29 de outubro de 2014

Jornalismo digital: O que mudou de seu surgimento até a autalidade?

Em 1992, a internet ultrapassava a marca de 1 milhão de computadores conectados. Segundo o site da revista Super Interessante.  No ano de 1992, eram testados os primeiros protótipos de navegadores para a web. Na época, a rede já tinha 23 anos de história e estava conectada ao Brasil, mas ainda era praticamente desconhecida do grande público e qualquer menção a ela deveria ser seguida da explicação “a rede mundial de computadores”. Meses depois, tudo era diferente: os navegadores tornavam-se populares, empresas “ponto com” já eram notícia, diversos tipos de vírus circulavam pela rede, as Nações Unidas inauguravam sua página e endereços de e-mail passaram a fazer parte de cartões de visita.

Dez anos depois, o que mudou? A resposta mais simples é “quase tudo”. Pouco a pouco, sem que percebêssemos, a internet foi tomando conta de nossas vidas. E muita coisa dentro dela mudou incluindo a maneira de se fazer jornalismo impresso, de revista e até mesmo nas rádios, mas de que maneira se deu este processo, historicamente?
Segundo o artigo Alex da Silveira publicado no site da Bibliotecno se buscarmos relembrar como os jornais começaram a migrar do papel para a web pode-se perceber que muita coisa evoluiu. Primeiro os jornais criavam suas páginas como forma de fazer propaganda dos jornais impressos e o que tínhamos na verdade eram algumas matérias e tudo visando fazer com que o leitor assinasse a edição impressa. Numa segunda fase os jornais passaram a trazer o conteúdo completo das edições impressas e posteriormente, numa terceira fase, conteúdo extra e atualizado.
O fato é que o jornal online acabou se tornando um novo produto, com uma nova forma de leitura de conteúdo, inserção de elementos multimídias, ainda que de forma tímida, e textos diferenciados distanciando-se do jornal impresso.  A mesma história – ou de forma parecida – ocorreu com as revistas.
O webjornal ter se tornadou um novo produto, voltamos a não ter o jornal impresso disponível na web, contudo, para solucionar este problema o impresso passa a ter sua versão online – ou sua “nova versão online”, muitas vezes chamadas de digital – com mesmo conteúdo e formatação da publicada em papel, sendo disponibilizada na página de alguns webjornais. A navegação passa a ser uma experiência digital da versão em papel, com o folhear das páginas, e faz até que jornais/revistas apenas publicados de forma impressa migrem para o meio digital através da digitalização – como exemplo a revista veja http://veja.abril.com.br/acervodigital/ -, mas com a mesma experiência de leitura dos nascidos digitais, que é a mesma do impresso.
Esta história acima pode parecer confusa, mas resumidamente o que temos são 2 produtos diferentes, sendo o jornal impresso, que também pode ser lido pela web, e o webjornal. Chamaremos aqui o jornal impresso para a web de jornal digital e revista digital.
Ocorre que o jornal digital até então servia apenas para determinados jornais terem assinantes que não pretendem se prender ao impresso e ao mesmo tempo buscam a leitura do mesmo conteúdo – e em muitos casos com a mesma experiência  do impresso – , o que não ocorre com o webjornal. Com uma maior popularização dos E-readers, os jornais criam um novo produto, porém, muito parecido com  o jornal digital em termos de experiência de leitura, mas em muitos casos com diagramação diferente e sem cores.
Eis que surgem os tablets – ou melhor, aprimoram um aparelho já existente – e principalmente o Ipad. O aparelho da Apple vem sofrendo várias críticas, porém, é inegável que este possa ter algum sucesso com a função de E-reader. O interessante é que para revistas o produto que, a princípio, pode ser mais bem aproveitado é a revista digital, devido ao tamanho de tela do Ipad – um pouco menor que o tamanho da maioria das revistas – e ao uso de cores.
Estas revistas/jornais digitais, diferente dos webjornais, não evoluíram, não havendo multimídia como ocorre com os webjornais, sendo a busca por palavras o único diferencial entre o impresso e o digital. Ideias para novidades não faltam e nos faz acreditar que muito ainda pode mudar no produto digital, sem que este se torne o webjornal, como já ocorreu no passado.
O jornal online acabou se tornando um novo produto, com uma nova forma de leitura de conteúdo, inserção de elementos multimídias, ainda que de forma tímida, e textos diferenciados distanciando-se do jornal impresso.  A mesma história – ou de forma parecida – ocorreu com as revistas que passaram a oferecer mais opções em termos de conteúdos como galeria de fotos e vídeos.
Devido ao fato de o webjornal ter se tornado um novo produto, voltamos a não ter o jornal impresso disponível na web, contudo, para solucionar este problema o impresso passa a ter sua versão online – ou sua “nova versão online”, muitas vezes chamadas de digital – com mesmo conteúdo e formatação da publicada em papel, sendo disponibilizada na página de alguns webjornais. A navegação passa a ser uma experiência digital da versão em papel, com o folhear das páginas, e faz até que jornais/revistas apenas publicados de forma impressa migrem para o meio digital através da digitalização – como exemplo a revista veja http://veja.abril.com.br/acervodigital/ -, mas com a mesma experiência de leitura dos nascidos digitais, que é a mesma do impresso.
O surgimento do Ipad ainda vem sofrendo várias críticas, porém, é inegável que este possa ter algum sucesso com a função de E-reader. O interessante é que para revistas o produto que, a princípio, pode ser mais bem aproveitado é a revista digital, devido ao tamanho de tela do aparelho de Apple – um pouco menor que o tamanho da maioria das revistas – e ao uso de cores. Ocorre que estas revistas/jornais digitais, diferente dos webjornais, não evoluíram, não havendo multimídia como ocorre com os webjornais, sendo a busca por palavras o único diferencial entre o impresso e o digital. Ideias para novidades não faltam e nos faz acreditar que muito ainda pode mudar no produto digital, sem que este se torne o webjornal, como já ocorreu no passado. O que mais poderá vir à frente? Só o tempo e a criatividade humana poderá instituir.

Nenhum comentário: