24 de junho de 2016

Por que Jornalismo?

Por que Jornalismo? Essa é uma pergunta que faço a mim mesma desde o primeiro dia em que ingressei na faculdade e, de verdade, ainda não sei bem ao certo a resposta. Se é que existe. Aos olhos dos outros o fazer Jornalismo pode ser algo simples. Basta ver, ouvir e passar adiante, da maneira mais fiel, e interessante possível as notícias. Diria que não estão totalmente errados mas, às vezes, a profissão pede algo que não estamos preparados, como no caso da tragédia em Santa Maria que matou mais de 240 jovens.
Atuar como repórter é um exercício constante de formular perguntas e prestar atenção às respostas. O que, no dia a dia, exige muita disposição e não permite preconceitos. A cada nova pauta é um desafio. Desde o começo até o fim. O que fazer? O que perguntar? Será que vai dar tempo de anotar tudo, ou será que gravo? Será que consigo finalizar a matéria? Qual o espaço que o editor vai me dar? Será que consigo fazer essas tantas pautas até o fim do dia?
A cada nova pauta é uma lição de vida. A cada nova pauta a gente aprende o quanto cada ser humano, com suas diferenças, é importante dentro da sociedade. Ser repórter é estar disposto a qualquer furo no dia. Ser repórter é após um dia longo, na redação, desligar o computador e ter a certeza de tarefa cumprida. É, muitas vezes, não ter conhecimento do assunto, como consequência não saber o que escrever e ter que, na correria, ler, se informar e somente depois passar para o papel. É perceber somente no fim da entrevista que o gravador, que deveria estar funcionando, está descarregado.
É cobrir um evento do qual tu jamais imaginou se fazer presente e sair de lá com a certeza de que jamais devemos prejulgar os fatos e pessoas. Ser repórter é entender que em diversos momentos quem vai te acompanhar em muitas noites no fim de semana, ou até mesmo em datas comemorativas, é somente o crachá, o bloquinho de anotações, a caneta, uma máquina fotográfica e o gravador. Mas o que me anima nessas horas é estar ciente que o importante, mesmo, é trabalhar e servir à comunidade que necessita estar bem informada.
Aqui, deixo meu agradecimento à disciplina de Jornalismo de Exceção que me deu a oportunidade de ter o contato com pessoas que talvez dentro de uma redação eu não teria. Na edição impressa, que será publicada em agosto, conto a história sobre o hormônio da ocitocina que mede o afeto e a alegria associada ao carinho nos mamíferos. Através de uma pesquisa, biólogos de uma Universidade da Hungria detectaram que o laço que é gerado entre mãe e filho também pode ocorrer entre o humano e o animal. Além disso, tive a oportunidade de conhecer a história da gata Moa, de 6 anos, que estava com um comportamento estranho, apático e fechado e que após algumas sessões de Reiki teve uma grande melhora. É isso que a Exceção propõe: fazer o que ninguém está fazendo. Ter um olhar diferenciado.


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