5 de novembro de 2010

Uma ilha em que o governo é dono de tudo

O estilo de vida possível em Cuba é totalmente diferente. O Estado é dono de praticamente tudo e a população tem limitações de bens materiais. As pessoas têm casa própria e outros moram de aluguel. A internet, por exemplo, é um luxo que poucos usufruem. Para se comunicar com a família, Osvaldo precisa telefonar. Mas com o preço alto das ligações internacionais, o tempo é limitado.

A imprensa também vive com um controle constante. Os jornais são do estado, os meios de comunicação são poucos.  As informações divulgadas são apenas as que convém ao regime. Para ter acesso a outro tipo de informação, como as notícias internacionais, por exemplo, a população procura os veículos independentes, que atuam na clandestinidade.

Para a alimentação, as famílias recebem uma cartela com 12 folhas que contêm os alimentos disponíveis para o mês. Caso terminem as folhas, só recebem alimentos no mês seguinte. Para não passar fome, o jeito é comprar comida de forma clandestina.

O que tem destaque no país são os serviços públicos. A educação, a medicina e o esporte são bem falados pelos outros países. Toda a população tem acesso, mas a estrutura não é adequada. É tudo muito antigo e para manter os serviços, existe um desconto do valor que recebem no salário, que é pago pelo governo, o único empregador.

Os medicamentos, por exemplo, são limitados. Padre Osvaldo conta que sua mãe está em Esmeralda desde a sua ordenação. Quando ela chegou, disse que estava em falta mais de duzentos medicamentos genéricos em Cuba. O pai também gostou do Brasil, principalmente por não ter as restrições cubanas. Um bom futuro para um jovem cubano é seguir na carreira esportivo. É a oportunidade de ser consagrado e chegar a uma Olimpíada, competição em que Cuba sempre tem destaque em vários esportes.

Um ponto forte em Cuba é o turismo. Tem atraído muitas pessoas graças ás suas belezas naturais, típicas da região do Caribe. É um incremento para a economia, mas o lucro é todo do governo. Além das proximidades da capital, o interior também tem sido destino constante de turistas. Mas é bom lembrar que os que vem de fora também sofrem com o controle do regime. Os estrangeiros ficam no país exatamente no período permitido pelo visto.


2 comentários:

Willian disse...

Confesso que estou curioso para ler a reportagem com o padre Osvaldo. A história de um padre, vindo do regime cubano, só pode render bons frutos. ;)

Anônimo disse...

Eu tenho a reportagem para diagramar comigo, mas queria ler quando tivesse a revista concreta em mãos. Aiaiai, cruel curiosidade!