14 de março de 2012

Garimpagem de papel


Quem nunca entrou em um sebo não conhece a satisfação de se deparar com uma relíquia. Garimpar revistas e livros antigos é uma arte. Requer paciência, técnica e disposição. Entre obras empoeiradas, de conteúdo muitas vezes questionável, é sempre possível encontrar coisas fascinantes. Foi assim que adquiri algumas edições de revistas que estão fora do mercado há muito tempo: Manchete, Senhor e até títulos inusitados, como Vida Doméstica. Nas páginas amareladas, histórias de grandes mestres e imagens que fizeram história: a construção de uma tal Brasília, as fotos de uma princesa inglesa que lembra muito os contos de fadas e até um manual de como nossas avós deveriam agradar os seus maridos. Nos anúncios, os produtos que um dia representaram luxo e conforto. Enganado está quem pensa que as revistas são coisas passageiras. Elas têm vida própria e, conforme envelhecem, reúnem cada vez mais histórias.

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