6 de outubro de 2010

Como fazer para se tornar padre?

A pauta sobre o padre Osvaldo, que nasceu em Cuba, viveu por muitos anos na República Dominicana e hoje está no Brasil, me deixou com curiosidades sobre o ofício e como se tornar um padre. Uma vida que é cheia de exceções, como o celibato, por exemplo. 

Um padre (do latim páter ou pátris, que significa "pai" ou "chefe da família") refere-se a um clérigo católico do sexo masculino que recebeu o sacramento da Ordem. É também chamado de presbítero. Hierarquicamente, está acima dos diáconos e abaixo dos bispos. O termo podia se referir ainda, no passado, aos autores gregos e latinos dos seis primeiros séculos do Cristianismo.

Pode, também, executar, entre outros atos de fé, a consagração do pão e do vinho na Liturgia Católica, conhecido por missa no ocidente. O padre na Igreja Católica é responsável por uma paróquia, onde preside a Sagrada Eucaristia, bem como atende à confissão, aconselhamentos e outros. É um homem que doou sua vida à serviço do Evangelho e vive para servir a Deus e aos leigos por meio da evangelização.


Na Igreja latina atual os requisitos mínimos para que um fiel se torne padre são os seguintes: 
1) que tenha a idade de pelo menos 25 anos; 
2) que seja do sexo masculino; 
3) que tenha cursado teologia em alguma faculdade autorizada pelo bispo e, na maioria dos casos, também filosofia; 
4) que tenha sido ordenado diácono; 
5) que seja solteiro e assim deseje permanecer por toda a vida.

Os padres católicos, especialmente os de rito ocidental, ao serem ordenados (consagrados), adotam um estilo de vida celibatário, que compreende a proibição do casamento e portanto, de uma esposa. O celibato já existia como opção na Igreja Católica desde o ano 300 d.C, porém só se tornou obrigatório durante o Concílio de Trento, realizado entre 1545-1563. Todo padre católico pode ser, a partir da idade de 35 anos e pelo menos cinco anos de ordenação presbiteral, nomeado bispo. Isso, porém, ocorre com uma minoria, escolhida, na atual disciplina da Igreja, pelo bispo de Roma.

Após as reformas litúrgicas do Concílio Vaticano II, o papa Paulo VI extinguiu as quatro Ordens Menores e o subdiaconato. Pelas Cartas Apostólicas Ministeria Quædam, de 15 de agosto de 1972, o Papa Paulo VI manteve o leitorato e o acolitato como ministérios da Igreja Latina, podendo ser concedidos a leigos e sendo obrigatórios aos candidatos ao diaconato e ao presbiterado. Com a denominação de apenas Ordem, ficaram os graus de: diaconato, presbiterado e episcopado.

Este sacramento chama-se Ordem, porque coloca os que o recebem numa ordem diferente da dos fiéis, designando um estado permanente de ministros da Igreja, chamado Ordem Clerical, distinto de outro estado, chamado Ordem Leiga. A Ordem Sacerdotal (do latim Ordo, dinis: boa disposição das coisas) é um dos sete sacramentos do catolicismo que confere o poder e a graça de exercer funções e ministérios eclesiásticos que se referem ao culto de Deus e à salvação das almas, e de o desempenhar santamente. 

Em virtude do Batismo e da Confirmação, todos os fiéis participam do sacerdócio de Jesus Cristo. Mas os que recebem o sacramento da Ordem têm, além disso, o sacerdócio ministerial ou hierárquico, que se diferencia do sacerdócio comum dos fiéis "essencialmente e não apenas em grau" (Lumen Gentium, 10). A principal observação a ser feita é que aquele que se dedica à vida religiosa abdica de certas coisas para exercer uma missão de grande importância e que traz recompensas como fazer o bem ao próximo.

2 comentários:

Emilin Grings disse...

Bom texto, João.

Ainda sobre o sacramento da ordem destaco que ele só pode ser conferido aos homens.

As mulheres podem optar de vida religiosa consagrada, tornando-se freiras, monjas, etc. Porém isso não é designado como sacramento da ordem e sim uma consagração a Deus por meio de votos perpétuos que são de celibato, pobreza...

Charles disse...

Ótimo texto.

Gostaria de saber se tem uma idade máxima para uma pessoa se tornar padre.