Não comprei o livro. Apenas dei uma folheada. Era uma
coletânea de contos escritos por Luiz Arraes.
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Capa do livro de Luiz Arraes. Imagem retirada daqui. |
Independentemente disso, o nome
da obra ficou comigo e despertou uma série de pensamentos. Oras, se os sons têm
significados diversos, nada mais normal do que a ausência deles – o silêncio –
também ter.
Tomando emprestado aquele velho ditado, às vezes, um
silêncio vale mais do que mil palavras. Não é preciso pensar muito para
confirmar essa ideia. Um silêncio acompanhado de um sorriso depois de ouvir um
“Eu te amo” é o mesmo que um “Eu também!”. O silêncio na sala de cinema é
sinônimo de olhos atentos na telona e coração acelerado na cena de suspense. O
silêncio na sala de aula quer dizer interesse na matéria ou concentração na
tarefa. O silêncio no fim de uma música, em um show, pode ser um mau sinal.
Quem nunca se pôs a interpretar silêncios? Para ilustrar e interromper o silêncio desta leitura, trago a música de Arnaldo Antunes, segundo a qual, o silêncio “foi a primeira coisa que existiu”.
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