Que som tem a despedida?
30 de abril de 2013
Despedida barulhenta
Aquela fungada e o canto do olho fica molhado. A primeira lágrima escorre e faz cócegas pela bochecha. Da boca, sai um tchau engasgado. A moça do aeroporto chama o voo. Ligam a turbina do avião e tudo se vai.. pelas nuvens.
Que som tem a despedida?
Que som tem a despedida?
Por que é bom cantar no chuveiro?
Ilustração: Mariana Pellegrini |
Um texto publicado na Superinteressante em 2010 responde à pergunta. De acordo com ele, cantar no banho tende a alegrar. Ale´m de favorecer a voz, que fica mais encorpada em função das superfícies lisas do banheiros, o local também favorece a acústica de instrumentos.
Confira os fatores apontados pela Super que turbinam o canto no banho.
Porta
Quando mais denso o material, maior a reflexão de ondas sonoras. Uma porta de vidro seria ótima; uma de acrílico, mais ou menos. Já uma cortina de plástico, menos densa, vai deixar sua voz escapar.
Azulejos
Feitos de cerâmica, eles refletem melhor as ondas sonoras. Isso faz com que o boxe funcione como uma caixa de ressonância - o som se torna mais intenso.
Área pequena
Quanto menor o boxe, melhor a acústica. Paredes próximas favorecem a reverberação - a voz fica mais tempo no ar após a emissão de cada nota, dando a sensação de um som mais cheio.
Paredes limpas
Móveis são obstáculos para as ondas de som. Como o banheiro geralmente possui menos mobília, favorece a reverberação do som.
Fonte: Revista Superinteressante.
Som potente(zinho)
Embora nossa matéria vá abordar a questão do som automotivo como lazer de alguns e desespero de outros, deixo aqui um vídeo que retrata bem o quanto algumas pessoas são aficionadas nisso. Elas participam de competições e investem muito dinheiro para deixar o som mais potente. Tão potente que é capaz de DE-TO-NAR o vidro do carro.
Virar a página, virar a pauta
Nossa pauta (minha e da Ju Bencke) sobre os sons no esporte não rendeu, mas virar a pauta faz parte do processo! É bom irmos nos acostumando, desde agora, que nem sempre conseguimos realizar aquilo que pensamos.
Surgiu outra ideia (a cabecinha loira da Ju é ótima com isso): a de fazermos uma matéria sobre o dilema do som automotivo nas cidades, mais especificamente em Venâncio Aires. A proposta é abordar a "batalha auditiva" entre os adeptos ao som alto, que gostam de aproveitar o final de semana com o som dos carros a todo volume, e os que se incomodam com o barulho alheio.
Imagem retirada daqui |
Em Venâncio Aires, a Polícia e a Secretária de Trânsito já receberam diversas reclamações sobre o problema, que costumava ocorrer no centro da cidade. A maioria dos adeptos ao som alto migrou para o Parque do Chimarrão - distante cerca de quatro quilômetros do centro. Mas as reclamações continuaram: desta vez, dos moradores que vivem nas redondezas do Parque.
A matéria abordará várias questões - legislação, direitos, convivência - e uma peculiaridade: uma galera que curte o som automotivo se organizou e criou a Associação de Som Automotivo de Venâncio Aires - com estatuto, CNPJ e tudo o que uma associação tem direito.
É esperar para conferir.
23 de abril de 2013
Sons que despertam irritação
Smartphones: armas para testar a paciência (Foto: Marília Gehrke) |
Esta é para testar a paciência alheia:
Choro de bebê, ronco de homem, grito, alarme de carro e galhos de árvore quebrando são apenas alguns dos barulhos que compõem esses aplicativos. A maioria leva o nome de “sons irritantes” ou algo nessa linha. A descrição é sincera: o objetivo dos aplicativos, de download gratuito, é irritar as pessoas.
22 de abril de 2013
Paisagens sonoras: o caminho inverso
Semestre passado, a turma de Produção em Radiojornalismo II
fez exatamente o caminho oposto do que tentamos trilhar agora. Se o desafio,
aqui, é falar de sons com a palavra escrita, na disciplina prática de radiojornalismo
a proposta era a produção de reportagens de rádio falando dos pontos turísticos
de Santa Cruz do Sul. O trabalho recebeu o título de Paisagens Sonoras.
Descrever a beleza da catedral apenas com a fala? Sim! O resultado está aqui. |
O resultado final, depois de muita dedicação e criatividade,
foram reportagens sobre a Catedral São João Batista, o Parque da Gruta, o Morro
da Cruz e a Oktoberfest.
Em tempo: as reportagens estão disponíveis no site do Congresso de Ciências
da Comunicação na Região Sul (Intercom Sul), que ocorre nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, na Unisc. A
ideia é apresentar, de antemão, os pontos turísticos de Santa Cruz do Sul aos participantes do congresso e incentivá-los a visitar os locais símbolo do
município. Vale a pena dar uma espiada escutada e instigar a mente para visualizar os pontos turísticos, por meio do som.
Crédito da foto: Juliana Bencke
16 de abril de 2013
Na busca pelo "sim"
Convencer. A palavra que resumiu a semana de duas
repórteres. Não possuir residência fixa
ou possuir algum contato, esse parecia ser o maior problema. Mas a mágoa e o
ressentimento ganharam mais espaço. O medo de relatar as dificuldades da vida.
Medo. A vida ensinou-os a serem desconfiados e cautelosos com as
pessoas. Como convencer uma pessoa que passou por tantos problemas a falar
sobre eles? E como convencê-los a se
expor para a sociedade? Cansadas de não ouvir o som do SIM, Lindiara e Daiane
finalmente escutaram essa palavra. Vamos ouvir as pessoas que quase nunca são
ouvidas. Chegou a vez delas falarem o que ouvem.
15 de abril de 2013
Qual o som marcou seu dia?
Estive por um bom tempo pensando em um som importante. Afinal, qual o som que marcou a minha vida? Lembro de alguns choros da minha sobrinha, de boas risadas que ouvi dos meus pais, da voz que me informou que tinha conseguido o estágio que queria, ainda no primeiro semestre de faculdade...
Lembro ainda da música que dançava com minha prima quando tínhamos 10 anos de idade, dos trovões que me atormentavam logo que fui morar sozinha, da voz empolgante da minha irmã ao informar sobre a gravidez...
O fato é que cada som remete a um sentimento. Os sons que marcam nossas vidas são capazes de nos trazer felicidade, tristeza, medo e outras tantas sensações que temos no nosso dia a dia. Por isso, acho mais fácil dizer qual o som que marcou o meu dia.
No dia de hoje, sem dúvidas, foi a voz da minha mãe dizendo "Se cuida filha, te amo". Ouvi esse som quando fui me despedir dela hoje pela manhã, no hospital em Cachoeira do Sul. Completando duas semanas internada, onde a cada dia se sonha com a melhora e a chance de voltar para casa e não se tem um resultado positivo, a voz dela está fraca e desanimada. Mas é ela, continua sendo a voz dela. Minha mãe. Meu guia. Minha melhor amiga.
Lembro ainda da música que dançava com minha prima quando tínhamos 10 anos de idade, dos trovões que me atormentavam logo que fui morar sozinha, da voz empolgante da minha irmã ao informar sobre a gravidez...
O fato é que cada som remete a um sentimento. Os sons que marcam nossas vidas são capazes de nos trazer felicidade, tristeza, medo e outras tantas sensações que temos no nosso dia a dia. Por isso, acho mais fácil dizer qual o som que marcou o meu dia.
No dia de hoje, sem dúvidas, foi a voz da minha mãe dizendo "Se cuida filha, te amo". Ouvi esse som quando fui me despedir dela hoje pela manhã, no hospital em Cachoeira do Sul. Completando duas semanas internada, onde a cada dia se sonha com a melhora e a chance de voltar para casa e não se tem um resultado positivo, a voz dela está fraca e desanimada. Mas é ela, continua sendo a voz dela. Minha mãe. Meu guia. Minha melhor amiga.
A difícil tarefa de convencer
Duas repórteres. Papel e caneta. Apreensão e medo. Por fim, decepção. Foi assim nossa última semana. Buscando dar voz àqueles que, quase sempre, são "esquecidos", Lindiara e eu percorremos as ruas de Santa Cruz do Sul para tentar convencê-los de que estamos interessadas nas suas histórias e queremos que participem da nossa reportagem.
Só que a tarefa foi e está sendo difícil, pois nenhum daqueles que conversamos aceitaram participar. Além disso, nosso (possível, quase certo) entrevistado desapareceu. Mas, como a esperança é a última que morre, vamos continuar procurando-o.
NÃO ACEITO, NÃO QUERO PARTICIPAR, MEU MARIDO NÃO DEIXOU EU PARTICIPAR... O som que mais ouvimos na última semana.
14 de abril de 2013
O apartamento de cima
Você acorda com o barulho.
Sábado, 5h30: barulho de salto alto, deve ser a vizinha de cima chegando em casa.
Próxima noite: 2h10, os vizinhos só podem estar brincando de dança das cadeiras. Segunda-feira, 6h30: alguém no apartamento de cima acordou e abriu a persiana.
Terça-feira, 12h10: vizinhos de cima chegaram em casa e o cachorro está correndo e latindo desesperadamente.
Quarta-feira, 14h: deve ser dia da faxina, o aspirador de pó do apartamento de cima foi ligado.
Quinta-feira, 18h: o menino esqueceu a chave do prédio de novo, está gritando do aldo de fora do prédio para a mãe abrir a porta.
Sexta-feira, 20h: o interfone dos vizinhos já tocou diversas vezes, a noite será barulhenta lá em cima, o apartamento deve estar cheio.
Quem mora em apartamento sabe: o som do vizinho incomoda e, dependendo do caso, muito. É o cachorro que corre ou late, é a mulher que usa salto alto em casa ou os móveis sendo arrastados. A origem não importa, o som do vizinho de cima muitas vezes é motivo de desentendimentos. Mas você cuida para não fazer barulho para o vizinho de baixo?
PS: enquanto escrevia esse post, a vizinha de cima desfilava de salto pelo seu apartamento.
O som como forma de expressão
Na noite da última sexta-feira acompanhei o ensaio da
Orquestra Jovem Unisc. A ideia era produzir uma reportagem sobre a orquestra
para postar em um blog, tarefa referente ao meu estágio supervisionado.
Anteriormente, pensei em entrevistar cinco participantes de longa data para
entender o funcionamento da orquestra. Porém, conversei apenas com três pessoas
e o foco das entrevistas foi o poder da música.
Um dos entrevistados é psiquiatra e contou que acredita que
a música é capaz de expressar sentimentos. Falou, inclusive, que seria muito
interessante que todas as escolas tivessem a disciplina de educação musical.
Muitas crianças, principalmente, aprendem a se expressar melhor apenas através
da música.
Outro entrevistado é veterinário e tem uma criação de
búfalos. O mais interessante nessa história é que através do toque do violino
que ele consegue conduzir os animais. Ele contou que toca sempre a mesma música
- Amazing Grace – e os animais param de
pastar para seguir o som.
Com apenas duas entrevistas
entendi que o som é, com toda a certeza, uma forma de expressão.
11 de abril de 2013
Ilusão Sonora
Ilusão
de ótica todo mundo conhece. Mas você já ouviu falar de ilusão sonora?
Assim
como acontece com o que vemos, nem tudo que ouvimos é interpretado corretamente.
Assim como em toda grande máquina, existem “bugs” no nosso cérebro. Quer ver?
Ou melhor, quer ouvir? Coloque fones de ouvido para viajar no Barbeiro Virtual:
10 de abril de 2013
Canções instigam identificação em produções audiovisuais
8 de abril de 2013
Dicionário de silêncios
Dia desses, dei de cara um livro de título interessante:
“Dicionário de silêncios”. Enquanto os sons estão sendo tão constantes no
processo de produção da revista, não há como não pensar, também, nos silêncios.
Quem nunca se pôs a interpretar silêncios? Para ilustrar e interromper o silêncio desta leitura, trago a música de Arnaldo Antunes, segundo a qual, o silêncio “foi a primeira coisa que existiu”.
Não comprei o livro. Apenas dei uma folheada. Era uma
coletânea de contos escritos por Luiz Arraes.
Capa do livro de Luiz Arraes. Imagem retirada daqui. |
Independentemente disso, o nome
da obra ficou comigo e despertou uma série de pensamentos. Oras, se os sons têm
significados diversos, nada mais normal do que a ausência deles – o silêncio –
também ter.
Tomando emprestado aquele velho ditado, às vezes, um
silêncio vale mais do que mil palavras. Não é preciso pensar muito para
confirmar essa ideia. Um silêncio acompanhado de um sorriso depois de ouvir um
“Eu te amo” é o mesmo que um “Eu também!”. O silêncio na sala de cinema é
sinônimo de olhos atentos na telona e coração acelerado na cena de suspense. O
silêncio na sala de aula quer dizer interesse na matéria ou concentração na
tarefa. O silêncio no fim de uma música, em um show, pode ser um mau sinal.
Quem nunca se pôs a interpretar silêncios? Para ilustrar e interromper o silêncio desta leitura, trago a música de Arnaldo Antunes, segundo a qual, o silêncio “foi a primeira coisa que existiu”.
3 de abril de 2013
É som de quê?
Já que o tema da Exceção é o som, aqui vão algumas dicas de sites nos quais não se faz mais nada além de ouvir. Sim, o som da chuva, dos pássaros e até do mar (pobre que nem eu, que não pôde ir à playa neste ano por falta de la plata, deve se contentar com isso).
O Rainny Mood é uma delícia. Dá para ouvir o barulho de chuva e trovões, e ver uns pingos caindo pelo monitor (pelo lado de dentro, vivente, não vai inundar o quarto todo!). No site diz que a "chuva faz as coisas melhores". E quem discorda? Clique na imagem para ir para o site (e durma bem!).
Chove, chuva, chove sem parar ♫ |
Depois que acordar da soneca com o barulhinho da chuva, experimente esse, com o som dos pássaros (clique):
Free as a bird ♫ |
Amantes do mar, uni-vos! (clique):
Como uma onda no mar ♫ |
Crédito das imagens utilizadas nesta postagem:
As referências das músicas utilizadas nas legendas:
Chove chuva, do Jorge Ben Jor - 1963
Free as a bird, The Beatles - 1977
Como uma onda (Zen surfismo), de Lulu Santos e Nelson Motta - 1983
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O som no esporte
- O tema da revista já foi decidido: som.
- Oi? E isso lá rende pauta?
- Rende.
- ...
E como rende!
Várias pautas bacanas já foram discutidas em aula e estão em andamento. Estou fazendo a reportagem sobre o som no esporte com minha amiga e colega (a guria é parceria mesmo!), Juliana Bencke. A ideia inicial dizia respeito apenas ao som que podia ser observado nos estádios de futebol, 'cês sabem, aquela algazarra toda: as vaias, as palmas, a música, o apito do árbitro, os xingamentos envolvendo a doce senhora mãe do árbitro, a vuvuzela etc.
Imagem de Michi_Beck - SXC.HU |
Na reunião de pauta, porém, a professora Karine e outros colegas sugeriram que abordar um esporte no qual o silêncio imperasse seria uma boa. 'O golfe, que 'cês também sabem, exige concentração e silêncio (Shhh!). Quem sabe seria possível traçar um paralelo entre eles?
Imagem de Shelly Elaine - SXC.HU |
O que esses sons - ou a ausência deles - significam numa partida? Qual o impacto que exercem na concentração? Motivam? Atrapalham? Dão força? Essas são algumas das perguntas às quais tentaremos responder com a ida a uma partida de futebol e a um campo de golfe. O resultado poderá ser conferido lá no final do semestre!
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