21 de setembro de 2011

Para onde vai Rio Pardo?

Nas últimas semanas, me intriga a quantidade de vezes que vi Rio Pardo, cidade na qual nasci, com destaque na mídia. Infelizmente, de forma negativa. As últimas manchetes anunciavam mortes, violência doméstica, vingança, tráfico de drogas, prostituição. Que a cidadezinha está transformada não é novidade. Lembro de quando nem pensava em ir para a faculdade, as noites jogando futebol no meio da rua, traves feitas com chinelos "Havaianas" e bola remendada com fita isolante. Lembro de poder andar de bicicleta pelas ruas da cidade histórica sem medo. Ou então, tomar sorvete na esquina de casa com os amigos, inventando histórias e dividindo sonhos. Incrivelmente, todas essas lembranças têm menos de 10 anos. O que aconteceu de lá para cá?

Dizer que toda a cidade tem violência, drogas e libertinagem é lugar comum. Mas é sempre estranho ver nossa terra natal desandando. A verdade é que não sabe-se onde essa onda de violência vai parar. Pode ser um vizinho que mata o cachorro da vizinha com carne envenenada para poder furtar frutas de seu quintal - por mais estranho que isso soe, ocorreu com minha avó -; pode ser um grupo de garotos traficando para outros garotos; pode ser um marido que espanca a esposa e não aceita o divórcio. Definitivamente, a Rio Pardo de hoje não é a mesma que, certa vez, acolheu minha infância e foi palco dos meus sonhos.

Um comentário:

Demétrio de Azeredo Soster disse...

sinto cheiro de reportagem no ar, e esse aroma é bom demais!