12 de março de 2009

Jornalistas, avante...

Os mais sonhadores - e utópicos - diriam que os jornalistas portam carteirinhas de acesso vip aos principais problemas da sociedade. São pagos para agir como fiéis representantes do povo em qualquer tipo de situação, mas às vezes essa premissa não é preponderante para alguns profissionais. Porém isso não vem ao caso, pois por melhor ou pior que sejam, todas as pessoas que frequentam universidades têm o direito a receber, no final do curso, um diploma que identifica sua profissão.
Um pequeno pedaço de papel que premia grandes caminhadas de conhecimento, e que, como tal, deve ser respeitado. Não a folha enquanto papel comum no qual se pode escrever o que é desejado, mas as horas, os dias e mesmo noites de dedicação e de acumulo de conhecimento - de todas as formas conceituais.
Há algum tempo a polêmica da obrigatoriedade do diploma é papo certo em rodas de jornalistas e entre os alunos das instituições de ensino que disponibilizam o curso. Parece brincadeira, mas a profissão só foi regulamentada da década de 60, o que pode fazer com que se pense que é uma área relativamente nova. Idéia discrepante, uma vez que o jornalismo surgiu ainda no século XV. Notem: Quantos anos os jornalistas ficaram à espera do próprio direito de terem apenas direito? Diversas manifestações estão pipocando no país, todas com a devida organização e com o objetivo de “protestar” contra o STF.
Pelo fato de não haver fronteiras definidas, o jornalismo é uma espécie de país invadido, não por guerras comuns, mas por outras áreas que, historicamente, também não têm espaços delimitados e que, portanto, desconhecendo seu próprio território, adentram na “faixa de Gaza” imaginária existente no interior das redações. Essa proximidade pode ser até benéfica para as empresas de comunicação, mas jamais será para aqueles que lutam pelo reconhecimento de sua classe.

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