29 de junho de 2011

Ver do avesso

Compartilho um brilhante texto do jornalista Franklin Martins, conceituado jornalista político. No seu site, Conexão Política, voltado, como o nome denuncia, à discussão de aspectos políticos, ele dedica um espaço a artigos interessantes. Publico o trecho de um deles, que discorre sobre como fazer um bom texto jornalístico.
Sabemos, todos, que se deve ler e ler muito; mas Franklin atenta para outro viés: o subjetivo:

"Um bom jornalista precisa interessar-se permanentemente por essas linguagens não-escritas e não-faladas. Um repórter, ao entrevistar um político ou um banqueiro, não deve se limitar a recolher suas declarações. Tão importante ou mais importante do que o que ele falou é como ele falou, se exprimiu-se com arrogância, sinceridade, raiva, insegurança, malícia etc. Se o repórter, ao ouvir a declaração de um ministro, teve a sensação de que ele não estava sendo sincero ou a certeza de que ele não dominava o assunto sobre o qual era entrevistado, tem a obrigação de passar essas informações para o leitor. Isso não se aprende na escola, não se ensina em lugar nenhum, mas é indispensável. Um bom jornalista não se limita ao óbvio e procura sempre ver as coisas por outros ângulos e, algumas vezes, pelo avesso."

Ficou curioso? Aqui, o texto na íntegra.

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