3 de dezembro de 2013

O Jornalismo de Revista por Marília Scalzo

Hoje lembrei do livro da Marília Scalzo, "Jornalismo de Revista". É ótimo para quem quer entender um pouco mais sobre essa área, pois é um livro curto e de linguagem leve. Segundo a autora, o jornalismo de revista se diferencia dos demais tipos de jornalismo pela linguagem, periodicidade. As revistas têm periodicidade semanal, quinzenal, mensal. Esse tipo de publicação se caracteriza por possuir não as notícias diárias dos jornais; elas abordam um aprofundamento de tais notícias. Ou, então, existem revistas temáticas, que vão a fundo em reportagens sobre moda, culinária, turismo, esporte.
           
A revista mantém um público específico, já que quem irá comprar será apenas quem se interessa por determinado assunto. A periodicidade das revistas também a diferencia dos outros veículos de comunicação e, consequentemente, dos repórteres que nela trabalham. Os jornalistas envolvidos na produção de uma revista se obrigam a explorar outros ângulos da notícia, informações exclusivas, ajustar o foco da matéria e entender seu leitor.

O jornalista que deseja entrar em uma redação de revista precisa aprender a estabelecer um foco para cada edição. As revistas são segmentadas por públicos. Os mais comuns são por gênero, idade questões geográficas e por tema. É possível criar a segmentação da segmentação. Por exemplo, a revista pode focar em mães, mães de bebês, mães de crianças de uma região específica, até filtrar e chegar a grupos pequenos de leitores.

Em jornais diários, é fácil definir a pauta. No geral, os eventos cotidianos são pauta, basta cobri-los bem. O lide jornalístico, constituído pelas perguntas “o quê, quando, onde, quem, como” deve ser respondido. No jornalismo de revista, o “como” é fundamental, pois ele que dará o aprofundamento da matéria. Se uma revista feminina mensal, por exemplo, decide apenas noticiar um desfile de moda, ela saíra perdendo, pois certamente o desfile já receberá grande cobertura dos jornais diários no dia seguinte. A cobertura da revista deve ter algo a mais, mais complementos, melhores fotografias e maiores análises.

O tom e a linguagem das páginas, das matérias é que compõem a revista. Se não forem os mesmos, devem ser o mais semelhante possível. Mesmo dentro do texto elaborado e aprofundado das revistas, é possível que os repórteres se desentendam e produzam textos com linguagens diferentes uns dos outros.






Nenhum comentário: