19 de novembro de 2014

A provocação e a estranheza da exceção

Liberdade, a palavra de ordem deste mundo moderno. Embora que essa liberdade nos prepara para uma vida de incertezas. A incerteza nos leva também a irracionalidade, a cegueira moral da competição, vista no mercado.
E neste, pouca coisa é sólida, tudo é incerto, a regra agora é apostar no futuro, assim como odiar e temer o estranho. A diferença entre os incluídos e o excluídos é vista hoje em dia como inevitável, e mais que isso, é visto como algo positivo.
A contribuição de Zygmunt Bauman em A criação e anulação dos estranhos, descreve o cenário onde as exceções são analisadas, copiadas, reinventadas ou repudiadas. Saber que uma foca estupra um pinguim é estranho; ver uma mulher desfilando vestida de carne é mais que estranho. Embora que uma mulher com vestido transparente, mostrando toda sua carne, cause mais "murmurinhos". Gatos que adotam pintos ou uma peça teatral que explore o ânus... Como diz Baumann, "toda sociedade produz seu estranho", as exceções. E, hoje em dia, é mais comum ser estranho (exceção) do que ser normal. Nesta nova era a anormalidade dos indivíduos está complexificada demais para ser descrita. 







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