, a crônica chegou às mãos do professor da biologia Jair Putzke (que, aliás, foi quem contou a verdadeira história dos bichinhos), por intermédio de meu "anexo", que faz estágio na sua turma. Então, hoje pela manhã o professor solicitou autorização, através do "anexo", pra citar a crônica na abertura do simpósio, já que achou o texto muito bom e jura que se arrepiou ao ler.

Enfim, chegamos ao ponto que interessa. Óbvio que eu autorizei ele a citar o texto, mas com duas condições:

1ª - não ler na íntegra
2ª - falar que o texto completo seria publicado na Exceção e, claro, fazer uma propagandinha da revista.

Capaz que eu perderia a oportunidade de fazer uma propaganda da Exceção, né?

4 de outubro de 2008

Diga olá ao ѕιρяιтινσ

O Unicom ainda não ficou pronto, mas já podemos dizer que a Isis foi a personagem mais marcante do período de produção - sejá lá quem ou o que for ela.

No caso da Exceção, ainda ninguém apareceu afirmando estar nos perseguindo. Entretanto, há uma figura que também nasceu em função dela. É o ѕιρяιтινσ.

Dessa vez, não há mistério. O ѕιρяιтινσ sou eu mesmo, mas em versão fake. Foi com esse nome (devidamente encomendado) e com a foto aí em cima (também adquirida) que eu venho perambulando pelo universo dos falsos do Orkut. E, acreditem, estou me divertindo muito!

Então, aguardem pelas aventuras do ѕιρяιтινσ - na praia, no motel, na sorveteria, no cinema - estampando as páginas da próxima Exceção!

3 de outubro de 2008

Exepção

Não se preocupem, eu sei redigir corretamente o nome dessa revista. Mas, a título de curiosidade, fui atrás do significado da palavra "exceção". E não é que descobri que só no Brasil, dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a palavra é escrita sem a letra "p"? Tá tudo bem, isso não acrescenta muito na vida de ninguém. Mas o Brasil é uma exceção quanto à escrita da palavra exceção.

1 de outubro de 2008

O jogo do falso


Foi naquela primeira reunião de planejamento do Unicom e da Exceção, ainda durante as férias de julho, que alguém sugeriu o tema fakes para a nossa revista. De imediato, não me interessei. Sempre achei besteira a história de fingir ser um famoso - na época ainda pensava que era só isso.

Naquela mesma noite, decidi dar uma pesquisada sobre o assunto. E foi aí que descobri um universo tão maluco quanto interessante. Tudo funciona pelo Orkut. As pessoas criam perfis, formam redes de relacionamento e interagem entre si de várias formas. Mas tudo é falso! Desde o nome, passando pela foto e, naturalmente, as ligações entre eles. A moral, aliás, é exatamente essa: ser falso. A princípio, ninguém está sendo enganado. Os fakes sabem que estão interagindo com fakes. No fundo, é um jogo que lembra The Sims e Second Life. Mas bem mais doido, não acham?

O foco da minha matéria - sim, eu acabei pedindo a pauta para mim - serão as pessoas que "brincam de viver" no mundo fake. Arranjam namoro, vão à festas, adotam crianças... Depois vocês vão entender como tudo isso funciona. É preciso ressaltar, entretanto, que há quem use perfis fakes com outros fins. Um caso interessante é o da pessoa (não me perguntem quem é, pois eu não faço idéia) que pesquisou sobre generais da Segunda Guerra Mundial e fez um perfil para cada um deles, contando suas histórias. A foto lá em cima é um desses.

Em breve, conto mais.