8 de abril de 2013

Dicionário de silêncios

Dia desses, dei de cara um livro de título interessante: “Dicionário de silêncios”. Enquanto os sons estão sendo tão constantes no processo de produção da revista, não há como não pensar, também, nos silêncios.
Não comprei o livro. Apenas dei uma folheada. Era uma coletânea de contos escritos por Luiz Arraes.

Capa do livro de Luiz Arraes. Imagem retirada daqui.

Independentemente disso, o nome da obra ficou comigo e despertou uma série de pensamentos. Oras, se os sons têm significados diversos, nada mais normal do que a ausência deles – o silêncio – também ter.

Tomando emprestado aquele velho ditado, às vezes, um silêncio vale mais do que mil palavras. Não é preciso pensar muito para confirmar essa ideia. Um silêncio acompanhado de um sorriso depois de ouvir um “Eu te amo” é o mesmo que um “Eu também!”. O silêncio na sala de cinema é sinônimo de olhos atentos na telona e coração acelerado na cena de suspense. O silêncio na sala de aula quer dizer interesse na matéria ou concentração na tarefa. O silêncio no fim de uma música, em um show, pode ser um mau sinal.



Quem nunca se pôs a interpretar silêncios? Para ilustrar e interromper o silêncio desta leitura, trago a música de Arnaldo Antunes, segundo a qual, o silêncio “foi a primeira coisa que existiu”. 


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